domingo, 16 de setembro de 2012

Consumo de peixe reduz infarto

Pessoas que comem peixe com frequência correm menos risco de ter um ataque cardíaco nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na China. Essa foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Karolinska Institutet, de Estocolmo, Suécia, após analisar 15 estudos recentes sobre o tema.

Susanna Larsson e Nicola Orsini, médicos responsáveis pela análise, explicam que os ácidos graxos do tipo Ômega-3, muito presentes em peixes mais gordurosos, como salmão e arenque, reduzem o risco de infartos por terem efeitos benéficos na pressão sanguínea e no controle do colesterol.

Além dos 15 estudos, Larsson e Orsini analisaram ainda cerca de 400.000 pessoas, de 30 a 103 anos de idade, que foram acompanhadas por um período que variou de quatro a 30 anos. A conclusão é que pessoas que comem três porções semanais de peixe têm 6% menos chance de sofrer um ataque cardíaco. A diferença do risco de infarto entre os que mais comem e os que menos comem chega a 12%.

Em entrevista à Reuters, Dariush Mozaffarian, epidemiologista da Harvard School of Public Health e autor de um dos estudos analisados, disse que os "peixes fornecem um pacote muito benéfico de nutrientes" - além do Ômega-3, a vitamina D, o selênio e alguns tipos de proteínas podem fazer bem à saúde do coração.

"São muitas as evidências de que duas ou três porções de peixe por semana já são suficientes para diminuir as possibilidades de infarto", resume.

O estudo de Mozaffarian atenta ainda para diferenças entre dietas com diferentes tipos de peixe e reporta que peixe frito e sanduíches de peixe não partilham do mesmo benefício.

Fonte: Veja
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Roland Garros, apaixonado por voar

Garros, de terno escuro e bigode: francês ajudou a impulsionar a aviação brasileira (Foto: AFP).

Roland Garros batiza um torneio de tênis, mas ele gostava mesmo é de aviação. O francês que dá nome a um dos torneios de tênis mais famosos do mundo estudou música e por pouco não se tornou um exímio pianista de orquestra. Mas, como acontecia com vários intelectuais do começo do século 20, Roland Garros (1888-1918) também era adepto de diversos esportes, como ciclismo, hóquei, rúgbi e tênis. No entanto, não era um tenista profissional.

Sua verdadeira vocação era voar. Apaixonado por shows aéreos, ele encomendou seu primeiro modelo ao brasileiro Santos Dumont. Logo já fazia piruetas pelo ar e colecionava recordes de altitude e velocidade. O feito mais notável foi em 1913, ao atravessar o mar Mediterrâneo em 7 horas e 53 minutos - um tempo espantoso para a época.

Na Primeira Guerra, ele inovou ao colocar uma metralhadora em seu Morane Tipo L. Nascia o avião de caça. "Os tripulantes até levavam armas, mas a eficiência era mínima. Garros criou uma plataforma de tiro muito precisa", diz Henrique Lins de Barros, historiador da técnica do voo do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

Mas, em 1915, um atirador alemão acertou Garros e forçou-o a aterrissar. Escapou em 1918 e voltou ao front, apenas para morrer a cinco semanas do fim da guerra. Esse gesto fez Roland Garros batizar o campeonato de tênis, iniciado em 1928.

O aviador, estreou ponte aérea Rio-SP

Conhecido mundialmente por ser o primeiro aviador a cruzar o Mar Mediterrâneo sem fazer escalas, o homem que dá nome ao Grand Slam parisiense teve um papel importantíssimo no desenvolvimento da aviação brasileira e foi, ao lado do paulista Edu Chaves, o primeiro a cruzar a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro em uma aeronave.

