quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sucos para hidratar o corpo

Quando o índice de umidade relativa do ar está inferior a 30%, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda cautela. Nos dias mais secos, hidratar-se adequadamente é essencial para evitar prejuízos à saúde. O clima favorece crises respiratórias e até problemas mais graves como o infarto .

Para repor os sais minerais e se hidratar de maneira rápida, a nutricionista Lucianna Jardim, da Way Diet - Nutrição Exclusiva, do Rio de Janeiro, indica sucos com morango e cenoura. A fruta é fonte de vitamina C e antioxidantes, evitando o envelhecimento da pele e o legume é rico em betacaroteno e compostos fenólicos como o ácido caféico.

E se além de hidratar, a ideia é acelerar o metabolismo, vale apostar em um suco termogênico. Lucianna indica misturar maçã, salsão, aipo e gengibre.

“O aipo e o salsão são ricos em fibras e vitamina C e têm ação diurética – fator super importante para as mulheres, pois elas têm tendência à retenção de líquido”, diz.

Já a nutricionista Betina Ettrich, de Porto Alegre, recomenda o mix de abacaxi, água de coco, hortelã e suco de limão. Entre as frutas, na hora de batê-las, prefira melancia, melão, abacaxi, maçã, cenoura, goiaba e banana, que são basicamente compostas por água.

Veja a seguir receitas de sucos diversos que ajudam a hidratar:

Suco de morango e cenoura: bata 5 morangos, 1 cenoura e 200ml de água de coco (ou de água pura).

Suco de maçã, salsão, aipo e gengibre: bata 1 maçã, 1 talo de apio e 1 de salsão e uma colher de sopa de gengibre ralado.

Abacaxi, hortelã, limão e água de coco: bata 300 ml de água de coco, 2 fatias médias de abacaxi, 4 folhas de hortelã e o suco de meio limão.

Suco de melancia com limão: bata uma fatia pequena de melancia com o suco de um limão.

Suco de erva-doce e pera: bata 1 pera com 300ml de chá de erva-doce.

Suco de melão, mel e água de coco: bata 200ml de água de coco, 1 colher (de café) de mel e uma fatia de melão.

Chá mate com limão: bata 200ml de chá mate com o suco de 1 limão. É uma ótima pedida para hidratar rapidamente e refrescar.

Suco de banana com maçã: bata uma banana nanica com uma maçã e 200ml de água de coco.

Suco de melancia com capim cidreira e laranja: bata 1 fatia pequena de melancia, o suco de 2 laranjas, 2 folhas de capim cidreira e coe antes de servir.

Suco de maçã verde, mel e limão: bata 1 maçã verde, 1colher (de café) de mel e o suco de um limão.

Suco de goiaba com água de coco: bata 200ml de água de coco com uma goiaba vermelha.

Suco de abacaxi com hortelã: bata 2 fatias de abacaxi com 3 (ou mais) folhas de hortelã. 

Fonte: iG São Paulo / Texto: Chris Bertelli
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domingo, 14 de outubro de 2012

Consumo de álcool e nossa pele

Quem nunca exagerou um pouco no vinho ou na capirinha que atire a primeira pedra. O consumo de bebidas é, sem dúvida, muito prazeroso para a grande maioria das pessoas, sobretudo, ao lado dos amigos, num happy hour após o expediente ou no churrasco de fim de semana.

Porém, os efeitos do álcool no organismo vão muito além das consequências já bem conhecidas, como o comprometimento da coordenação motora e o surgimento de doenças no fígado.

O consumo de álcool etílico, o tipo mais comum contido nas bebidas, pode tirar o brilho e a beleza da pele, provocar o surgimento de doenças nas unhas, dentre outros malefícios.

A cosmetóloga e diretora técnica da Medicatriz Dermocosméticos, Sheila Gonçalves, assegura que a bebida alcoólica é um "veneno" para quem busca prolongar a juventude e retardar o surgimento dos sinais de envelhecimento.

"Mesmo que o consumo seja pequeno, o álcool é um agente dilatador dos vasos sanguíneos, o que provoca alterações nas células da pele, provocando uma série de conseqüências, além do envelhecimento precoce, tais como: dermatite seborreica, aumento de incidência de caspa, aumento do tamanho da glândula sebácea, resultando mais oleosidade na face, unhas fracas e com manchas brancas, vermelhidão facial, que pode chegar a rosácea, desidratação, que pode levar a descamação, principalmente nos cotovelos e joelhos, psoríase, etc", alerta a cosmetóloga.

