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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cartago - Ascenção e queda

"Delenda est Carthago" (Cartago deve ser destruída). Apesar dos seis dias de resistência, os romanos derrubaram as muralhas, a população foi assassinada, as casas demolidas, os que sobreviveram foram transformados em escravos e, dizem, sobre o solo espalharam sal para que nada mais germinasse. O general romano Cipião Emiliano teria chorado após a vitória, quem sabe imaginando que Roma também pudesse vir a passar por tamanha violência ou talvez, com pena de arrasar uma civilização notável.

Quando o sacerdote fenício Arquebas foi assassinado, por volta de 814 a.C., sua mulher, a princesa Elisa, fugiu da cidade de Tiro, acompanhada por vários aristocratas, disposta a fundar uma nova cidade. O grupo acabou se estabelecendo em uma península no norte da África, numa região próxima a Túnis, atual capital da Tunísia.

Assim surgiu a única cidade fenícia que não viveu exclusivamente para o comércio: Cartago preocupava-se também com o poder. Dominou rotas marítimas, explorou províncias e chegou a guerrear com grandes potências. Disputou com os gregos diversas colônias na Península Ibérica. Roma, no entanto foi sua pior inimiga.

Enquanto a economia romana se baseava na agricultura, as relações com Cartago foram das mais amigáveis. Mas o clima de camaradagem desapareceu quando o interesse de Roma despertou na direção do Mediterrâneo. Cartago então propôs dois tratados em 306 a.C. para limitar pacificamente as áreas de influência dos dois Estados.

Tudo ia bem até entrar em pauta a ilha de Sicília — um ponto estratégico nas rotas para o Oriente, do qual ninguém queria abrir mão. Sem acordo, veio a primeira guerra púnica, que terminaria apenas em 241 a.C., quando os cartagineses cederam.

Além de perderem a Sicília, tiveram de amargar por mais de três anos a revolta dos mercenários estrangeiros que queriam receber seu pagamento. Mal o comandante Amílcar Barca pôs fim à confusão, criou bases militares na Espanha, para comprar novas brigas com Roma. Assim, romanos e cartagineses voltaram a entrar em conflito em 218 a.C. e 149 a.C.

Em 146 a.C., enfim, os romanos conseguiram sitiar Cartago, aniquilar o exército local e arrasar a cidade. Os sobreviventes do massacre foram vendidos como escravos e ficou proibida qualquer outra construção em solo cartaginês.

Fonte: http://www.meteopt.com/forum
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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fenícios e celtas na América

As primeiras navegações confirmadas à América foram às dos vikings - mas séculos antes, já circulavam no Velho Mundo lendas sobre grandes terras do outro lado do Atlântico. Contam historiadores antigos que o primeiro povo a procurar essas plagas foram os fenícios - os maiores navegadores da Antigüidade, antepassados dos libaneses.

Na obra Bibliotheca Historica, escrita no século I a.C., o romano Diodorus Siculus conta que o capitão fenício Himilcon singrou o "Oceano Ocidental" por volta de 500 a.C. e chegou a uma "grande terra, fértil e de clima delicioso". A descoberta foi mantida em segredo para evitar que outros povos explorassem o lugar - revelar sua localização era crime punido com a morte.

No início da Idade Média, começaram a circular rumores de que o misterioso país do ocidente era uma espécie de paraíso terreno, imagem do Éden descrito na Bíblia. Entre os celtas da Irlanda, a terra encantada ganhou o nome de Hy Brazil. A palavra céltica Brazil tem origens incertas, mas alguns acreditam que derive do termo fenício "barzil", que significava "ferro" - sabe-se que fenícios e celtas comerciaram na Antigüidade e podem ter trocado vocábulos além de mercadorias. Outros tradutores acham que Brazil vem do celta "bress", raiz da palavra inglesa "bless" - abençoar.

A história oficial, como se sabe, conta que nosso país foi batizado em homenagem ao "pau-brasil", a madeira "da cor da brasa" que abundava no litoral do Nordeste e cuja casca dava uma tintura vermelha, usada para tingir as vestes mais luxuosas de Lisboa. Essa versão esquece, claro, que a palavra Brasil é mais antiga que existência da própria língua portuguesa, cujos documentos mais antigos só surgiriam no século IX.

Um descobridor alternativo das Américas pode ter sido um religioso celta em busca do paraíso terrestre: A Navegação de São Brandão, obra escrita na Irlanda por volta do ano 900, conta a história de um monge irlandês que em 556 teria partido pelas águas do Atlântico em um currach - pequeno barco de madeira, coberto de peles e usado por pescadores. Reza a lenda que São Brandão, com uma pequena tripulação de monges-marinheiros, encontrou a fabulosa terra de Hy Brazil, "cheia de bosques e grandes rios recheados de peixes", e voltou à Irlanda para contar a história.

Nenhuma evidência arqueológica confirma que fenícios ou celtas tenham estado no Novo Mundo - mas a chance, segundo alguns pesquisadores, não é de desprezar. "Mesmo na falta de provas definitivas, é ingênuo negar a possibilidade de que povos antigos tenham navegado à América", diz Luiz Galdino, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que pesquisa as descobertas alternativas do Novo Mundo há mais de 30 anos.

Galdino aponta para a corrente Sul-Equatorial como o caminho mais provável para exploradores antigos. "Os fenícios tinham navios capazes de carregar mais mantimentos que as caravelas portuguesas. Sabemos que eles navegaram pela costa da África até o século IV a.C. - e, se um de seus barcos tivesse entrado por acaso na corrente Sul-Equatorial, iria diretamente para as praias de Pernambuco", diz Galdino, que planeja lançar um livro sobre "as descobertas do Brasil".

"O mesmo caminho pode ter sido seguido por celtas, romanos, árabes. O Brasil e as Américas foram descobertos várias vezes ao longo dos séculos".

Fonte: Os Descobridores do Novo Mundo - História - Passeioweb
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