quinta-feira, 23 de junho de 2011

A bela e desobediente Leila Diniz


Leila Diniz (Leila Roque Diniz), atriz, nasceu em Niterói, RJ, em 25/3/1945, e faleceu em Nova Delhi, Índia, em 14/7/1972. Passou a maior parte de sua vida em Niterói. Depois formou-se em magistério e foi ser professora de jardim de infância num subúrbio carioca.

Aos dezessete anos de idade conheceu o seu primeiro amor: o cineasta Domingos Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz.

Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na Globo fazendo telenovelas. Mais tarde, casou-se com o moçambicano e diretor de cinema, Rui Guerra, com quem teve uma filha, Janaína.

Participou de quatorze filmes (que quase não são exibidos), doze telenovelas e muitas peças teatrais. Ganhou na Austrália o premio de melhor atriz com o filme Mãos Vazias.

Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquine sem nenhum pudor, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: " Trepo de manhã, de tarde e de noite".

Era uma mulher a frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de sessenta e setenta. Era mal-vista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres de sua época.


Além de ser jovem e bonita, Leila era uma mulher de atitude. Falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela a cada trecho falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: 

"Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo". 

Nos dias atuais, essa frase soaria mais que normal aos nossos ouvidos, mas é preciso lembrar que Leila a proferiu numa época em que se defendia cegamente a " a moral e os bons costumes".

O exemplar mais vendido do Pasquim foi justamente esse onde houve a publicação da entrevista da atriz carioca. E foi também após essa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pele polícia política, Leila ficou escondida na casa do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti.

Morreu num desastre de  no dia 14 de julho de 1972, aos vinte e sete anos, no auge de sua fama, quando voltava de uma viagem a Austrália. Um primo e advogado se dirigiu à Nova Delhi, Índia, local do desastre, para tratar da morte da atriz. Acabou encontrando um diário onde continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: " Está acontecendo alguma coisa muito es..."

Leila Diniz, "A Mulher de Ipanema", defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina ocorrida na década de sessenta.

Fontes: Wikipedia; Legado / Leila Diniz / Biografia. 
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segunda-feira, 20 de junho de 2011

A mensagem

Um amigo nosso, comandante da VASP, conta-me a estranha mensagem recebida por um piloto americano durante uma aterrissagem.

O avião da companhia norte-americana sobrevoava a Bahia, a caminho do Rio, quando um defeito no motor obrigou o piloto a providenciar uma aterrissagem no aeroporto mais próximo possível.

Na Bahia, justamente na pequena cidade de Barreiras, existe uma pista de emergência (se é que se pode chamar aquilo de pista) para os aviões das linhas internacionais. Raramente é usada, mas era a mais próxima da rota do avião. Assim, o piloto não teve dúvidas. A situação dele estava muito mais pra urubu do que pra colibri. O negócio era mesmo se mandar para Barreiras.

Pediu pouso durante certo tempo, dirigindo-se à Rádio local em inglês. A resposta demorou um pouco, mas acabou vindo. Alguém, com forte sotaque nordestino, falando um inglês arrevesado e misturado com palavras em português, respondia que estava ouvindo e aconselhava o comandante a procurar outro local para aterrissagem.

Há dias estava chovendo em Barreiras e a pista se achava em péssimo estado.

O piloto, sem outra alternativa, insistiu em pousar assim mesmo, e tornou a pedir instruções, ouvindo-se lá a voz a dizer que estava bem, mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse.

Acontece porém que isso foi dito com outras palavras, ainda num misto de português e inglês. Assim:

- Ok. You land. But se der bode, I'il take my body out.

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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio.htm
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domingo, 19 de junho de 2011

Caminho das praias

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Eis um exercício que intencionava a perda de um quilinho distraído (ou apenas algumas gramas, sei lá): uma caminhada, nesta tarde de sol meio apagado, na Beira-Rio, bem ali no popular "Saco da Fazenda", atravessando a ponte Ernesto Schneider com destino ao tradicional balneário itajaiense de Cabeçudas.

Debaixo da citada ponte corria, faz uns 60 anos, um riacho de águas límpidas, onde segundo uma história de meu pai, foi encontrado um filhote de jacaré. Hoje é mais um "canal" de águas fétidas. Mas isso acontece em todos os lugares, não é?

A rua de acesso às praias mais urbanas da cidade de Itajaí, como Atalaia, Geremias e Cabeçudas, apresenta um magnífico cenário para quem tem o privilégio de caminhar pela linda orla marítima papa-siri .

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Vista da praia da Atalaia e dos molhes e Farol no fundo


Antes da Praia da Atalaia investigamos o movimento nos molhes da Barra e do Farol, que é um grande e extenso amontoado de rochas que protege a foz do Rio Itajaí das turbulentas águas marítimas. Lá estava o meu amigo Valdemar. Quanto tempo, hein, Valdemar?

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Passamos pelo exótico "Bico do Papagaio" esculpido aleatoriamente pela explosão das rochas para abertura de estrada, localizado na praia do Geremias, próximo ao Balneário de Cabeçudas, onde seu formato curioso desperta a atenção de seus visitantes. Adentrei a pequena e familiar praia de Geremias: tantas lembranças de minha infância!

Finalmente chegamos à Cabeçudas. Um balneário que retrata todo o charme e elegância do local, sendo totalmente urbanizada e cercada por belas casas. Será que temos ainda fôlego, agora, para voltarmos?

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A pequena e plácida Geremias de minha infância
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