sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Índios do Vale do Itajaí

Quando os primeiros moradores vieram se fixar nas terras junto da foz do rio Itajaí-Açú, os indígenas ainda faziam frente à ocupação das mesmas; terras que o homem branco pouco a pouco lhes foi tomando. Estes índios eram os botocudos - do grupo tapuia e hoje conhecidos por Kaigangues - que do interior do Vale atacavam os moradores para matar ou roubar-lhes.

Os carijós, primitivos guaranis que moravam à beira mar, estes já estavam praticamente exterminados àquela época. Pacíficos e de boa índole, eles foram caçados e levados para os mercados de escravos de São Vicente e São Paulo (foto: Índios botocudos do Vale do Itajaí in "Índios e Brancos no Sul do Brasil" - Sílvio C. dos Santos).

Gabriel Soares de Souza, escritor da época afirma que os carijós viviam da caça e da pesca e sabiam muito bem manejar o arco e a flecha; e que moravam em casas cobertas e tapadas com cascas de árvores para se proteger do frio. Os botocudos, por sua vez, eram os mais temidos porque ariscos e defensores ferozes das suas terras.

Mesmo assim os primeiros brancos puderam, com relativo sossego, viver, plantar e colher com a presença temida dos índios. Estes ainda vinham até bem perto das casas e não se sabia onde eram os seus acampamentos porque ninguém ousava ir à sua procura. Os ataques eram poucos e sempre visavam ao furto de objetos caseiros, comida ou armas. Não eram muito freqüentes, mas traziam os moradores sempre assustados principalmente quando tinham suas casas afastadas de vizinhos. Quem tinha um roçado distante de casa não andava só ou desarmado; e os caçadores não iam longe.

Para atacarem, os índios agiam com o maior cuidado. Com paciência, durante dias espiavam o local do seu ataque. Quando havia grupos de pessoas ou alguém armado, nunca atacavam. Dos ataques e de mortes, contam-se alguns em Canhanduba, Itaipava, Limoeiro e Espinheiros. Tais ataques motivaram as autoridades a criar, anos depois, uma companhia de pedestres - isto é, de policiais, para proteger a população.

Da antiga presença dos índios em nossas terras, hoje só nos resta sua lembrança nos nomes de alguns lugares do Município: Canhanduba, Itaipava, Ariribá, Guaraponga e nosso nome - Itajaí.

Fonte: PEQUENA HISTÓRIA DE ITAJAÍ - Prof. Edson d'Ávila

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Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento

A Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento é o maior monumento artístico e cultural da cidade de Itajaí, Santa Catarina, verdadeiramente seu cartão postal.

A pedra fundamental foi lançada em 1940 pelo vigário Pe. José Locks, segundo o projeto do arquiteto alemão Simão Gramlich, o construtor de inúmeras igrejas catarinenses.

Sua arquitetura soma elementos românticos e seu interior tem as mais belas pinturas dos artistas italianos Emílio Cessa e Aldo Locatelli.

Apresenta em seus vitrais desenhos sobre motivos eucarísticos e bíblicos destacando o imenso painel da imaculada concepção da Virgem Maria no teto, e a imponente estátua de Moisés que desce do Sinai, obra do escultor Teichmann, colocada sobre o dossel.

A Igreja Matriz foi inaugurada em 15 de novembro de 1955 e a sua conclusão devido ao trabalho e dedicação do então vigário Monsenhor Vandelino Hobbold.

Algumas fotos tiradas com a minha câmera analógica Asahi Pentax, de seu interior, em março de 2000:

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Herbário Barbosa Rodrigues


O Herbário Barbosa Rodrigues é um Instituto científico mundialmente conhecido, que fundado em 1942, dedica-se ao estudo da flora catarinense e do sul do Brasil. Localiza-se na Avenida Marcos Konder em Itajaí-SC. Edita a coleção Flora Ilustrada Catarinense (já com 113 volumes publicados) e a revista Botânica SELOWIA (com 35 volumes).

O Herbário possui a maior coleção de informações de exemplares da flora catarinense: 60 mil plantas catalogadas e 49 mil classificadas. 95 por cento da flora catarinense estão no Herbário. O fundador do Instituto foi o Cônego Doutor Raulino Reitz, premiado pela ONU, pela qualidade das pesquisas botânicas e os serviços em prol do meio ambiente.

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