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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Eros Volúsia

Eros Volúsia (Heros Volúsia Machado), dançarina e atriz, nasceu em São Cristóvão, bairro do Rio de Janeiro, em 01/06/1914, e faleceu na mesma cidade, em 01/01/2004. Filha do poeta Rodolfo Machado e da poetisa Gilka Machado, seus avós maternos também possuíam habilidades artísticas: o avô, Hortênsio da Gama Sousa Melo, era um poeta. Sua avó Teresa Cristina Muniz, era atriz de rádio e teatro.

Bailarina que uniu balé clássico e ritmos brasileiros nos anos 30 e 40, Eros inspirava-se na natureza e na cultura do país, imprimindo na dança, de maneira pioneira, traços das raízes nacionais.

Eros Volúsia num musical em 1937
Levou pela primeira vez ao mais tradicional reduto clássico do balé, o palco do Teatro Municipal do Rio, nos anos 30, um bailado de contorno popular. Fez tanto sucesso e era tão bonita que atraiu a atenção da revista americana "Life", tendo sido capa da edição de 22 de setembro de 1941. Até hoje, foi a única sul-americana a estampar a primeira página da conceituada publicação americana. A reportagem rendeu-lhe um convite da Metro Goldwyn Meyer, aceito por ela, para participar de uma comédia da dupla Abbot e Costello, "Rio Rita", de 1942.

Dançando o samba na ponta das sapatilhas, imprimindo ginga aos quadris e criando movimentos coreográficos sobre ritmos brasileiros como Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, Brejeiro, de Nazareth e Mignone, Eros Volúsia chamou a atenção no Brasil e no exterior.

Eros Volúsia - 1941
Um momento decisivo de sua carreira foi a apresentação, no Municipal carioca, em 1937, de uma coreografia solo acompanhada pela orquestra regida por Francisco Mignone. Nos cassinos e boates do país, encantou intelectuais e políticos dos anos 30 e 40, entre eles o presidente Getúlio Vargas.

Carmen Miranda entrou no time dos admiradores e dela copiou os graciosos movimentos de braços que vieram a se tornar sua marca mundo afora.

Na França, onde se apresentou diversas vezes, ficou conhecida como La Muse Sucrée, devido a Volúsia, um monte nos Estados Unidos exportador mundial de mel. Sua mãe, a poeta Gilka Machado, foi quem deu à artista esse nome original.

Atuou em vários filmes nacionais: "Favela dos Meus Amores" (1935), "Samba da Vida" (1937), "Caminho do Céu" (1943), "Romance Proibido" (1944) e "Pra Lá de Boa" (1949).

A fama internacional aconteceu após participação no filme "Rio Rita" (1942), uma comédia da Metro-Goldwyn-Mayer, dirigida por S. Sylvan Simon.

Em 2002, a Universidade de Brasília (UNB) criou o Centro de Documentação e Pesquisa Eros Volúsia, vinculado ao seu Departamento de Artes Cênicas. Em 2005, Roberto Pereira, professor de História da Dança e crítico de dança do Jornal do Brasil, publicou a biografia intitulada Eros Volúsia.

Foi em uma das inúmeras entrevistas dadas à revista O Cruzeiro que Eros Volúsia sintetizou sua missão artística: - Dei ao Brasil o que o Brasil não tinha, a sua dança clássica.

Eros faleceu no Rio, no dia 1º de janeiro de 2004.


Filmografia

1935 Favela Dos Meus Amores
1937 Samba da Vida
1942 Rio Rita
1943 Caminho do Céu
1944 Romance Proibido
1949 Pra Lá de Boa

Livros

Eros Volusia (Roberto Pereira) - Editora Relume Dumará; Poemadançando: Gilka Machado e Eros Volusia (Soraia Maria Silva) - Editora UNB; Eu e a Dança (Eros Volúsia) - Revista Continente Editorial.

Fontes: iMDB; Portal Luiz Nassif; Mulher - 500 Anos atrás dos panos; Life.
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Rita Hayworth, a eterna beleza

A incomparável Rita
Rita Hayworth (Margarita Carmen Cansino), atriz e dançarina, nasceu no Brooklyn, Nova York, em 17/10/1918, e faleceu na mesma cidade em 14/05/1987. Foi uma atriz de ascendência hispano-irlandesa, que atingiu o auge na década de 1940 e tornou-se um mito eterno do cinema.

