quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quem descobriu o Brasil?

Pedro Álvares Cabral
A verdade seja dita: o nosso ilustre descobridor, o fidalgo Pedro Álvares Cabral, até 1500, nunca tinha pilotado um navio (os detalhes técnicos da viagem ficaram por conta de seus subordinados). Também há indícios de que não fosse um sujeito dos mais brilhantes. E hoje, quase ninguém acredita que ele tenha sido o primeiro navegador a chegar ao Brasil - e muito menos que ele o tenha feito "por acaso".

O maior concorrente de Cabral ao título de descobridor foi um personagem digno de romances de aventura: o também português Duarte Pacheco Pereira.

Ele ficou famoso exercendo uma das profissões mais requisitadas da época, a de cosmógrafo, mistura de geógrafo, matemático e marujo - desenvolveu cálculos que lhe permitiam localizar melhor do que ninguém a posição de longitude da embarcação. Era também um guerreiro famoso pela valentia no campo de batalha, como na ocasião em que derrotou exércitos na Índia comandando um punhado de guerreiros. Celebridade lusa, foi transformado em personagem de Os Lusíadas.

Em 1498, o rei dom Manuel encarregou esse marinheiro multifunção de uma missão ultraconfidencial: descobrir se as terras encontradas por Colombo do outro lado do Atlântico faziam mesmo parte da Ásia. Pacheco deveria navegar até a linha de Tordesilhas, fronteira diplomática traçada por portugueses e espanhóis para dividir as terras recém-descobertas - ou ainda por descobrir.

Durante séculos, ninguém soube por onde andou Pacheco. Até que, em 1882, foi publicado em Portugal o Esmeraldo de Situ Orbis, ou Tratado dos Novos Lugares da Terra, obra assinada pelo próprio Pacheco mas desconhecida até então. "No ano de Nosso Senhor de 1498, Vossa Alteza nos mandou descobrir a parte ocidental, passando a grandeza do Mar Oceano, onde é achada e navegada uma vasta terra firme, grandemente povoada", relata o navegante, que diz ter avistado nas praias desconhecidas uma multidão de "gente parda, mas quase branca".

"Mar Oceano" era outro nome para o Atlântico e a descrição dos nativos bate com a tribo dos aruaques, que tinham pele parda, mas bem mais clara que a de povos considerados "escuros" pelos europeus na época, como africanos, indianos - mesmo entre os indígenas brasileiros, os aruaques são considerados os que têm a pele mais próxima do branco. Pesquisas arqueológicas feitas nos anos 90 revelaram que a tribo era muito numerosa no século 15, o que explicaria também a menção a "terras grandemente povoadas". Outro detalhe: os aruaques povoavam o litoral do Maranhão, por onde passava o traço invisível do Tratado de Tordesilhas.

A tese de que Pacheco esteve no Brasil em 1498 foi defendida pelo português Jorge Couto em A Construção do Brasil, de 1995 - na época, muitos historiadores reclamaram que a teoria estava baseada em um punhado de frases ambíguas. Ainda hoje, não há 100% de certeza quanto às andanças. "É plausível que Pacheco tenha estado no Brasil antes de Cabral e que a Coroa Portuguesa tenha preferido manter o achado em segredo", diz Leandro Karnal, especialista em História da América Latina, da USP. "Os reis de Portugal mantinham em grande sigilo as navegações. Divulgar rotas marítimas era crime punido com pena de morte".

Outro aventureiro famoso que pode ter lançado âncoras em nossas praias antes de Cabral foi o geógrafo e marujo italiano Américo Vespúcio, que entrou para a história ao desmentir as teorias de seu conterrâneo Colombo. Em 1504, Vespúcio publicou um texto chamado Novus Mundus, garantindo que as terras no oeste do Atlântico não eram parte da Ásia, mas um continente completamente desconhecido - "um novo mundo", como diz o título em latim.

Você já deve ter notado que a região foi batizada como América - e não, digamos, Colômbia - em homenagem a Vespúcio, o verdadeiro descobridor do Novo Mundo para seus contemporâneos. Já Colombo jurou até o fim da vida que havia chegado à China ou à Índia - a teimosia arruinou sua carreira e ele morreu pobre, esquecido e amargurado.

O que pouca gente sabe é que o rival de Colombo pode ter desembarcado no Brasil em 1499. Pelo menos, é o que Vespúcio dá a entender em uma de suas cartas - cujo conteúdo é questionado por alguns pesquisadores. Em 27 de junho daquele ano, ele diz ter avistado "uma terra cheia de grandíssimos rios", a 5 graus de longitude sul - ou seja, o litoral do Maranhão.

