terça-feira, 8 de maio de 2012

O verão e a fotobia

Sensibilidade excessiva à luz, principalmente no verão, pode causar doenças oculares e indicar outros problemas. Muitas pessoas sofrem com a fotofobia — dificuldade de se adaptar à claridade. O problema é mais comum nesta estação devido aos dias de sol mais fortes e prolongados, atingindo três em cada 10 brasileiros.

O problema afeta principalmente mulheres e idosos, por serem grupos mais vulneráveis ao olho seco e ao astigmatismo — principais causas do problema. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, para cada homem com olho seco, há três mulheres. Já o astigmatismo chega a 38% dos idosos.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que a fotofobia é frequentemente sintoma de problemas oculares, como astigmatismo, alergia, olho seco e até conjuntivite e glaucoma em crianças. “Mas nem toda pessoa que tem fotofobia tem necessariamente doenças oculares, já que o incômodo é comum em quem tem pele e olhos claros”.

A fotofobia pode estar relacionada também a doenças sistêmicas, como enxaqueca e reumatismo. E sazonais, como dengue e conjuntivite. No caso do reumatismo, a relação se deve a medicamentos para tratar a doença. “Em geral, são usados corticoides que aumentam a sensibilidade à luminosidade, porque alteram o metabolismo das células da retina sensíveis à luz”, diz Queiroz Neto.

Para diminuir o incômodo, é recomendável beber leite e comer cenoura, brócolis, salmão, mamão e cereais. Evitar esfregar os olhos. Beber dois litros de água por dia e descansar a vista após cada hora no computador são formas de prevenção.

Quem sofre de fotofobia deve usar óculos escuros, inclusive em dias nublados. Mas a escolha deve ser cuidadosa. Os médicos alertam que é fundamental que haja filtro ultravioleta, pois o uso de óculos sem a proteção pode causar graves problemas de vista graves, como a catarata, por exemplo.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que óculos sem qualidade nem sempre filtram a radiação UV e dão sensação de conforto porque escurecem. “Mas representam perigo para a visão, pois aumentam a chance de catarata e de degeneração muscular, importantes causas de cegueira”.

Fonte: Caderno Ciência – Jornal O Dia.
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Por que o galo canta ao amanhecer?

Como ocorre em tantas outras espécies, o instinto básico dos machos galináceos é exercer e manter controle sobre um território determinado, o que inclui não apenas um espaço físico, como uma população - no caso, o galinheiro.

O galo possui, assim, todo um repertório de características especiais para impor sua autoridade: como inchação, uma maior coloração da crista e, é claro, o canto - emitido com vigor para assustar qualquer desafiante.

"Como uma ave de hábitos diurnos, que dorme e acorda cedo, ele canta a plenos pulmões ao raiar do dia, para avisar o galinheiro que continua vivo e no comando", diz o veterinário Herbert Ribeiro dos Santos. Por essa razão, é muito difícil encontrar um galinheiro com mais de um galo - a menos que haja um número excessivo de galinhas - pois apenas um macho sobreviveria à disputa pela liderança.

Fonte: ME
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Rir ainda é a melhor coisa

Compartilhar uma sonora gargalhada com amigos pode ajudá-lo com a dor graças a substâncias químicas, similares aos opiáceos, que invadem o cérebro quando rimos, revelou um estudo britânico que será publicado na edição do periódico Proceedings of the Royal Society B, da Academia de Ciências da Grã-Bretanha.

Cientistas fizeram experimentos em laboratório nos quais os voluntários assistiam, ora a clipes de comédia das séries "Mr. Bean" ou "Friends", ora a trechos de programas não-humorísticos, como uma partida de golfe ou programas sobre a vida selvagem, enquanto sua resistência à dor era monitorada.

Em outro teste, realizado no Festival 'Fringe' de Edimburgo - evento anual que inclui apresentações de comédia, dança, teatro e música -, voluntários assistiram ora a um número de comédia 'stand-up', ora a um drama teatral.

Em condições de laboratório, a dor foi provocada por gelo em contato com o braço dos voluntários e por um medidor de pressão que comprimiu o punho até o limite do suportável. No Festival 'Fringe', pediu-se aos voluntários que se inclinassem contra um muro com as pernas em ângulo reto, como se fossem se sentar em uma cadeira de encosto reto, antes e imediatamente após o show para ver se o riso havia ajudado a reduzir a dor.

De acordo com o estudo, apenas 15 minutos de risadas aumentaram o nível de tolerância à dor em cerca de 10%. Nas experiências laboratoriais, a programação não-humorística não demonstrou ter qualquer efeito de aliviar a dor, nem assistir a uma peça dramática no Festival 'Fringe'.

O estudo demonstrou, no entanto, duas importantes distinções. O único riso que funcionou foi aquele relaxado, não forçado, que faz os olhos apertarem, ao contrário do riso nervoso ou polido. Este tipo de riso é muito mais provável de acontecer quando se está na companhia de outras pessoas do que sozinho.

"Poucas pesquisas têm sido feitas sobre por que rimos e qual o papel do riso na sociedade", afirmou Robin Dunbar, diretor do Instituto de Antropologia Social e Cultural da Universidade de Oxford. "Usando microfones, conseguimos gravar cada um dos participantes e descobrimos que em um show cômico eles riram por cerca de um terço do tempo e sua tolerância à dor aumentou como consequência", acrescentou.

Esta proteção derivou-se, aparentemente, da endorfina, uma substância química complexa que ajuda a transmitir mensagens entre os neurônios, mas também atenua os sinais de dor física e estresse psicológico. As endorfinas são um produto famoso dos exercícios físicos. Elas ajudam a gerar o bem-estar que se segue à prática de atividades como corrida, natação, remo, ioga, etc.

No caso do riso, os cientistas acreditam que a liberação da substância ocorra devido a um esforço muscular repetido e involuntário que se dá quando a expiração não é seguida da tomada de fôlego. Exalar nos deixa exaustos e, consequentemente, leva à liberação das endorfinas.

Acredita-se que grandes símios também sejam capazes de rir mas, ao contrário dos humanos, eles inspiram tão bem quanto expiram quando riem.

Os cientistas acreditam que os experimentos ajudarão a compreender o mecanismo psicológico e social de como o riso é gerado. O grupo parece vital no desencadeamento do tipo certo de riso liberador de endorfina, afirmaram.

Estudos anteriores se concentraram mais em por que as pessoas riem e não em como elas o fazem. Uma hipótese é que o riso ajudaria a transmitir sinais de acasalamento ou de vínculos entre os indivíduos. Outra ideia é que, em um grupo, o riso promove a cooperação social e a identidade coletiva. É, portanto, uma ferramenta evolutiva que ajuda a sobrevivência.

Fonte: IG
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