Era filha do dançarino flamenco Eduardo Cansino, natural de Castilleja de la Cuesta, e de Volga Hayworth, chefes de uma famosa família de dançarinos ciganos espanhóis. Seu pai queria que ela se tornasse dançarina, enquanto a mãe desejava que ela fosse atriz. Seu avô, Antonio Cansino, era o maior expoente de Dança Clássica Espanhola, sua escola de dança em Madrid era mundialmente famosa, e foi ele quem deu a Rita, sua primeira lição de dança.

Affair in Trinidad, 1952
Assim que ela fez três anos e meio, começou a ter aulas de dança. Ela não gostava, mas não teve coragem de contar para o pai. Durante vários anos ela freqüentou diariamente aulas de dança no Carnegie Hall, sob a instrução de seu tio Angel Cansino.

Com oito anos de idade, sua família se mudou para o oeste de Hollywood, onde criaram seu propria Escola de dança. Famosos artistas de Hollywood receberam treinamento do próprio Eduardo Cansino, incluindo James Cagney e Jean Harlow. Com a Grande Depressão, os negócios da família faliram. Ninguém mais tinha tempo para aulas de dança em um período econômico tão dificil. Mas quando um sócio do sobrinho de Cansino, que estava dançando em um musical quebrou a perna, Volga sugeriu que Rita fizesse o papel.

Gilda, 1946
A idéia de Volga deu um grande plano para Eduardo: fazer parceria com a filha no número de vaudeville que ele já possuía, chamado "The Dancing Cansinos". Como Rita não tinha idade suficiente para trabalhar nas casas noturnas e bares da Califórnia, ela e seu pai viajaram pela fronteira até a cidade de Tijuana no México, um local turistico popular para os cidadãos de Los Angeles no inicio dos anos de 1930. Rita trabalhou em lugares como o Foreign Club e o Caliente Club.

Foi no "Caliente Club", em 1935, que Rita foi descoberta pelo diretor da Fox Film Corporation, Winfield Sheehan.

Uma semana depois, Rita foi levada para Hollywood, para fazer um teste na Fox. Impressionado com o seu desempenho, Sheehan, assinou um contrato de seis meses com Rita (Agora conhecida como Rita Cansino).

Modelos (Cover Girl, 1944)

Durante seu período na Fox, Rita apareceu em cinco filmes, nos quais seus papeis não foram nem importantes nem memoráveis. Estreiou como coadjuvante/secundária em "Sob o Luar dos Pampas" (Under the Pampas Moon, 1935), um faroeste passado na Argentina, estrelado por Warner Baxter. Foi escalada para vários outros papéis pequenos, nos quais se destacou por seus dotes para a dança e por sua beleza. Com o final de seu contrato de seis meses, o então Produtor Executivo Darryl F. Zanuck não se interessou por ela e não renovou seu contrato.

Em 1937, Rita, já com 18 anos, casou-se com seu empresário, Edward Judson, que tinha o dobro de sua idade. Mesmo, ela tendo sido abandonada pela Fox, Judson conseguiu para ela vários papéis em filmes independentes, e finalmente conseguiu marcar um teste com a Columbia Pictures, estúdio que tentava se firmar como um dos grandes de Hollywood e, por isso, necessitava ardentemente de estrelas importantes. Harry Cohn, logo assinou um contrato de longo prazo. Rita começou a fazer pequenos papéis na Columbia.Cohn disse que a imagem de Rita era muito mediterrânea, o que causou que ela fizesse vários papéis hispânicos. Rita passou por uma dolorosa eletrólise para aumentar a testa e acentuar o Pico de Viúva.

Quando estreou na Columbia, ela havia mudado a cor do seu cabelo, de castanho para um tom de ruivo, e passara a se chamar Rita Hayworth (Usando o nome de solteira de sua mãe).

Rita passou por uma difícil transição de dançarina de cabaré para estrela de cinema. Ela era, em primeiro lugar, uma dançarina; tornar-se atriz foi uma maneira de ganhar a vida.

A colunista de fofocas Louella Parsons, achou que Rita Hayworth não seria bem sucedida. Ela a conheceu justamente quando ela estava começando, e a viu como uma garota "tímida" e que "não podia olhar estranhos nos olhos" e cuja voz era tão baixo que mal podia ser ouvida.

