O desvio de septo leva à má qualidade da respiração e sono, mas pode ser rapidamente resolvido. O nariz é dividido em duas partes e é formado por um conjunto ósseo e cartilaginoso. Alterações nesse conjunto podem ocorrer e a má formação na parte cartilaginosa, o que leva à dificuldades para respirar unilateralmente, formando uma condição chamada de desvio de septo nasal.
“O desvio de septo pode ocorrer por ter uma causa congênita – um dos pais ou outros membros próximos da família já tiveram – ou por traumas na face, não necessariamente causado por algo muito forte, mas o suficiente para causar uma cicatrização ruim e má localizada”, explica Olavo Mion, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
“Com isso há a obstrução de um dos lados – às vezes ambos – da narina e consequente piora na captação do ar pelo nariz”, completa o especialista que lembra ainda que certos tipos da chamada sinusite de repetição também podem causar o problema. “Quando há a sinusite de repetição e consequente acúmulo de muco pode ocorrer algum tipo de infecção levando a uma alteração na cartilagem também”, diz.
Essa “falha” na narina traz um certo incômodo a quem tem desvio de septo, principalmente durante exercícios físicos – onde a respiração é mais requisitada – e problemas no sono. “Como há uma entrada dificultada do ar esse indivíduo vai ter maior incidência de ronco, que como já se sabe, piora a qualidade do sono. Com isso, o indivíduo pode se sentir mais cansado durante o restante do dia”, explica Mion.
Cirurgia de correção é simples e praticamente indolor
O desvio de septo, algumas vezes, pode acabar se resolvendo naturalmente. Mas isso é mais comum em crianças, que estão em fase de formação. Se o problema persistir após os oito anos de idade, deve-se optar pela cirurgia para correção do problema.
“Recomenda-se fazer a cirurgia a partir dessa idade – oito anos – pois os ossos da face já estão mais consolidados”, explica o otorrinolaringologista. E, caso a ideia de cirurgia assuste algumas pessoas, Mion tranquiliza: “esse tipo de cirurgia é simples e feita ao nivel ambulatorial, sem um pós-operatório muito complexo e praticamente sem dor alguma”, afirma o especialista.
Fonte: O que eu tenho
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