Pessoas que comem peixe com frequência correm menos risco de ter um ataque cardíaco nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na China. Essa foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Karolinska Institutet, de Estocolmo, Suécia, após analisar 15 estudos recentes sobre o tema.
Susanna Larsson e Nicola Orsini, médicos responsáveis pela análise, explicam que os ácidos graxos do tipo Ômega-3, muito presentes em peixes mais gordurosos, como salmão e arenque, reduzem o risco de infartos por terem efeitos benéficos na pressão sanguínea e no controle do colesterol.
Além dos 15 estudos, Larsson e Orsini analisaram ainda cerca de 400.000 pessoas, de 30 a 103 anos de idade, que foram acompanhadas por um período que variou de quatro a 30 anos. A conclusão é que pessoas que comem três porções semanais de peixe têm 6% menos chance de sofrer um ataque cardíaco. A diferença do risco de infarto entre os que mais comem e os que menos comem chega a 12%.
Em entrevista à Reuters, Dariush Mozaffarian, epidemiologista da Harvard School of Public Health e autor de um dos estudos analisados, disse que os "peixes fornecem um pacote muito benéfico de nutrientes" - além do Ômega-3, a vitamina D, o selênio e alguns tipos de proteínas podem fazer bem à saúde do coração.
"São muitas as evidências de que duas ou três porções de peixe por semana já são suficientes para diminuir as possibilidades de infarto", resume.
O estudo de Mozaffarian atenta ainda para diferenças entre dietas com diferentes tipos de peixe e reporta que peixe frito e sanduíches de peixe não partilham do mesmo benefício.
Fonte: Veja
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