A Columbia parecia não saber o que fazer com ela. Em 1935, quando tinha 17 anos, ela foi retirada do elenco de Ramona e substituída por Loretta Young. "Foi a pior decepção da minha vida", disse Rita. Ela ficou arrasada, mas não desistiu.

Rita continuou a aparecer em uma série infindável de produções B, ora como protagonista, ora como coadjuvante/secundária. Em 1939, Cohn pressionou o diretor Howard Hawks a usar Rita para um papel pequeno, mas importante, em Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings), um grande sucesso de bilheteria estrelado por Cary Grant e Jean Arthur.  Cohn começou a ver Rita Hayworth, como sua primeira estrela (o estúdio nunca teve oficialmente grandes estrelas sob contrato, com exceção de Jean Arthur, que estava tentando sair do seu contrato com a Columbia).

No ano seguinte, Harry Cohn, começou a construir Rita Hayworth, usando-a em filmes como "Melodias do Meu Coração" (Music in My Heart), "Protegida do Papai" (The Lady In Quenstion) e "Anjos da Broadway" (Angels Over Broadway). Mas sua sorte só começou realmente a mudar quando foi emprestada à MGM para fazer o terceiro papel feminino de "Uma Mulher Original" (Susan and God, 1940), de George Cukor, drama estrelado por Joan Crawford e Fredric March.


No ano seguinte, novo empréstimo, agora para a Warner Bros., onde foi o segundo nome feminino em "Uma Loira com Açúcar" (The Strawberry Blonde, 1941), comédia de Raoul Walsh, com James Cagney e Olivia de Havilland. Um sucesso de bilheteria, que deu grande popularidade para Rita Hayworth, que imediatamente se tornou uma das propriedades mais quentes de Hollywood. A Warner ficou tão impressionada com ela, que tentou comprar seu contrato da Columbia, mas Harry Cohn se recusou a liberá-la.

Ainda em 1941, seu sucesso na Warner Bros. levou-a a ser emprestada à Fox, para interpretar Doña Sol na superprodução "Sangue e Areia" (Blood and Sand), drama de Rouben Mamoulian, estrelado por Tyrone Power e Linda Darnell. Este filme lançou-a como o símbolo sexual por excelência de toda aquela década.

Nos anos que se seguiram, Rita brilhou em musicais da Columbia, como "Ao Compasso do Amor" (You'll Never Get Rich, 1941), "Bonita Como Nunca" (You Were Never Lovelier, 1942), ambos com Fred Astaire e "Modelos" (Cover Girl, 1944), com Gene Kelly, firmando-se como uma das maiores dançarinas das telas e a maior estrela romântica dos anos 1940. Porém, a chegada do sucesso profissional coincidiu com a crise em seu casamento, que acabou em divórcio em 1942.

A fama de maior estrela da década e de uma das mulheres mais desejadas e famosas do mundo consolidou-se ao estrelar, no auge de sua beleza, o clássico noir "Gilda" (Gilda, 1946), de Charles Vidor, ao lado de Glenn Ford, com quem já atuara antes em "Protegida do Papai" (The Lady in Question, 1940), também de Vidor. O marcante, ainda que brevíssimo, striptease de Rita e a bofetada que ela recebe de Ford, ajudaram a engrossar a enorme bilheteria que o filme recebeu em todo o mundo.

"Gilda", o filme mais importante de sua carreira, também marcou o início de seu lento declínio em Hollywood. Assim como, na frase precisa da campanha publicitária, "nunca houve uma mulher como Gilda", assim também nunca mais Rita conseguiu repetir esse êxito, apesar de ter continuado a trabalhar em produções de sucesso.

Com Orson Welles, com quem se casara em 1943, Rita estrelou "A Dama de Xangai" (The Lady from Shanghai, 1948). O filme não agradou nem aos fãs nem à crítica, em parte porque Welles pediu-lhe que cortasse o cabelo e o pintasse de louro, além de matar sua personagem no final.

No mesmo ano, "Os Amores de Carmen" (The Loves of Carmen), também de Charles Vidor, reuniu-a novamente com Glenn Ford. A química funcionou outra vez e o filme foi sucesso. Em 1952, fez "Uma Viúva em Trinidad" (Affair in Trinidad), de Vincent Sherman, atuando pela quarta vez ao lado de Ford.