Outra viagem, a dos espanhóis Yanez Pinzón e Diego de Lepe, tem evidências mais sólidas - os dois marujos foram condecorados pelo rei da Espanha por terem "descoberto o Brasil" em janeiro de 1500, dois meses antes de Cabral - empate técnico, portanto. Em abril de 1500, o rei português teria simplesmente decidido tomar posse oficial das terras que muitos já sabiam existir. Um "acaso" bem planejado, portanto.

Fonte: Passeiweb
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Assassinar o gesto de amor

Sou um homem que não dorme sentado. Quando viajo de noite para São Paulo, todos os outros passageiros dormem, menos eu e o chofer. E, se a viagem para São Paulo (que é, realmente, a viagem para a solidão) durar as Mil e Uma Noites, eu não dormirei um minuto.

Dirão vocês que a Cometa tem poltronas-leito. Nem assim. O meu sono exige cama, a clássica, a convencional, a absoluta. (Não sei quem foi que disse que a cama é um móvel metafísico. Na cama, o homem nasce, ama, sonha e morre).

Mas dizia eu: — não durmo sentado e agora vem o trágico: — quase não durmo deitado.

Tenho insônias obrigatórias e fatais. Os meus amigos sugerem: — "Toma barbitúrico". Ah, jamais uma farmácia resolveu o meu sono. E, além disso, o barbitúrico exaspera todas as víboras de minha insônia. Se eu tomar um tubo, 25 pílulas, posso morrer. Dormir, não. Vejam vocês: — morto e insone.

Felizmente, criou-se uma acomodação recíproca. Depois de uma longa convivência, eu e minha insônia já nos entendemos. E, a partir da meia-noite, começo a sonhar em claro. Se fosse um assassino, um Raskolnikov, usaria a minha vigília para construir meus crimes. Mas como não sou, até segunda ordem, um criminoso, só tenho insônias literárias e dramáticas.

Ontem, às três da manhã, comecei a pensar em Lúcio Cardoso. Há anos estou para visitá-lo. Passarei na sua casa, verei seus quadros e ele há de me olhar como um visitante convencional e não um amigo para sempre.

Ainda dentro da mesma insônia, lembrei-me do pai do grande romancista. De vez em quando, o velho chegava em casa e, já da porta, avisava: — "Não falem comigo, que hoje estou brigando automaticamente". Ele podia falar assim porque era homem de outra geração, de outro Brasil, de outro mundo. Hoje, o pai de Lúcio Cardoso não teria nenhuma originalidade. Repito: — hoje, qualquer um de nós poderia entrar num boteco, num velório ou numa retreta, e anunciar, patético: "Não falem comigo, porque hoje estou brigando automaticamente".

Estamos todos brigando. Há um automatismo nas nossas fúrias, nos nossos palavrões, nas nossas patadas. É assim no Brasil e é assim em todo o mundo. Outro dia, aconteceu-me uma que me deixou "pálido de espanto", como no soneto. Imaginem que, todos os sábados, almoço na casa do Hélio Pellegrino. Criou-se entre nós esse hábito tão doce e que me faria uma falta desesperadora. O Hélio é uma presença lírica, ardente, um ser de maravilhoso ímpeto.

Lembro-me de uma noite em que, num dos seus rompantes homéricos, vira-se para mim e fala: — "Você é um dos meus amigos fundamentais". Isso dito na sua voz cálida, vibrante, de barítono de igreja, foi de arrepiar.

Ninguém terá melhor qualidade humana. Vou contar um episódio que considero uma jóia da nossa convivência. Na véspera de partir para Lisboa, o Otto Lara Resende passou na casa do Hélio. O Otto sofre de uma falsa gastrite, que o tortura mais do que uma úlcera autêntica. Chegou e foi logo pedindo ao anfitrião: — "Um copo de leite! Um copo de leite!".

Foram os dois para a cozinha. E, lá, conversam, de coração para coração. Apaziguada a gastrite imaginária, o Otto abriu o coração. Fez confidências, o diabo. E, súbito, começa a chorar. Qualquer viagem, mesmo que seja a Bangu, a Vigário Geral, é uma janela aberta para o infinito. Na tensão da partida, o Otto teve um violento espasmo. Chorava alto, chorava forte. Que fez o Hélio? Arrastou o amigo e o enfiou no banheiro. Lá se trancaram. E, ali, a salvo de curiosidades frívolas e divertidas, o Hélio chorou também. O Otto teria seus motivos concretos. Ao passo que o Hélio chorava de graça, chorava por chorar, porque seu pranto é fácil, é abundante.

Contei o episódio e passo adiante. No último sábado, vou, como sempre, à casa do amigo, filar a bóia fraterna. Ele não estava, mas não ia demorar. Espero-o. E, com pouco mais, entra o dono da casa. Mas chega de cara amarrada. Diz-me um "olá" que é quase uma agressão. Penso no pai do Lúcio Cardoso e imagino: — "Hoje o Hélio está brigando automaticamente". Nos sábados anteriores, sempre me recebera com uma efusão larga e dionisíaca. Não estou entendendo nada.