Nascido em Saint-Denis, Roland Garros conheceu o mineiro Santos Dumont no início do século XX e ficou encantado pelas invenções do brasileiro. Praticante de esportes como ciclismo, rúgbi e tênis – nunca profissionalmente -, o jovem europeu, em 1909, resolveu se arriscar nos céus e comprou o Demoiselle, último invento de Dumont, para iniciar seu treinamento.

aviador Roland Garros e Santos Dumont (Foto: Divulgação)Roland Garros (dir) aprendeu a voar em um avião do brasileiro Santos Dumont (centro) (Divulgação) O leque de amigos brasileiros de Garros aumentou rapidamente e, de aluno, o francês logo passou a professor. Em 1911, foi um dos convidado pela Queen Aviation Company Limited, de Nova York, para fazer uma demonstração no Rio de Janeiro. Na então capital do país, levou para voar pela primeira vez o campista Ricardo Kirk, que se tornaria o pai da aviação militar brasileira.

No ano seguinte, ao lado de Edu Chaves, membro de uma tradicional família de cafeicultores paulistas, foi o primeiro a completar o percurso Rio-São Paulo pelo ar, estreando a ponte-aérea. A aventura na América do Sul aguçou ainda mais o espírito desbravador de Garros, que voltou ao velho continente para marcar de vez seu nome na história. No dia 23 de setembro de 1913, o já experiente piloto partiu de Fréjus, no sul da França, rumo a Bizerte, na Tunísia. Ao completar o percurso, após 7h53m de voo, tornou-se o único até então a atravessar o Mar Mediterrâneo sem fazer escalas.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o aviador transformou-se em piloto de guerra e teve atuação importante no desenvolvimento dos caças. As cinco vitórias que obteve em batalhas lhe renderam o título de “Ás” da aviação. Foi capturado pelos alemães em 1914, mas conseguiu fugir e voltar ao front. Em 1918, porém, três semanas antes do fim do conflito global, foi abatido pelos adversários.

E por que um aviador que nunca jogou tênis profissionalmente dá nome a um dos principais e mais tradicionais torneios do mundo? Roland Garros era sócio do Stade Français, clube que em 1928 cedeu à Federação francesa de tênis um terreno de três hectares para a construção das novas quadras, necessárias devido ao aumento de popularidade da competição, cuja primeira edição foi realizada em 1891. A única exigência era que o complexo fosse batizado em homenagem a um de seus membros. Garros, falecido dez anos antes, foi o agraciado.

Fontes: Aventuras na História; Globo Esporte.
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Câncer: mitos e verdades

Instituto do Câncer de São Paulo alerta sobre mitos que dificultam o controle e diagnóstico do câncer. Crenças populares sem respaldo científico podem prejudicar a detecção precoce do câncer e o tratamento da doença.

"Com o maior acesso à internet pela população, o que poderia ser um facilitador da busca por informações pertinentes, nota-se, também, a propagação de diversos mitos e inverdades sobre o câncer", afirma o oncologista Paulo Hoff, diretor geral do Icesp - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP.

Confira o alerta do Icesp sobre mitos e verdades sobre a doença.

 Mitos

- Uso de desodorantes pode causar câncer de mama.

- Somente quem tem histórico familiar está sujeito a desenvolver a doença.

- Ingestão de leite prejudica o tratamento do câncer.

- O consumo de adoçantes provoca o surgimento da doença.

- Falta de higiene nas regiões íntimas não está relacionado ao câncer.

- Câncer é uma doença contagiosa.

- Pessoas negras não têm câncer de pele.

- Segurar a urina dá câncer de bexiga.

- Prática de relações sexuais sem preservativos não aumenta risco de desenvolvimento da doença.

- Implantes de silicone podem provocar câncer de mama.

- Alimentos preparados no micro-ondas podem provocar câncer.

- Um câncer pode ser causado por uma pancada.

- Todo nódulo ou tumor se transformará em câncer.

Verdades

- Falta de vitamina D pode aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de mama.

- HPV está relacionado ao desenvolvimento de tumores no ânus, e nos órgãos da região da cabeça e do pescoço.

- Consumo de álcool e tabaco elevam as chances de desenvolvimento da doença.

- Ter filhos mais tarde (após os 30 anos) aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer de mama.

- Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolvimento de um câncer. Mas isto não significa que jovens não estejam sujeitos à doença.

- Homens também podem ter câncer de mama.

- Câncer tem cura. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de curá-lo.

Fonte: Bem Estar
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