Seus dois filmes do ano seguinte foram dois grandes escândalos, pelos seus temas: "Salomé" (Salome, 1953), de William Dieterle, com Stewart Granger, onde fez o personagem bíblico que pediu a execução de João Batista e "A Mulher de Satã" (Miss Sadie Thompson, 1953), de Curtis Bernhardt, com Jose Ferrer, em que Rita interpreta uma pecadora que seduz um reverendo. Seu último grande sucesso foi "Meus Dois Carinhos" (Pal Joey, 1957), de George Sidney, com Rita dividindo a cena com Frank Sinatra e Kim Novak, considerada a nova rainha da Columbia. Na hora de decidir quem encabeçaria o elenco, Sinatra resolveu a questão: "O direito de ter o nome em primeiro lugar pertence a Rita Hayworth. Ela é a Columbia Pictures e sempre será".

Rita ainda faria vários outros filmes, inclusive na Europa, mas seus dias de glória e sua época já eram coisa do passado. Trabalhou pela quinta vez com Glenn Ford, em "O Dinheiro É a Armadilha" (The Money Trap, 1966), de Burt Kennedy, e encerrou a carreira com "A Ira Divina" (The Wrath of God, 1972), ao lado de Robert Mitchum. Coincidentemente, este último é um faroeste, como seu primeiro trabalho, e assim o círculo se completa.


Rita casou-se cinco vezes: a primeira com Edward C. Judson (1937- 1942); a segunda com Orson Welles (1943-1948), com quem teve uma filha, Rebecca; a terceira com o príncipe Aly Khan (1949-1953), com quem teve princesa Yasmin Aga Khan; a quarta com o cantor Dick Haymes (1953-1955), e a última com James Hill (1958-1961). Todos seus casamentos terminaram em divórcio.

Considerada por muitos a mulher mais bonita da história do cinema, a despeito de Greta Garbo e Marilyn Monroe, a atriz definia seu insucesso no amor com a seguinte frase, que resiste à passagem do tempo: "A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo".

Morreu na casa de sua filha, Yasmin, em Nova Iorque, aos sessenta e nove anos, vítima do mal de Alzheimer, do qual padecia desde a década de 1960, mas que só foi diagnosticado em 1980. Está sepultada no Cemitério de Holy Cross em Culver City, California.

Filmografia

Todos os títulos em português referem-se a exibições no Brasil. Foram omitidos os filmes em que ela aparece sem créditos, geralmente como dançarina.