Todos esses efeitos são mais intensos nas mulheres, uma vez que elas são mais suscetíveis por serem menos resistentes ao álcool. "O álcool se mistura com a água do corpo e, como as mulheres possuem proporcionalmente menos água do que os homens, a concentração e os efeitos da bebida são maiores. Portanto, não recomendo perder tempo e dinheiro na clínica estética e na utilização de cosméticos se a mulher colocar tudo a perder num copo de bebida", diz Sheila.

A especialista comenta que são efeitos que podem ser amenizados, desde que o consumo de álcool passe a ficar fora da lista de bebidas preferidas.

"O ideal é trocar a cerveja por chás, por exemplo. É uma bebida estimulante, refrescante e praticamente sem calorias se tomada pura. Além das substâncias antioxidantes, o chá contém bioflavonóides, que podem reduzir o risco de câncer, doenças do coração e derrames. Os chás em geral ajudam a reduzir a oleosidade da pele, ajudam na cicatrização e combatem o envelhecimento", observa a cosmetóloga.

Mas, se não for possível, ela recomenda que seja ingerida a bebida com menos teor alcoólico, a cerveja, por exemplo. Com 5% de concentração, a cerveja fica atrás dos vinhos, com 12% e, em primeiro lugar, ficam os destilados, como o whisky, com 40%.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, contudo, mostram um cenário adverso. Enquanto em 2006, 8,2% das mulheres entrevistadas admitiram exagerar no álcool, em 2010 esse número pulou para 10,06%. Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) contém, aproximadamente, 10-14 g de álcool puro.

Fonte: Vila Mulher
Texto: Jessica Moraes
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Joana D’Arc, a vedete escultural

Anna do Couto Martins nasceu em Araguari (MG), em 2 de julho de 1925. Mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda bem jovem, com  sua  mãe. Desde criança cultivava o desejo de seguir a carreira artística.

Ao ler num jornal que a Companhia Beatriz Costa e Oscarito estava selecionando girls para o seu próximo espetáculo, viu uma oportunidade para realizar seu sonho. Apresentou-se no Teatro João Caetano e logo foi contratada.

Estreou como girl na revista "Garotas de Além-mar", em 1944, aos 19 anos. A carreira de girl durou pouco. Sua figura ganhou destaque entre as coristas, e no espetáculo seguinte, "Fogo na Canjica", ganhou suas primeiras falas. Foi nessa época que  adotou o nome artístico de Joana. Mais tarde, adicionou o sobrenome D’Arc, em alusão à famosa heroína francesa. A sugestão foi de Beatriz Costa, por acreditar ser um nome forte, que combinava com sua figura marcante no palco. Participou ainda de   outras revistas, destacando-se, principalmente, nas carnavalescas.
 
Após o término da companhia, Joana ingressou no balé do empresário Carlos Lisboa, em 1947. O balé se apresentava em teatros e também em casas noturnas. Excursionou para o Sul, fazendo uma temporada no Rio Grande. Em Pelotas, conheceu o ator Procópio Ferreira que, na ocasião, estava com sua companhia de comédias fazendo uma temporada na cidade. O popular ator se encantou com a morena e a convidou para fazer parte de sua companhia. Joana aceitou na hora. Procópio era um dos mais famosos e influentes atores do Brasil.
 
Estreou na comédia "Sua Excelência, o Criado". Apresentaram-se em mais algumas cidades e, em seguida, estrearam no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro. Mas ela sentiu falta da revista. Não gostava da comédia. Achava monótono um espetáculo sem música, sem fantasias, sem escadarias, sem a alegria da revista. Joana D’Arc, então, se descobriu vedete. 

A experiência com Procópio foi a única fora do teatro de revista. Durante toda a sua vida artística, Joana D’Arc foi exclusivamente uma vedete. Tradicional de teatro e do palco. Apesar de ter feito apresentações em boates e cabarés, era no   palco, de preferência nos da Praça Tiradentes, onde se encontrava plena e absoluta.

Em 1948, retornou ao gênero musicado, na Companhia de Dercy Gonçalves. Já não era uma simples vedetinha, mas um dos destaques do elenco. Fez "Manda Quem Pode"; "Cara Malfeita" e "Noites Cariocas". Sua ascensão foi rápida.

