Sabe
aquela moleza e aquela sensação de cansaço que batem depois que você
dorme muito? Podem ter surgido justamente porque você descansou demais.
Isso também vale para o raciocínio lento e para a dificuldade extra de
se concentrar.
Dormir em excesso, mesmo que de vez em quando, faz tão mal para a saúde
quanto dormir pouco. "Se você dorme menos ou mais que o tempo de que seu
corpo precisa para descansar, o cérebro fica irritado e seu desempenho é
prejudicado", diz o psiquiatra Dirceu Valladares, especializado em
medicina do sono na Universidade da Califórnia (EUA).
Não é só o cérebro que se incomoda com essa história. Uma pesquisa de
2009 da Universidade de Laval, no Canadá, que observou 9 mil pessoas,
concluiu que quem dormia nove ou mais horas por noite tinha 48% mais
riscos de desenvolver diabetes do que os demais.
Já um estudo de 2003 feito pelo Hospital-Geral de Vancouver, também no
Canadá, com 70 mil mulheres, constatou que aquelas que dormiam entre
nove e 11 horas eram 38% mais propensas a ter problemas de coração do
que as que dormiam oito horas. Há ainda estudos que associam o hábito de
dormir demais a dores de cabeça, obesidade e até depressão.
"Cada pessoa tem seu próprio relógio biológico. É ele quem dita a
quantidade de descanso necessária para você", diz Valladares. Ou seja,
sua amiga pode dormir apenas seis horas e acordar toda disposta, mas
você talvez precise de mais que isso para funcionar direitinho no dia
seguinte. É normal.
Segundo o psiquiatra, basta ficar atenta às reações do seu corpo ao
tempo dormido para encontrar o balanço ideal. Mas, uma vez encontrado, é
preciso respeitá-lo. "Não adianta querer 'colocar o sono em dia'. O
corpo estranha, e você sai prejudicada", ele explica.
Fonte: GLOSS/ M de Mulher
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