1935 Sob o Luar dos Pampas (Under the Pampas Moon)
1935 Charlie Chan no Egito (Charlie Chan in Egypt); série Charlie Chan
1935 A Nave de Satã (Dante's Inferno)
1935 Perdida na Metrópole (Paddy O'Day)
1936 Carga Humana (Human Cargo)
1936 A Astúcia de Nero Wolfe (Meet Nero Wolfe)
1936 A Tentadora (Rebellion)
1937 A Rainha da Louisiana (Old Louisiana)
1937 Soberanos da Sela (Hit the Saddle)
1937 Barulho no Texas (Trouble in Texas)
1937 Criminosos do Ar (Criminals of the Air)
1937 Jogo de Saias (Girls Can Play)
1937 Jogo Que Mata (The Game That Kills)
1937 Dançamos Para Viver (Paid to Dance)
1937 A Sombra da Morte (The Shadow)
1938 Luzes da Acusação (Who Killed Gail Preston?)
1938 Special Inspector
1938 Sempre a Mulher (There's Always a Woman)
1938 Sacrifício de Irmã (Convicted)
1938 Filhas do Desprezo (Juvenile Court)
1939 No Campo Inimigo (The Renegade Ranger)
1939 O Braço da Lei (Homicide Bureau)
1939 Álibi Nupcial (The Lone Wolf Spy Hunt)
1939 Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings)
1940 Melodias do Meu Coração (Music in My Heart)
1940 Florisbela Quer o Divórcio (Blondie on a Budget)
1940 Uma Mulher Original (Susan and God)
1940 Protegida do Papai (The Lady in Question)
1940 Anjos da Broadway (Angels Over Broadway)
1941 Uma Loura com Açúcar (The Strawberry Blonde)
1941 Volta Para Mim (Affectionately Yours)
1941 Sangue e Areia (Blood and Sand)
1941 Ao Compasso do Amor (You'll Never Get Rich)
1942 Minha Namorada Favorita (My Gal Sal)
1942 Seis Destinos (Tales of Manhattan)
1942 Bonita Como Nunca (You Were Never Lovelier)
1944 Modelos (Cover Girl)
1945 O Coração de Uma Cidade (Tonight and Every Night)
1946 Gilda (Gilda)
1947 Quando os Deuses Amam (Down to Earth)
1948 A Dama de Xangai(The Lady from Shanghai)
1948 Os Amores de Carmen (The Loves of Carmen)
1952 Uma Viúva em Trinidad (Affair in Trinidad)
1953 Salomé (Salome)
1953 A Mulher de Satã (Miss Sadie Thompson)
1957 Lábios de Fogo (Fire Down Below)
1957 Meus Dois Carinhos(Pal Joey)
1958 Vidas Separadas(Separate Tables)
1959 Heróis de Barro (They Came to Cordura)
1959 Drama na Página Um (The Story on Page One)
1962 O Sétimo Mandamento (The Happy Thieves)
1964 O Mundo do Circo (Circus World)
1966 Dinheiro É a Armadilha (The Money Trap)
1966 O Ópio Também É Uma Flor (The Poppy Is Also a Flower)
1967 O Heroico Lobo-do-Mar (L'Avventuriero)
1969 Os Bastardos (I Bastardi)
1971 A Trilha de Salina (Sur la Route de Salina)
1971 The Naked Zoo
1972 A Ira Divina (The Wrath of God)

Fonte: Wikipédia.
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Grace Photoset

De todas as atrizes clássicas de Hollywood, tenho especial admiração por esta, que para mim locupleta os contos de fada: um rosto de princesa e a beleza de uma autêntica rainha...viva para sempre Grace Kelly !!















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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Gloria Grahame

Gloria Grahame (Gloria Hallward), atriz, nasceu em Los Angeles, California, em 18 de novembro de 1923, e faleceu em Nova York, Nova York, em 5 de outubro de 1981.

Filha de Michael Hallward, arquiteto, e de Jean McDougall, atriz de teatro, que se apresentava com o nome artístico de Jean Grahame, Gloria era descendente da realeza, já que a família de seu pai descendia do Rei Edward III, enquanto a da mãe, de reis escoceses.

Quando adolescente, já se mostrava com pouco interesse em relação aos estudos, chegando a largar a Hollywood High School pouco antes de se graduar, a fim de se juntar a um show em turnê chamado "Good Night, Ladies".

Em 1944, aos 21 anos, apareceu em duas peças na Broadway, ocasião em que chamou a atenção de Louis Mayer, chefe de estúdios da Metro Goldwyn Mayer. Impressionado com o trabalho dela, ele lhe ofereceu um contrato com a MGM, mas o reconhecimento do público só veio a ocorrer em 1946 com o filme "A Felicidade Não se Compra", de Frank Capra.

Embora seu talento e seu charme fossem de uma estrela, Gloria nunca foi reconhecida pela MGM como tal, sendo seu contrato vendido em 1947 à RKO.  Nessa produtora, ela foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, por sua atuação em "Rancor", um filme-noir de Edward Dmytryk.

Três anos depois, não mais trabalhando para a RKO, Gloria foi agraciada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, ao atuar ao lado de Humphrey Bogart em "No Silêncio da Noite".

Desempenhando papéis de mulheres sedutoras em diversos clássicos filmes-noirs, Gloria ia bem no cinema quando problemas conjugais e de custódia de filhos, combinados com outros surgidos quando das filmagens de "Oklahoma", em 1955, fizeram com que sua carreira ficasse de lado a partir de 1956.

Nos anos 60, voltou a atuar em palcos e na TV e, a partir de 1970, em alguns filmes de qualidade inferior. Seus últimos trabalhos foram em "Melvin e Howard", de Jonathan Demme, 1980, e "The Nesting", de Armand Weston, 1981.

