Na amplidão do mar alto entre as vagas se apruma
O vulto do farol como uma sentinela;
Estardalhaça o vento, e a rugir se encapela
A água negra do mar em turbilhões de espuma.
Enche a trágica noite, atroa e se avoluma
Um insano clamor nas asas da procela:
É a morte! E ao temporal que as vagas atropela
Rodopiam as naus na escuridão da bruma.
Mas, súbito um clarão a espessa treva inflama,
Acende o mar bravio, ilumina os escolhos,
E guia o rumo às naus contra os parcéis da morte...
É a vida! É o farol que escancarando os olhos,
Vira e revira em torno as órbitas de chama,
Ora ao Norte, ora ao Sul, ora ao Sul, ora ao Norte...
de: Victor Silva
Fonte: http://imagenscompoemas.blogspot.com/2009/06/farol.html
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Farol
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