Ariano
Suassuna - Dramaturgo e romancista paraibano. É um dos principais
expoentes do movimento Armorial, voltado para a recuperação das raízes
históricas do Nordeste.
Ariano Vilar Suassuna
(16/6/1927-) nasce na cidade de João Pessoa. Estuda literatura, mas
forma-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1946.
Nomeado professor da Universidade Federal de Pernambuco, dá aulas de estética e história do teatro e ajuda a fundar o Teatro do Estudante de Pernambuco.
Nomeado professor da Universidade Federal de Pernambuco, dá aulas de estética e história do teatro e ajuda a fundar o Teatro do Estudante de Pernambuco.
Escreve a primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol,
ainda em 1947, demonstrando clara inspiração popular combinada à
convicção cristã. Em seus trabalhos seguintes recupera o auto religioso
medieval em peças como Auto de São João da Cruz (1950) e O Arco Desolado (1952).
O reconhecimento nacional chega em 1955, com Auto da Compadecida, com forte influência do dramaturgo Gil Vicente e da tradição folclórica luso-brasileira. Em A Pena e a Lei
(1959), peça premiada no Festival Latino-Americano de Teatro, utiliza
elementos típicos do teatro de marionetes, como as máscaras e a
mecanização dos movimentos.
No ano seguinte funda o Teatro Popular do Nordeste, no qual apresenta A Farsa da Boa Preguiça e A Caseira e a Catarina.
No final da década de 60 interrompe a carreira de dramaturgo para
dedicar-se à prosa de ficção e ao trabalho de animador cultural do
movimento Armorial.
Entre seus livros mais conhecidos estão Romance da Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História do Rei Degolado nas Caatingas do Sertão ao Sol da Onça Caetana (1976).
Em 1989 é eleito para a Academia
Brasileira de Letras.Secretário de Cultura de Pernambuco, cargo que
ocupa até o início de 1999, prepara mais um livro, no qual fará um
balanço de sua obra. Além de escrever, produz iluminogravuras, conforme
denomina suas gravuras coloridas á mão.
Em 1999, estréia o filme O Auto da Compadecida
baseado em sua obra de mesmo nome com a atriz Fernanda Montenegro e o
ator Selton Melo no elenco. A obra, noentanto, já ganhou outras duas
versões anteriores para o cinema, uma com Regina Duarte e Antônio
Fagundes nos anos 60 e outra com os Trapalhões nos 80.
Sua obra foi escolhida como tema da escola de samba Império Serrano, para o Carnaval de 2002.
Fontes: Almanaque Abril; Casa do Teatro - O Auto da Boa Preguiça.