The Greatest Show on Earth, 1952
Gloria casou-se quatro vezes: De 29/08/1945 a 01/06/1948, com o ator Stanley Clements; de 01/06/1948 a 14/08/1952, com o cineasta Nicholas Ray, com quem teve um filho, Timothy Ray, nascido em 12/11/1948; de 15/08/1954 a 31/10/1957, com o cineasta Cy Howard, com quem teve uma filha, Marianne Paulette, em 01/10/1956; e, finalmente, de 13/05/1960 a 04/05/1974, com o ator Anthony Ray, com quem teve dois filhos: Anthony Ray Jr., nascido em 30/04/1963, e James Ray, em 21/09/1965.

Em 1980 foi detectada com câncer de estômago, mas se recusou a fazer uma cirurgia, insistindo que não tinha a doença. Faleceu aos 57 anos em Nova York.


Filmografia

1944 Blonde Fever
1945 Without Love
1946 It's a Wonderful Life
1947 It Happened in Brooklyn
1947 Crossfire
1947 Song of the Thin Man
1947 Merton of the Movies
1949 A Woman's Secret
1949 Roughshod
1950 In a Lonely Place
1952 The Greatest Show on Earth
1952 Macao
1952 Sudden Fear
1952 The Bad and the Beautiful
1953 The Glass Wall
1953 Man on a Tightrope
1953 The Big Heat
1953 Prisoners of the Casbah
1954 Human Desire
1954 Naked Alibi
1954 The Good Die Young
1955 The Cobweb
1955 Not as a Stranger
1955 Oklahoma!
1956 The Man Who Never Was
1957 Ride Out for Revenge
1959 Odds Against Tomorrow
1966 Ride Beyond Vengeance
1971 Blood and Lace
1971 The Todd Killings
1971 Chandler
1972 The Loners
1973 Tarot
1974 Mama's Dirty Girls
1976 Mansion of the Doomed
1979 A Nightingale Sang in Berkeley Square
1979 Head Over Heels
1980 Melvin and Howard
1982 The Nesting

Fontes: Wikipédia; 70 Anos de Cinema.
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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cyd Charisse

Cyd Charisse (Tula Ellice Finklea), atriz e dançarina, nasceu em Amarillo, Texas, em 8 de Março de 1921, e faleceu em Los Angeles, California, em 17 de Junho de 2008. Charisse estudou ballet em Los Angeles com Adolph Bolm e Bronislava Nijinska e subsequentemente dançou no Ballets Russes como "Celia Siderova" e depois "Maria Istromena".

O rompimento da Segunda Guerra Mundial levou a divisão da companhia e, retornando para Los Angeles, David Lichine lhe ofereceu um papel de dançarina em Something to Shout About.

Inicialmente era apelidada de “Sid”, semelhante à “sis” (“irmã”, em inglês), mas ao chegar as telonas o nome foi trocado por “Cyd” pela própria MGM, “para dar um ar de mistério” à estrela. A atriz começou a dançar balé aos seis anos por recomendação médica, para se recuperar de poliomielite. Seu primeiro papel no cinema foi em “Something to Shout About”, de 1943, dirigido por Gregory Ratoff.

Isso lhe rendeu a atenção do coreógrafo Robert Alton (o mesmo que também descobriu Gene Kelly) e logo ela se uniu ao corpo dançante de Arthur Freed da MGM, onde se tornou dançarina de balé residente.

Charisse é principalmente lembrada por suas parcerias no cinema com Fred Astaire e Gene Kelly.

Sua primeira aparição com Astaire foi em uma breve cena em no filme "Ziegfeld Follies" (1946). Sua próxima aparição com ele foi como papel feminino principal em "The Band Wagon" (1953) onde dançou com Astaire nas aclamadas coreografias "Dancing in the Dark" e "Girl Hunt Ballet".

Em 1957 ela se reuniu com Astaire na versão cinematográfica de Silk Stockings, um remake musical de "Ninotchka", com Charisse no papel que foi de Greta Garbo.

Como Debbie Reynolds não era uma dançarina treinada, Gene Kelly escolheu Charisse para ser sua parceira no celebrado final de ballet de "Cantando na chuva" (1952), posteriormente co-estrelou com Kelly em Briadoon. Ela novamente obteve o papel feminino principal ao lado de Kelly no seu penúltimo musical da MGM "It's Always Fair Weather" (1956).


