segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Por que se boceja?

Por que bocejamos? Mania de imitar os outros, ninguém sabe ao certo porque basta ver alguém bocejar para a gente fazer o mesmo.

Pode ser um reflexo primitivo – se o líder de um bando, ancestral do homem, bocejava, então os outros se sentiam seguros para dormir também. Mas, claro, essa é só uma especulação. Bocejamos porque:

Sem ar – se alguém está muito cansado ou entediado mesmo, o ritmo da respiração diminui. Daí os alvéolos_ minúsculos sacos pulmonares que se enchem de ar e jogam oxigênio para o sangue ficam quase vazios.

Tempo de despertar – a massa cinzenta, mais especificamente o tronco cerebral, interpreta a queda na taxa de oxigênio como o risco de a pessoa cair no sono fora de hora. Por isso, manda uma mensagem para o nervo trigêmeo.

Conversa nervosa - o nervo trigêmeo, que coordena os movimentos da face, faz a boca se abrir exageradamente. Também é comum a pessoa se espreguiçar nessas horas.

Ligado novamente – o movimento da boca mais aquela espreguiçada, que aumenta a capacidade torácica, favorece a entrada de muito ar nos pulmões. Então, o tronco cerebral recupera o estado de alerta.

Fonte: Ideal Dicas.
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Lady Gaga leiloa seu penico

Lady Gaga leiloou um penico - formalmente chamado de urinol - autografado por ela, por US$ 480 mil - em torno dos R$ 850 mil.

O objeto foi usado pela cantora em uma sessão de fotos para a revista Vogue Homme Japão, e tem o seguinte texto: "Não é deitado como o de Duchamp, mas adoraria urinar com você", frase que a artista escreveu em referência à obra de Marcel Duchamp.

Segundo o jornal espanhol El País, este não é o único objeto que a excêntrica cantora está leiloando.

A intérprete americana também está vendendo uma peça de latão que usou em seu cabelo para a gravação do clipe de Bad Romance, por US$ 24 mil, e um vestido branco que usou durante a gravação do curta Puke on Gaga, pelo mesmo preço.

O dinheiro arrecadado deve ir a algumas obras beneficentes, apoiadas pela cantora.

Fonte: Folha do Fora - Sex, 11 de Novembro de 2011.
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Sonho de Natal

Sonhou que era um desses Papais-Noéis pendurados entre os edifícios cariocas, à guisa de decoração natalina. Ficara dias e dias naquela posição incômoda, meio ao estilo jaca madura, balançando lá em cima.

Já não se lembra mais quanto tempo ficou balançando entre dois prédios, mas se lembra nitidamente que, no sonho, passados os dias das Festas, apareceu um caminhão e — finalmente — recolheram-no num desses carros da Limpeza Urbana e levaram para um depósito, onde outros Papais-Noéis, iguais a ele, já estavam amontoados pelos cantos.

Atiraram-no também a um canto e ele lá ficou, triste no seu infortúnio. Foi quando um outro Papai-Noel ao seu lado deu um suspiro e falou:

— Que papelão a gente fez, hem irmão?

— Não diga — respondeu ele: — Que coisa! Dois meses pendurados, que nem Judas, em Sábado de Aleluia.

— É... mas o Judas fica um dia só. Depois malham o coitado e o suplício acabou.

Tal tinha sido o vexame, que os outros Papais-Noéis do seu sonho, que eram muitos, espalhados no depósito, concordaram unanimemente que sua sorte foi pior. Cada um lembrava certo detalhe da experiência que acabavam de sofrer. Foi quando ele falou:

— No lugar onde estava pendurado tinha um garoto chato que passava o dia me atirando caroços de feijão pela janela.

— Devia ser um filho de rico, para ter feijão para atirar assim.

Os Papais-Noéis todos sorriram. Só um manteve-se sério e cabisbaixo, vítima de evidentes frustrações. Só falou quando todos já não tinham mais nada a dizer. Pigarreou e lascou:

— Azar maior dei eu, companheiros. Fiquei pendurado em frente à janela de uma pequena que vou te contar. Como era boa! Toda noite ela tirava a roupa com a janela aberta.

— Então não era tão chato o seu lugar — ponderou um dos Papais-Noéis.

— É o que você pensa — atalhou o que contava sua história. — Eu dava um azar desgraçado. Toda noite ela se despia com a janela aberta, mas na hora em que ia ficar pelada, o vento me virava de costas.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: O MELHOR DE STANISLAW - Crônicas Escolhidas - Seleção e organização de Valdemar Cavalcanti - Ilustrações de JAGUAR - 2.a edição - Rio - 1979 - Livraria José Olympio Editora
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