Foi
do pensamento inculto do homem de argila humana crua, que nasceu as
estórias de que cavalos galopeiam pelos ares, quando são atacados por
mulheres bruxas em atividades extra-terrenas, para chupar-lhes o sangue.
Contam que no dia seguinte, os animais que foram atacados durante a noite, e que galopearam pelos espaços siderais, apresentam-se sangrando, e com nós indesátaveis nas crinas e nos rabos.
Apontam como responsáveis pelos atos demoníacos bruxólicos, mulheres de suas comunidades, que são magras, feias e sujas, e que apresentam um dente no céu estrelado da boca e falam grosso quénem Homem gordo, nariz aquelino, etc.
Na ilha de Santa Catarina é muito comum o homem do interior cercar os ranchos ou estrbarias onde recolhem o seu gado, com redes de pescaria usadas, porque as bruxas também os chupam, acreditam, dentro da noite.
Hoje, no século vinte, a madame ciência afirma que quem faz os cavalos galoparem é o morcego, transmissor da raiva, não pelos ares, mas sim, campo a dentro.
Ora vejam, meus amigos,
Que nesta Ilha encantada,
Até bruxas são astronautas,
Que pilotam cavalhada.
Na bonita praia do Rapa,
De aguá azul e saborosa,
Elas entram de biquini,
E saem cobertas de rosas.
Contam que no dia seguinte, os animais que foram atacados durante a noite, e que galopearam pelos espaços siderais, apresentam-se sangrando, e com nós indesátaveis nas crinas e nos rabos.
Apontam como responsáveis pelos atos demoníacos bruxólicos, mulheres de suas comunidades, que são magras, feias e sujas, e que apresentam um dente no céu estrelado da boca e falam grosso quénem Homem gordo, nariz aquelino, etc.
Na ilha de Santa Catarina é muito comum o homem do interior cercar os ranchos ou estrbarias onde recolhem o seu gado, com redes de pescaria usadas, porque as bruxas também os chupam, acreditam, dentro da noite.
Hoje, no século vinte, a madame ciência afirma que quem faz os cavalos galoparem é o morcego, transmissor da raiva, não pelos ares, mas sim, campo a dentro.
Ora vejam, meus amigos,
Que nesta Ilha encantada,
Até bruxas são astronautas,
Que pilotam cavalhada.
Na bonita praia do Rapa,
De aguá azul e saborosa,
Elas entram de biquini,
E saem cobertas de rosas.
Franklin Joaquim
Cascaes (São José, 16 de outubro de 1908 — Florianópolis, 15 de março
de 1983), pesquisador da cultura açoriana, folclorista, ceramista,
gravurista e escritor brasileiro. Dedicou sua vida ao estudo da cultura
açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos
folclóricos, culturais, suas lendas e superstições. Usou uma linguagem
fonética para retratar a fala do povo no cotidiano. Seu trabalho
somente passou a ser divulgado em 1974, quando tinha 54 anos. Obras: Balanço bruxólico; Nossa Senhora, o linguado e o siri, A Bruxa metamorfoseou o sapato, Balé das mulheres bruxas, Mulheres bruxas atacando cavalos, O Boitatá, Mulheres dando nós em caudas e crinas de cavalos.
Fonte: http://contosassombrosos.blogspot.com