Após o declínio dos musicais no final dos anos 50, Charisse se aposentou da dança mas continuou realizando pequenas participações em filmes e produções de TV até os anos 90.

Filmografia

Canta Coração (1943)
Mission to Moscow (1943)
Thousands Cheer (1943)
The Harvey Girls (1946)
Ziegfeld Follies (1946)
Three Wise Fools (1946)
Till the Clouds Roll By (1946)
Fiesta (1947)
The Unfinished Dance (1947)
On an Island with You (1948)
The Kissing Bandit (1948)
Words and Music (1948)
East Side, West Side (1949)
Tension (1950)
Mark of the Renegade (1951)
Cantando na chuva (1952)
The Wild North (1952)
Sombrero (1953)
Roda da Fortuna (1953)
Easy to Love (1953)
A lenda dos beijos perdidos (1954)
Para sempre em meu coração (1954)
It's Always Fair Weather (1955)
Meet Me in Las Vegas (1956)
Meias de Seda (1957)
Twilight for the Gods (1958)
Party Girl (1958)
Black Tights (1960)
Five Golden Hours (1961)
Two Weeks in Another Town (1962)
Assassination in Rome (1965)
The Silencers (1966)
Maroc 7 (1967)
Film Portrait (1973) (documentary)
Won Ton Ton, the Dog Who Saved Hollywood (1976)
Guerreiros da Atlântida (1978)
Private Screening (1989)
That's Entertainment! III (1994)
   
Fontes: Wikipedia; Biografias.
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Film noir

Atrizes Gloria Grahame (1923-1981) e Cyd Charisse (1922-2008) - foto sem data.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Maureen O'Hara

Maureen O'Hara (Maureen Fitzsimmons), atriz e cantora, nasceu em Ranelagh, Dublin, Irlanda, em 17 de agosto de 1920. Foi a 2ª dos seis filhos de Charles e Marguerita Fitzsimmons, ele um homem de negócios e desportista em Dublin, ela uma famosa contralto.  Desde criança, demonstrou suas habilidades com jogos atléticos e equitação, bem como, após freqüentar a Abbey School, seus talentos na arte de representar. 

Aos 14 anos, foi aceita no famoso Abbey Theater, iniciando uma promissora carreira como atriz e cantora.

Em 1938, aos 18 anos, atuou em dois filmes musicais ingleses, “Kicking the Moon Around” e “My Irish Molly”, ainda usando seu nome de batismo.  Em 1939, ao vê-la em um teste de interpretação, o grande ator e produtor britânico, Charles Laughton, ficou por ela encantado, levando-a para estrelar, ao seu lado, o filme “A Estalagem Maldita”, de Alfred Hitchcock, oportunidade em que ele sugeriu a criação do nome artístico de Maureen O’Hara. 

No mesmo ano, ainda sob contrato com a produtora de Laughton, Maureen foi levada à Hollywood para atuar com ele no filme “O Corcunda de Notre-Dame”, da RKO Pictures.  O sucesso obtido fez com que a produtora americana comprasse o contrato que ela mantinha com Laughton.  Assim, aos 19 anos, Maureen já havia trabalhado em duas grandes produções, ao lado de um ator do porte de Laughton, recebendo merecidamente os elogios da crítica especializada.  Além de sua beleza física e da atriz que demonstrara ser, Maureen possuía ainda uma maravilhosa voz de soprano lírica.

Lady Godiva of Coventry (1955)
Depois de passar por dois casamentos, o primeiro com o produtor britânico, George Brown  (12/06/1939 a 15/09/1941), e o segundo com o cineasta americano, Will Price  (29/12/1941 a 11/08/1953), Maureen encontrou sua merecida felicidade pessoal ao se casar, em 11/03/1968, com o General Charles Blair, um famoso aviador e amigo de muitos anos de sua família. 

Em 1973, após atuar em “O Potro Vermelho”, Maureen retirou-se do cinema para trabalhar com o marido em sua empresa de aviação, “Antilles Airboats”, no Caribe.  Após a morte de Blair, num desastre aéreo em 1978, Maureen foi alçada ao cargo de presidente da empresa, tornando-se a primeira mulher a dirigir uma Companhia Aérea nos Estados Unidos.