No ano seguinte, apareceu no elenco de grandes produções recordistas como "Brotinhos e Tubarões"; "Olha a Boa!" e "Quero Ver isso de Perto". Todas estreladas por Renata Fronzi, a vedete sensação.

O grande responsável pelo sucesso de Joana D’Arc era seu corpo. Ela era um mulherão. Não tinha nada de mignon. Era alta e imponente. Tinha curvas generosas e pernas perfeitas. Foi chamada de A Escultural, pela crítica. Mas Joana não era só um corpo que se movia com graça. Cantava, dançava – rebolava e dizia – com muita malícia – textos de double sens. Um de seus números famosos foi apresentado em "Bonde do Catete" (1950), no João Caetano. Vestida de vendedora de cigarros, usando uma minissaia, declamava: "O senhor, quieto, velhinho, / Mas que pita o seu fuminho / E engasga com a nicotina, / Bem pode voltar ao jogo / E fumar com vitamina /  Pois eu lhe ofereço fogo!".
 
Ainda em 1950, fez parte do elenco do fenômeno "Muié Macho, sim Sinhô", de Walter  Pinto. O espetáculo é considerado um dos melhores de toda a carreira teatral do empresário. Ficou cinco meses em cartaz com lotações esgotadas. Faturou mais de quinze milhões de cruzeiros. Encabeçando o elenco, Oscarito, Virgínia Lane, Pedro Dias, Grande Otelo, além da cantora Dalva de Oliveira.

O estrelato daquela que era considerada o corpo mais perfeito do teatro brasileiro, pelo jornalista Brício de Abreu, só aconteceu em fins de 1951. Após sagrar-se Rainha das Atrizes, no tradicional concurso do Baile das Atrizes, estrelou absoluta "Boa... Até a Última Gota", no João Caetano. 

Ambiciosa, Joana D’Arc lançou sua própria companhia, em 1953 – mesmo ano em que foi eleita, por Sergio Porto, uma das "Dez mais bem despidas", lista que no futuro se imortalizaria como "As certinhas do Lalau". Encenou no João Caetano "Bomba da Paz", uma revista milionária, financiada por um admirador. Dividiu o estrelato com Dercy Gonçalves, mas o empreendimento  fracassou. Mesmo com o tremendo prejuízo, continuou.

No ano seguinte, montou uma nova companhia, agora tendo Silveira Lima como financiador. Estreou em São Paulo, em temporada no Teatro Alumínio, com três revistas: "Rainha da Alegria"; "Tudo de Fora" e "Pernas Provocantes". Com essa última apresentou-se no Rio de Janeiro, no Teatro Glória (na Cinelândia). Dessa vez, Joana D’Arc e a companhia fizeram sucesso. 

Com tudo acertado para estrear no Teatro Colón, em Buenos Aires, Joana D’Arc abandonou a carreira de vedete e empresária. Mudou-se para os Estados Unidos. Foi viver com William Bird, um milionário apaixonado. O romance não durou muito tempo e, da América, Joana partiu para uma temporada, como vedete, na Europa. Em Portugal, atuou no Teatro Coliseu, promovida pela amiga Pepa Ruiz II. Fez também apresentações na Espanha e na França, em cassinos, boates e cabarés.

Voltou ao Brasil somente em 1957. A partir daí sua carreira já não tinha o mesmo impacto. Apesar de vencer, pela segunda vez, o concurso de Rainha das Atrizes, atuou, somente, em cinco revistas entre 1958 e 1960. Seu último espetáculo foi "Entre Pernas e Plumas", no Teatro Recreio (1960). Completou 16 anos de carreira e se despediu dos palcos com a seguinte frase: "A gente tem de sair de cena, enquanto a casa ainda tem público". 

Em 1966, foi convidada pelo revistógrafo Meira Guimarães para uma reentré artística, no show Frenesí, no Golden Room do Copacabana Palace. Recusou. Preferiu ficar imortalizada na memória de seus fãs, em bons espetáculos, na fase áurea da revista. O seu negócio era o teatro, o palco. Era uma vedete em toda a sua essência.
 
Joana D’Arc teve dois filhos, Maria Margarida e David Barata – que atualmente mantém um blog sobre a mãe vedete. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de novembro de 2003, aos 78 anos de idade, vítima de um infarto. 

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano
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