Vamos para a mesa, enorme, patriarcal. E a cara amarrada do Hélio punha, entre nós, uma imensa distância afetiva, espiritual, sei lá. Comendo o meu bife, tive vontade de lembrar-lhe: — "Olha que sou teu amigo, teu irmão!". Não digo nada. Foi tão aguda a minha perplexidade que minha úlcera começou a doer.

Até que, subitamente, o Hélio fala e eu vi tudo: — eram os meus últimos artigos ou, melhor dizendo, as minhas últimas confissões. O nosso Hélio estava indignado porque eu falara de d. Hélder e do dr. Alceu. Segundo ele, eu não podia falar de ambos. "Nesse momento, não." Atônito, eu ouvia só. Em primeiro lugar, não me entrou na cabeça que exista um momento, próprio ou impróprio, para se dizer as verdades que cada qual traz no ventre. Nem lhe disse: — "Eu escrevo o que quiser, como quiser e quando quiser".

E não disse porque percebi a total esterilidade de qualquer debate em termos assim incendiários. De mais a mais, via diante de mim o anti-Hélio, a negação do Hélio. Poderia eu ter dito uma série de coisas, inclusive esta: — "Tudo, menos pensar como Moacyr Félix de Sousa!". Gesticular como Moacyr Félix de Sousa, ser como Moacyr Félix de Sousa. Jamais, jamais.

Em  dado momento, digo uma dessas verdades objetivas, concretas, que não admitem o menor sofisma. E o meu amigo, o meu irmão, o meu anfitrião (rimou) troveja: — "Mentira! Mentira!". Fiz então a piada amarga: — "Hélio, se meu fuzilamento depender de você, já estou no muro".

Mas o que assombrou não foi o berreiro, mas o que se escondia ou, por outra, o que não se escondia por trás do berreiro. Eu via, ali, o Brasil, um novo Brasil, um Brasil jamais concebido. Minha vida autoral tem sido difícil. Ao longo de minha vida, cinco peças minhas foram interditadas; recentemente, caçaram a pauladas um romance meu. Nunca as esquerdas exalaram um suspiro em meu favor; nunca os nossos intelectuais libertários fizeram um manifesto contra as miseráveis interdições.

Digo isso e vou completar: — e não é possível que, agora, nos meus 55 anos, venham me interditar também os artigos sobre d. Hélder e dr. Alceu.

Mas falei de um novo Brasil. É só olhar. Está aí germinando. E esse Brasil será, para o amor, a Casa de Bernarda Alba. Disse Brasil e posso ampliar. O resto do mundo já é também, para o amor, a mesmíssima Casa de Bernarda Alba.

Mataram Luther King e por que o mataram?

Porque é preciso assassinar o gesto de amor.
[10/4/1968]
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A Cabra Vadia: novas confissões / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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Os dráculas

Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: — a nossa. Ainda anteontem, falei da idéia inusitada de d. Hélder.

O nosso querido arcebispo propõe uma missa cômica (se duvidarem, leiam a última edição dominical de O Jornal). Por trás de suas palavras, sentimos o tédio cruel de uma missa que se repete, com uma monotonia já irrespirável, há 2 mil anos. E ele sugere que se substitua o órgão, o violino, a harpa, o címbalo, pelo reco-reco, o tamborim e a cuíca.

Por aí se vê que ele, como o dr. Alceu, é um progressista. Não sei se o leitor entendeu todo o alcance da sugestão. D. Hélder propõe, se bem o entendi, que se enfie o sobrenatural na gafieira ou por outra: — que se faça da catedral uma gafieira gótica.

Parece ao arcebispo de Olinda que se pode louvar a Deus, igualmente ou até com vantagem, com a cuíca, o pandeiro, o reco-reco e o tamborim. A missa, como a conhecemos, nos últimos vinte séculos, é triste, é depressiva, é neurótica. E quem sabe se a Virgem, se Jesus, se os santos não hão de preferir, por fundo musical, o samba? Seria uma boa maneira de espanar o pó que 2 mil anos depositaram em certas representações católicas.

Mas falei acima nas épocas que parecem doentes mentais. Só em nossos dias um arcebispo poderia irromper num jornal, na televisão ou rádio e lançar a idéia da missa cômica. Estamos pertinho da Semana Santa. É o caso de, na Sexta-Feira da Paixão, cada um levar seu reco-reco, sua cuíca, seu tamborim e seu pandeiro.

Nada de lúgubres e mórbidas procissões. E chorar por que, se tristezas não pagam dívidas? Mas, como eu ia dizendo: — se em qualquer outra época, de razoável sanidade, alguém sugerisse tal coisa, seria um escândalo inominável. Em sua indignação, os fiéis dariam arrancos triunfais de cachorro atropelado. Hoje, não.