Entre 1991 e 2000, Maureen ainda aceitou estrelar quatro outros filmes, todos realizados para a televisão.  De sua união com Will Price, Maureen teve uma filha, Bronwyn Fitzsimmons, nascida em 30/06/1944.


Filmografia

My Irish Molly (1938)
Kicking the Moon Around (1938)
Jamaica Inn (1939) (Estalagem Maldita)
The Hunchback of Notre Dame (1939) (O Corcunda de Notre Dame)
A Bill of Divorcement (1940) (Vítimas do Divórcio)
Dance, Girl, Dance (1940) (A Vida É uma Dança)
They Met In Argentina (1941) (Aconteceu na Argentina)
How Green Was My Valley (1941) (Como Era Verde o Meu Vale)
To the Shores of Tripoli (1942) (Defensores da Bandeira)
Ten Gentlemen from West Point (1942) (Dez Cavalheiros de West Point)
The Black Swan (1942) (O Cisne Negro)
Immortal Sergeant (1943) (O Sargento Imortal)
This Land Is Mine (1943) (Esta Terra É Minha)
The Fallen Sparrow (1943) (O Beijo da Traição)
Buffalo Bill (1944) (Buffalo Bill)
The Spanish Main (1945) (O Pirata dos Sete Mares)
Sentimental Journey (1946) (Conflito Sentimental)
Do You Love Me ? (1946) (A Professora se Diverte)
Sinbad the Sailor (1947) (Sinbad, O Marujo)
The Homestretch (1947) (Tu Voltarás, Querida)
Miracle on 34th Stree (1947) (De Ilusão Também se Vive)
The Foxes of Harrow (1947) (Débil É a Carne)
Sitting Pretty (1948) (1948) (Ama-Seca Por Acaso)
A Woman's Secret (1949) (A Vida Íntima de uma Mulher)
The Forbidden Street (1949) (Rua Proibida)
Father Was a Fullback (1949) (Papai Foi um Craque)
Bagdad (1949) (Bagdá)
Comanche Territory (1950) (Terra Selvagem)   
Tripoli (1950) (Trípoli)
Rio Grande (1950) (Rio Bravo)
Flame of Araby (1951) (Paixão de Beduíno)
At Sword's Point (1952) (Os Filhos dos Mosqueteiros)
Kangaroo (1952) (A Lei do Chicote)
The Quiet Man (1952) (Depois do Vendaval)
Against All Flags (1952) (Contra Todas as Bandeiras)
The Redhead from Wyoming (1953) (A Rainha dos Renegados)
War Arrow (1953) (A Grande Audácia)
Malaga (1954) (África de Fogo)
The Long Gray Line (1955) (A Paixão de uma Vida)
The Magnificent Matador (1955) (O Magnífico Matador)
Lady Godiva of Coventry (1955) (O Suplício de Lady Godiva)
Lisbon (1956) (Lisboa)
Everything But the Truth (1956) (O Estopim do Escândalo)
The Wings of Eagles (1957) (Asas de Águia)
Our Man in Havana (1959) (Nosso Homem em Havana)
The Deadly Companions (1961) (Parceiros da Morte)
The Parent Trap (1961) (Operação Cupido)
Mr. Hobbs Takes a Vacation (1962) (As Férias de Papai)
McLintock! (1963) (Quando um Homem É Homem)
Spencer's Mountain (1963) (Os Nove Irmãos)
The Battle of the Villa Fiorita (1965) (Vila Fiorita)
The Rare Breed (1966) (Raça Brava)
How Do I Love Thee? (1970) (Uma Família Biruta)
Big Jake (1971) (Jake Grandão)
Only the Lonely (1991) (Mamãe Não Quer Que Eu Case)

Fontes: Wikipédia; 70 Anos de Cinema.
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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Olive Ann

Olive Ann (Olive Ann Alcorn), atriz vintage de teatro e de cinema, nasceu em Stillwater, Minnesota, em 10/03/1900, e faleceu em Los Angeles, California, em 08/01/1975.

Em sua carreira na Sétima Arte destacou-se nos seguintes filmes: "Sunnyside" (curta-metragem, 1919); "For a Woman's Honor" (1919); "The Long Arm of Mannister" (1919); "Up the Ladder" (1925); e o "O Fantasma da Ópera" (1925).



Fontes: IMDb; Fotos - Annex.
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