quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

São Nicolau ou Papai Noel?

Cuidado! Ele está chegando e pode trazer
uma coca-cola com aspartame para você
Está chegando o Natal e junto com ele, a popular figura fofa que traz presentes para as crianças bem-comportadas na noite da véspera do evento. A lenda se baseia em parte em contos hagiográficos sobre São Nicolau.

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel ("Noël" é natal em francês) é retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punhos brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto.

Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência do caricaturista e cartunista político Thomas Nast. Essa imagem tem se mantido e reforçado por meio da mídia publicitária, como músicas, filmes e propagandas.

Conforme a lenda, Noel mora no Pólo Norte ou na Lapônia, Finlândia, onde ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes a todos os garotos(as) bem-comportados no mundo na noite da véspera de Natal. Ele consegue esse feito anual com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.


Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensinem crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que essa tradição desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal ou que é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Outros se opõem como um símbolo da comercialização do Natal.

O mito da Coca-Cola

É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 na revista Harper’s Weeklys.

Papai Noel até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde, típico de lenhadores. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ao mesmo modo de Nast, com as cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno, fez um enorme sucesso e a nova imagem de Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem atual, mas não é responsável por tê-la criado.

Fontes: condensado de "Papai Noel" - Wikipédia.
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Natal vai aquecer a temporada?

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Decorações natalinas em Balneário Camboriú neste fim de tarde, 15/12/2010. Ano passado o Natal, aliás o Papai Noel,  aqui em BC, pegou fogo!...rs rs rs
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Por trás do biombo

O homem é atropelado na rua ou cai fulminado por um ataque cardíaco. Pode morrer de indigestão ou pode morrer de fome, não importa. Depois da morte to­dos são iguais e lá fica aquele corpo estirado no asfalto, logo cercado por duas velas acesas, que mãos piedosas e incógnitas providenciam com impressionante presteza.

O homem está morto e os curiosos o rodeiam, divi­dindo-se entre retardatários curiosos e prestativos infor­mantes.

— "Como é que foi, hem"?

— "Ele sentiu-se mal, coitado. Nós sentamos ele no meio-fio, mas ele acabou morrendo".

— "Pobrezinho!"

A nossa imperturbável e deficiente Polícia se incum­be de amainar o espírito do próximo; o seu sentimento de solidariedade. O falecido pode morrer à hora que for

que ficará estirado na calçada, exposto à curiosidade pú­blica, porque as autoridades policiais só vão aparecer de­pois que o caso já caminhou para o perigoso terreno da galhofa e o falecido já goza da intimidade dos que pas­sam.

Já não há mais aquele amontoado de gente à sua vol­ta; apenas um ou outro curioso se detém por um instan­te, espia e parte. Já queimaram as velas que iluminaram sua alma na subida aos céus; enfim, o defunto virou vaca. Um cara que tinha ido pra lá, pouco depois do momento fatal, e que estava voltando pra cá algumas horas mais tarde, vê o corpo espichado no chão e berra:

— "Puxa... Ainda não fizeram o carreto desse bone­co!"

Os que ouvem acham graça. A presença da morte já é da intimidade de todos e todos aceitam o desrespeito com o sorriso desanuviador.

No dia seguinte os jornais comentam o fato, e terminam a notícia com as palavras de sempre: "O corpo do extinto ficou durante horas ex­posto à curiosidade pública, porque a perícia demorou a chegar".

Agora aparece o projeto do Deputado Fioravante Fra­ga. Vejam que beleza! O projeto obriga as delegacias dis­tritais a contarem permanentemente com um biombo, para esconder os que morrem nas vias públicas. Como se isso adiantasse. Se a Polícia é que chega atrasada, tá na cara que se ela trouxer o biombo, este também chega atra­sado, pombas!

De qualquer maneira, o noticiário policial vai variar o final da notícia: "O corpo do extinto ficou durante horas exposto à curiosidade pública, porque a Polícia demorou a chegar com o biombo".

Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.
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