quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O idiota e a moeda

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas: - uma grande de 400 réis e outra menor, de 2.000 réis. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos de todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda."

Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.

A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando a sua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.

"O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em idiota diante de um idiota que se arma em inteligente".

Fonte: mensagem recebida por email
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Pérolas do suporte técnico

Você pode até acharr que é exagero ou invenção. Mas somente quem convive sabe a triste verdade. Veja o que aconteceu em um suporte técnico de Informática. Esta é uma história verídica que ocorreu em uma famosa empresa de São Paulo. Não precisaria dizer que a pessoa que trabalhava no suporte foi demitida, mas ela está movendo um processo contra a organização que a demitiu por justa causa. Segue o diálogo entre o ex-funcionário e o cliente da empresa:

- Help desk assistência, posso ajudar?

- Sim, bem… estou tendo problema com o Word.

- Que tipo de problema?

- Bem, eu estava digitando e, de repente, todas as palavras sumiram.

- Sumiram?

- Elas desapareceram. Nada.

- Nada?

- Está preta. Não aceita nada que eu digite.

- Você ainda está no Word ou já saiu?

- Como posso saber?

- Você vê o Prompt C: na tela?

- O que é esse ‘promete-se’?

- Esquece. Você consegue mover o cursor pela tela?

- Não há cursor algum. Eu te disse, ele não aceita nada que eu digite.

- Seu monitor tem um indicador de força?

- O que é monitor?

- É essa tela que parece com uma TV. Ele tem uma luzinha que diz quando está ligado?

- Não sei.

- Bom, olhe atrás do monitor, então veja aonde está ligado o cabo de força. Você consegue fazer isso?

- Acho que sim.

- Ótimo. Siga para aonde vai o cabo e me diga se ele está na tomada.

- Tá sim.

- Atrás do monitor, você reparou que existem dois cabos?

- Não.

- Bom, eles estão aí. Preciso que você olhe e ache o outro cabo.

- Ok, achei.

- Siga-o e veja se ele está bem conectado na parte traseira do computador.

- Não alcanço!

- Hum. Você consegue ver se está?

- Não.

- Mesmo se você ajoelhar ou se debruçar sobre ele?

- Ah, não, tá muito escuro aqui!

- Escuro?

- Sim, a luz do escritório tá desligada, e a única luz que eu tenho vem da janela, lá do outro lado.

- Bom, acenda a luz então!

- Não posso.

- Por que não?

- Porque estamos sem energia.

- Estão… sem energia…?

Longa pausa…

- Ah! ok, descobrimos o problema agora! Você ainda tem a caixa de papelão e os manuais que vieram com o seu micro?

- Sim, estão no armário.

- Bom! Então, você desconecta o seu sistema, pega tudo, empacota e leva de volta para a loja.

- Sério?? O problema é tão grave assim?

- Sim, temo que seja.

- Bom, então tá. E o que eu digo na loja?

- Diga que você é BURRO demais pra ter um computador!!!

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USUÁRIO: ‘Não consigo imprimir. Cada vez que tento, o computador diz: ‘Não é possível encontrar a impressora’.

Já levantei a impressora e coloquei-a em frente ao monitor para ele ver, mas o computador continua dizendo que não consegue encontrá-la.’

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SUPORTE: ‘Serviço ao Manual da HP. Sérgio falando. Em que posso ser útil?’

USUÁRIO: ‘Tenho uma impressora HP que precisa ser reparada.’

SUPORTE: ‘Que modelo é?’

USUÁRIO: ‘É uma Hewlett-Packard…’

SUPORTE: ‘Isto eu já sei. Quero saber se é colorida ou preto e branco.’

USUÁRIO: ‘É bege!’

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SUPORTE: ‘Bom dia. Posso ajudar em alguma coisa?’

USUÁRIO: ‘Não consigo imprimir.’

SUPORTE: ‘Pode clicar no ‘Iniciar’ e…’

USUÁRIO: ‘Caaalma aí! Não responda assim muito tecnicamente. Não sou o Bill Gates!’

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USUÁRIO: ‘De repente aparece uma mensagem na minha tela que diz ‘Clique Reiniciar’… O que eu devo fazer?’

SUPORTE: ‘O senhor aperte o botão solicitado, desligue e ligue novamente.’

Sem pestanejar, o usuário desliga o telefone na cara do atendente e liga para o suporte novamente.

USUÁRIO: ‘E agora o que eu faço?’

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USUÁRIO: ‘Tenho um grande problema. Um amigo meu colocou um protetor de tela no meu computador, mas a cada vez que mexo o mouse, ele desaparece!!!’

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SUPORTE: ‘Em que posso ajudar?’

USUÁRIO: ‘Estou escrevendo o meu primeiro e-mail.’

SUPORTE: ‘OK, qual é o problema?’

USUÁRIO: ‘Já fiz a letra ‘a’. Como é que se faz o circulozinho em volta dela pra fazer o tal arroba?’

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SUPORTE: ‘Suporte do seu Provedor de Internet, bom dia. O que deseja?’

