quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ochelsis Laureano

Ochelcis Aguiar Laureano (foto) foi violeiro, compositor e cantor. Nasceu em 01 de maio de 1909 em Rio Acima, pertencente ainda a Sorocaba, onde hoje é a cidade de Votorantim-SP. Faleceu em 16 de janeiro de 1996.

Foi um dos mais destacados compositores da música caipira de raiz do início do Século XX, tendo feito parte das Caravanas de Cornélio Pires no início dos anos 30, e tendo sido artista na Era do Rádio brasileiro, do final dos Anos 20 até os Anos 50, tendo aí brilhado como compositor, como violeiro, e como intérprete musical, constituindo parcerias famosas nos programas sertanejos das rádios de São Paulo e do Rio de Janeiro:

Formou as duplas “Irmãos Laureano” (com seu irmão João Aguiar Laureano, o Joãozinho), “Laureano e Soares” (com seu cunhado Álvaro Soares, o Soarinho), “Laureano e Mariano” (com Mariano da Silva, pai do músico Caçulinha), “Laureano e Cap. Furtado” (com Ariovaldo Pires, famoso compositor, sobrinho de Cornélio Pires), e os trios “Laureano, Mariano e Serrinha” (com Antenor Serra, autor do sucesso “Chitãozinho e chororó”, com Athos de Campos), “Laureano, Cap. Furtado e Nhá Zefa” (foto: Laureano também fez parte do "Quarteto da Saudade" juntamente com Serrinha, Mariano e Arnaldo Meirelles).

Sobre a vida de compositor, destaca-se sua criatividade múltipla que, para além da música caipira e da poesia, levou-o, também, a compor músicas sacras, fazer regência de coral e lecionar música, lembrando que Ochelsis fez estudos musicais e de regência coral na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, com Heitor Villa-Lobos. Destaque para o poema “Capim Teimoso”, “Lenço Preto” e “O barranco”, para suas músicas caipiras “Marvada pinga (Moda da pinga)” ( o maior sucesso de Inezita Barroso), “Roseira branca”, “O balão subiu”, “A caçada”, “É mió num casá” e “Meu sertão.

A famosa viola do compositor, com seu nome gravado, e o disco original da primeira gravação de seu maior sucesso musical a “Marvada Pinga”, de 1939, com a dupla Laureano e Mariano encontra-se em poder de sua filha Gláucia Laureano Gomes.

Algumas composições de Laureano

· A Bandeira Do Caboclo (Laureano - Ariowaldo Pires)
· ABC Do Prisineiro (Laureano)
· A Caçada (Laureano)
· A Madrugada (Laureano)
· A Morte Do Manuelzinho (Laureano)
· A Mulher E O Relógio (Laureano)
· Agricultura Hoje Tem Seu Lugar (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Amanhecer No Sertão (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Cana-Verde Em Desafio (Laureano - Ariowaldo Pires - Nhá Zefa)
· Cantando No Rádio (Laureano)
· Casamento (Laureano - Soares)
· Casamento Internacional (Laureano)
· Casamento Perdido (Laureano)
· Casando À Bessa (Laureano)
· Chuva de Pedra (Laureano)
· Como Nasceu o Cururu (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Crise (Laureano)
· Deixei De Ser Carreiro (Mariano - Laureano)
· Desafio (Laureano - Soares)
· Desafio Disparatado (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Destinos Iguais (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Em Redor Do Mundo (Irmãos Laureano - Ariowaldo Pires)
· Ensinando A Muié (Laureano)
· Fim De Um Valentão (Laureano)
· Meu Casamento (Laureano)
· Meu Jardim (Laureano)
· Minha Profissão (Laureano)
· Minhas Aventuras (Laureano)
· Moda Da Pinga (Ochelsis Laureano - Raul Torres)
· Moda Das Meias (Irmãos Laureano - Ariowaldo Pires)
· Moda Do Ceguinho (Laureano)
· Moda Do Pito (Laureano)
· Moda Dos Tecelões (Laureano)
· Muié Sapeca (Laureano)
· No Mundo Da Lua (Laureano)
· O Balão Subiu (Laureano)
· O Cavalo E O Boi (Laureano)
· O Cravo (Laureano)
· O Crime Do Restaurante Chinês (Laureano)
· O Diabo E O Mundo (Laureano)
· O Jogo Do Truco (Laureano)
· O Que Eu Vejo (Laureano)
· O Sonho Do Matuto (Laureano - Ariowaldo Pires)
· Patrões E Operários (Laureano)
· Repicando A Viola (Laureano)
· Revolta De São Paulo (Laureano)
· Roseira Branca (Laureano)
· Saudades de Sorocaba (Laureano)
· Situação Dos Homens (Laureano)
· Uma Carta Atrapalhada (Laureano)
· Um Retrato (Laureano)
· Valentia de Voluntário (Laureano)

Fonte: biografia e fotos gentilmente enviadas por Nicc Nilson
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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Perequê

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Praia de Perequê - Porto Belo (SC) - 02 de Abril de 2010

Perequê é a maior praia do município de Porto Belo-SC. O nome vem do Tupi-Guarani Pira-Iquê que significa local de entrada de peixes para comer e desovar. De mar aberto e grande faixa de areia é arborizada própria para banho esportes de areia e náuticos.