Hoje, achamos perfeitamente normal que se instale a vida eterna numa gafieira. Daqui a pouco, um outro há de propor que, dentro das igrejas, garçons passem bandejas de salgadinhos, mães-bentas, caldo de cana, grapete e chicabon.

Mas volto à minha observação anterior: — d. Hélder não espantou ninguém. Não houve escândalo, ninguém arrancou os cabelos etc. etc. Essa impotência para o espanto dá que pensar.

Eis o que me pergunto: — e por que, meu Deus, por quê? Vejo católicos justificando a guerrilha, achando a guerrilha uma atividade nobilíssima. E o dr. Alceu só não a recomenda para o Brasil, porque, diz ele, os nossos camponeses não são politizados. Eu me lembro de que, antes da esquerda católica, não tínhamos dráculas neste país.

E já os temos. Amaldiçoados? Não. Abençoados. Sim, abençoados, absolvidos por respeitáveis homens de fé. Quando vi o dr. Alceu falando, com indisfarçável simpatia, das guerrilhas, pensei numa outra e singular figura: — o Lawrence das Arábias. Vocês o conhecem da História e da Lenda. O próprio Lawrence conta uma de suas passagens mais patéticas. Vale a pena lembrar o episódio.

Em dado momento, Lawrence teve que matar. Jamais tirara a vida de ninguém. Em criança, era contra a matança até de passarinho. E, além disso, havia um mandamento, o único do qual se lembrava e, também, o único que cumpria: — o "Não matarás". Lawrence estaria disposto a roubar e, aqui entre nós, já roubara. Matar, jamais. Mas precisava tirar a vida de um semelhante. Era um homem como ele e igual a ele.

E, então, Lawrence preparou-se para matar. Nobilíssimos motivos o impeliam para o assassinato. Na véspera do crime, não dormiu; passou a noite em claro. Houve um momento em que o fascinou a idéia de morrer para não matar. Se estourasse os miolos, estaria dispensado do crime hediondo. Outro que matasse. O diabo é que o sentimento do dever o empurrava. E o dever passa por cima dos mandamentos, por cima dos escrúpulos, por cima da misericórdia. Por dever, Lawrence saiu de casa para matar.

Viu a vítima. Ia morrer e não sabia. Ele, Lawrence, seria, por um momento, Deus; tiraria uma vida, como se Deus fosse. E Lawrence matou. O primeiro tiro já seria mortal. Mas a vítima poderia não morrer imediatamente e também atirar. Então, Lawrence deu o segundo tiro, igualmente mortal. Não precisava mais; ele poderia correr, pular o muro e sumir. Mas Lawrence ficou. O sujeito já estava morto, tecnicamente morto. Mas saiu o terceiro tiro.

Eis a pergunta que o assassino fazia a si mesmo: — por que o terceiro tiro se, desde o primeiro, a vítima já era um inequívoco, indubitável cadáver? Com grande assombro para si mesmo, continuou atirando. Quarto, quinto, sexto tiro. E só parou quando esgotou a carga. Era a hora de fugir. Mas ficou ainda. Virou a arma e meteu a coronha na cara do cadáver. E o fato de não ter mais balas, para continuar atirando, deu-lhe um sentimento atroz de frustração. Só então fugiu.

Mais adiante, Lawrence pára, assustadíssimo. O que o apavorava, em si, era a ausência de qualquer horror. Matara, pela primeira vez matara, e não estava horrorizado. Matara gostando de matar. Ao varar de balas a vítima, sentira um prazer jamais suspeitado. Era uma volúpia que não conhecia.

Olhou em torno. Passava, lá adiante, uma senhora, uma velha; e, mais além, uma criança. Teve a súbita e inefável tentação de matá-las também. Matar, sempre matar, matar na véspera, no dia seguinte, eternamente matar.

Não quero ser enfático. Mas me parece estar havendo, no Brasil, uma degringolada de valores. Vimos d. Hélder propor a missa cômica; e ninguém se espantou. Vimos o dr. Alceu declarar que, por causa de um passarinho,  se matar um homem. Uma coisa está ligada à outra e ambas se explicam. Se d. Hélder pode propor a gafieira gótica, e se o dr. Alceu absolve um monstruosíssimo assassinato (se bem que hipotético), tudo é permitido e vale tudo. O brasileiro é uma espécie de Lawrence na véspera do crime.

Vozes piedosas, batinas consagradas e a ferocíssima esquerda católica doutrinam as massas sobre a "violência justificada". Aí esta uma janela aberta para o infinito. E se o brasileiro matar, um dia? E se, como Lawrence, gostar de matar? E se começar a beber o sangue como groselha?

[5/4/1968] 
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A Cabra Vadia: novas confissões / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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