quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Friese, a marreta germânica

Hermann Friese - circa 1904
O primeiro artilheiro a causar sensação no futebol brasileiro foi o jovem alemão Hermann Friese, que chegou a São Paulo em 1903. Alto, corpulento e forte, Friese jogava em qualquer posição e "valia um time inteiro", como diziam os jornais da época. Na verdade, o alemão era um verdadeiro atleta. Na Europa, já havia se sagrado campeão nas corridas de curta (100 e 200 m) e média distância (1500 e 3000 m). Mas o que mais o destacava era sua capacidade de marcar gols. Foi artilheiro por três temporadas em São Paulo, em 1905 com catorze tentos, e em 1906 e 1907, ambas com seis. 

Georg Paul Hermann Friese, futebolista e atleta teuto-brasileiro, nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 30/05/1882, e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em outubro de 1945. Foi ao lado de Charles Miller e Hans Nobiling um dos mais importantes pioneiros de nosso futebol, sendo reconhecido como o primeiro craque a jogar no Brasil.

Em 1903 emigrou com 21 anos de idade da Alemanha para o Brasil e se afiliou ao Sport Club Germânia, equipe da colônia alemã radicada em São Paulo, fundada por Hans Nobiling. Como também tinha Friese e Nobiling o SC Germania 1887, antecedente do Hamburger SV, que mais tarde inspiraria o nome e as cores do uniforme do time brasileiro.

O alemão foi o artilheiro do Campeonato Paulista de Futebol de 1905 com 14 gols e campeão paulista pelo  Germânia em 1906 e 1915. A Crônica de O Estado de São Paulo, em 1903 lhe chamou de o "sensacional futebolistas de todos os tempos".  Deve-se ainda a Friese a introdução da jogada de corpo, chamada então de marreta, lance que provocou muitos protestos dos adversários.

Hermann foi também treinador da equipe em que surgiu em torno de 1909 o futebolista Arthur Friedenreich. O rapaz, que seria o primeiro gênio do futebol brasileiro, era filho de um imigrante e comerciante de Hamburgo e uma negra brasileira, e sendo mulato era proibido de fazer parte do clube. Foi graças à intervenção de Friese que se revogou tais proibições racistas.

Friese foi também árbitro de futebol chegando a conduzir finais do Campeoanto Paulista.

Já na Europa tinha Friese fama como atleta e em 1902 venceu os 1500 metros no campeonato alemão de atletismo. Em maio de 1907 ele foi o único atleta brasileiro em uma competição internacional no Uruguai e venceu em uma única noite corridas de 1500 metros e 800 metros, ficando em segundo na prova dos 400 metros.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Mata-mosquitos

Quando Oswaldo Cruz prometeu, em 1902, acabar com a febre amarela no Rio de Janeiro em três anos, o combate à doença era feito com o isolamento dos doentes e a queima de colchões, roupas e objetos por eles usados. Acreditava-se que o contágio se desse pelo contato direto.

Oswaldo Cruz mudou tudo: causando uma grande agitação, mandou acabar com os focos de mosquitos, para ele os verdadeiros transmissores da doença.

Foi uma gritaria geral: protestos, manifestações em praça pública, levantes militares contra o governo. Inquieto, o presidente Rodrigues Alves insinuou a Oswaldo Cruz:

— Para acalmar a situação, o senhor não poderia mandar queimar alguns colchões e pelas de roupa, enquanto mata os mosquitos?

O cientista foi claro:

— Se fizer isso, quanto o combate aos mosquitos acabar com a febre vão dizer que foi aquela medida que produziu resultados, e não esta.

Saiu do gabinete e ainda ouviu Rodrigues Alves comentar:

— É impossível que esse moço não tenha razão.

Ainda bem que pelo menos ele confiou: três anos depois não havia mais febre amarela no Rio de Janeiro.

Fonte: Seção Dito e Feito. In: Superinteressante. nº 5. São Paulo: Editora Abril, Fevereiro de 1988. p. 37.
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O idiota e a moeda

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas: - uma grande de 400 réis e outra menor, de 2.000 réis. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos de todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda."

Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.

A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando a sua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.

"O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em idiota diante de um idiota que se arma em inteligente".

Fonte: mensagem recebida por email
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