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Perequê - Porto Belo SC, um álbum no Flickr.

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A bela Porto Belo

Porto Belo - SC

Conhecido como um dos principais pontos de parada de transatlântico do Brasil, Porto Belo situa-se na região norte do litoral catarinense, distante da capital catarinense, Florianópolis, apenas 65 quilômetros.

O encanto da cidade deve-se principalmente à sua natureza preservada, às praias limpas e às charmosas construções, que nos remetem a época em a cidade foi colonizada por açorianos.

A fantástica vegetação da Serra do Mar, aliada a Ilha de Porto Belo e diversas praias com características próprias, fazem de Porto Belo um dos pontos mais atrativos do litoral catarinense.

A forte cultura açoriana torna a cidade ainda mais elegante, refletindo seus traços na arquitetura, artesanato e religiosidade. Outro destaque no município são as danças açorianas como o Boi-de-Mamão e Pau de Fitas.

A cidade conta com uma boa infra-estrutura turística e de serviços, como pousadas de frente para o mar, hotéis, casas de veraneio e campings.

Porto Belo - SC

Há também excelentes restaurantes com gastronomia baseada em peixes e frutos do mar, casas noturnas de grande renome e consideradas as mais badaladas do estado de Santa Catarina, bem como cento comercial bastante diversificado e muitas outras atrações.

É importante ressaltar, que a baía de Porto Belo torna-se ainda mais especial nos meses de verão, período esse que a cidade conta com a presença, quase que diária, de navios de cruzeiros, que por seu tamanho e imponência tornam-se um atrativo inesquecível para nossos visitantes.

Porto Belo - SC

A história

Provavelmente os primeiros a ocuparem a área foram pequenos grupos de coletores e caçadores provenientes do Vale do Rio Uruguai, que penetraram no território catarinense em torno de 3000 AC. Em torno de 1000 AC formaram-se os primeiros núcleos tribais, denominados Jê, sendo que no litoral estavam os í­ndios da nação Tupi-Guarani, denominados Carijós.

Em 1504 o navegante francês Binot Paulmier de Gonneville fez a primeira descrição do í­ndio catarinense; A partir da fixação dos primeiros brancos no litoral, os grupos indí­genas foram desaparecendo em decorrência de doenças trazidas pelos brancos, e pelas bandeiras paulistas. Em 1595 a Ordem Régia proibiu o cativeiro dos í­ndios, mas as bandeiras em Santa Catarina continuaram até 1641, diminuindo gradativamente a população indí­gena.

Porto Belo - SC

Da presença indí­gena em Porto Belo restam os topônimos de origem Tupi-Guarani, as peças arqueológicas, as inscrições rupestres e as estações líticas.

Primeiros visitantes

A região da Enseada das Garoupas (antiga denominação da região) foi muitas vezes visitada pelos portugueses, na tentativa de ocupar e colonizar suas terras, depois de descoberto o Brasil. Esta terra porém, não era rica em jazidas de ouro, grande interesse da coroa portuguesa na época. Os relatos dos navegadores eram sempre os mesmos: pobres em mina de ouro, as serras são muito próxima do mar, sendo suas terras alagadiças e impróprias para a agricultura.

Porto Belo - SC

Mas não deixam nunca de descrever a existência de uma enseada de águas tranqüilas e navegáveis, aninhando em suas águas urna pequena ilha, onde os navios poderiam abrigar-se de tempestades e ventos em total segurança.

Em 1703 aconteceu a primeira tentativa isolada de ocupação dessa terra. O português Domingos de Oliveira Rosa fixou-se na Enseada, a procura de ouro, mas desistiu logo em seguida, pois as jazidas eram pobres e não lhe deram o retorno necessário sequer para o seu sustento. Foi em 1753 que o governo português fundou um povoado nessas terras, enviando 60 casais vindos das ilhas dos Açores para iniciarem sua colonização. O crescimento desse povoado foi lento e difí­cil dados as dificuldades com o clima, ataque dos espanhóis e por ter sido entregue à própria sorte, longe do centro administrativo da capitania de Santa Catarina.

Colônia - Vila - Município

Em 1818, o povoado da enseada das Garoupas foi elevado à condição de Colônia com o nome de Nova Ericeira, pois 101 pessoas entre homens e mulheres foram trazidas de uma colônia de pescadores de Ericeira - Portugal, para darem iní­cio à atividade pesqueira na região. Pouco a pouco a povoação foi progredindo de forma que foi elevada a Freguesia em 1824.

Porto Belo - SC

A grande concentração de moradores na região das Garoupas, a existência de duas escolas, um cirurgião, um posto militar e de igreja fez do local um importante centro entre São Francisco e Desterro, principalmente por possuir um dos melhores portos da região, fator de grande importância pois grande parte do deslocamento era feita pelo mar.

O nome Nova Ericeira não chegou a se consolidar facilmente, continuando o local a chamar-se Enseada das Garoupas até 13 de outubro de 1832, quando passou a denominar-se Vila de Porto Belo, nome que surgiu devido à beleza e a tranqüilidade dessas águas. Em 13 de dezembro do mesmo ano foi criado o municí­pio de Porto Belo, desmembrado de São Francisco.

Fontes: Cidade de Porto Belo; Litoral de SC
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