USUÁRIO: ‘Moço, a Internet também abre aos domingos?’Imagem removida pelo remetente.

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Depois de um tempo falando com o atendente do suporte.

SUPORTE: ‘O que tem do lado direito da tela?’

USUÁRIO: ‘Uma samambaia!’

SUPORTE: silêncio…

Fonte: http://www.idealdicas.com
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Ladrões estilistas

São tantas as queixas dos gerentes de lojas, contra roubos em suas vitrinas e balcões, que a polícia já conhece as diversas modalidades de pilhagem. Além dos cleptomaníacos, que roubam pela aventura de roubar, pela sensação de estar passando os outros para trás, o que Freud explica na página 4 do seu substancioso manual, há o ladrão mesmo, o profissional do roubo, que se especializa num estilo de roubo e vai de loja em loja, fazendo a féria.

No Rio de Janeiro, ultimamente, a incidência da pilhagem em lojas elegantes e grandes magazines cresceu, razão pela qual os repórteres se apresentaram naquela loja para fazer uma reportagem sobre o assunto.

Era uma loja que já tinha sido vítima de diversos roubos e o gerente estava mesmo disposto a contratar um detetive particular, para apanhar o ladrão em ação. Era — aliás — sobre esta disposição que o gerente falava com o repórter, enquanto o fotógrafo batia uma ou outra chapa da mercadoria exposta na loja. O gerente — como a Polícia — sabia direitinho como os ratos de loja funcionam. E se orgulhava de sua erudição a respeito.

— Você compreende — dizia ele ao repórter — a minha experiência levou-me a ser mais sabido do que a Polícia nesta questão — e fez um ar superior.

— Interessante — disse o repórter.

Sentindo-se com platéia, o gerente prosseguiu. Há o assalto boçal, do oportunista, que fica de olho, quando um caminhão da firma está descarregando mercadoria. Ao menor descuido, apanha um objeto qualquer e sai correndo. Mas este é o ladrão barato, sem estilo, e sem classe. A loja era vítima mais contumaz dos estilistas.

— Mas cada ladrão tem seu estilo? — estranhou o repórter.

— Claro — exclamou o gerente, tomando ares de professor.

Há o suposto freguês que entra, apanha uma mercadoria qualquer, como se fosse comprá-la, e leva-a a um dos caixeiros distraídos. Explica que comprara aquilo na véspera, mas que não ficara à seu gosto e desejava trocar. O caixeiro, ingenuamente, recebe a mercado¬ria e entrega ao ladrão, de mão-beijada, uma outra.

Há o que se aproveita dos momentos em que a loja está semi-vazia. Se o caixeiro está só, ele entra, escolhe o que vai comprar e que — de antemão — já sabe que está lá dentro. E quando o empregado vai lá dentro buscar o que o "freguês" deseja, este se apro¬veita e foge com outra mercadoria debaixo do braço.

O repórter anotou mais esta e o gerente contou outra. Para o roubo de objetos pequenos, que se costuma expor sobre os balcões, os ladrões preferem agir com valise de fundo falso.

— Como é isso? — quis saber o repórter, depois de pedir ao fotógrafo que batesse uma foto do gerente. Este posou napoleonicamente e explicou: — A valise de fundo falso é simples. Não tem fundo. O ladrão entra, coloca a valise sobre o objeto que deseja roubar. Quando levanta a valise o fundo falso já correu e deixou o objeto lá dentro, e ele o carrega consigo sem ser molestado.

Este processo, aliás, lembra um outro, dos que usam paletó frouxo, ou capa de chuva. Entram na loja e ficam examinando os mostruários. Quando notam que a oportunidade é boa, enfiam alguma coisa por dentro do paletó ou da capa. É um movimento rápido, difícil de ser pressentido pelos empregados.

— Puxa — admirou-se o repórter — mas existe uma infinidade de golpes, hein?

— E estes são os golpes dos ladrões que agem sozinhos. Há os ladrões que agem em grupo ou mesmo em dupla. Vem um, apanha uma porção de coisas como se fosse comprar e passa para o companheiro, que desaparece sem ser incomodado. Quando os empregados reparam que as mercadorias sumiram, o cínico limita-se a ordenar que o revistem.

— Impressionante — lascou o repórter, tomando os últimos apontamentos. E depois pediu: — Posso dar um telefonemazinho?

— Pois não — concordou o gerente. E mostrou onde era.

— Vem comigo, Raimundo — pediu o repórter ao fotógrafo e este, carregando as maletas das máquinas fotográficas, seguiu-o.

Passavam-se vários minutos e nem fotógrafo nem repórter volta¬vam lá de dentro. O gerente foi espiar e encontrou um bilhetinho perto do telefone, que dizia: "Meu Compadre: e o golpe de um fingir que é repórter enquanto o outro, fingindo que é fotógrafo, vai enchendo a mala com mercadorias à mão, o senhor conhecia?"
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: O MELHOR DE STANISLAW - Crônicas Escolhidas - Seleção e organização de Valdemar Cavalcanti - Ilustrações de JAGUAR - 2.a edição - Rio - 1979 - Livraria José Olympio Editora
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