sexta-feira, 11 de maio de 2007

O Mundo Corporativo

Todos os dias, a formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. Era produtiva e feliz.

O gerente marimbondo, estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata, e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata então contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.

Logo a formiga produtiva e feliz, começou a lamentar-se de toda aquela movimentação de papéis e reuniões que eram feitas.

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprou uma cadeira especial. A nova gestora cigarra também precisou de um computador e de uma assistente (a sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e estava cada dia mais chateada. A cigarra então convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.

Mas o marimbondo, ao rever as cifras, deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes, e assim contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : "Há muita gente nesta empresa".

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

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quinta-feira, 10 de maio de 2007

A vida não pára!


Na vida é impossível parar. Mesmo quando decidimos não avançar, a vida avança. E às vezes temos mesmo a impressão que ela corre. E nesse nosso viver, encontramos diariamente caminhos na nossa frente. Em cada situação há sempre uma opção de estrada.

Escolhemos então a mais longa, mais curta, mais fácil, mais difícil... somos guiados por vontades, necessidades, coração, emoções... e na verdade nem sempre sabemos onde nos conduzirá nossa escolha. As vezes o medo, a dúvida nos fazem refletir... caminhos confusos aparecem na nossa frente... e a pergunta que não quer calar: Sigo, ou não sigo? Muitas vezes optar por seguir um determinado caminho pode implicar em deixar pra trás pessoas, coisas, fatos e histórias muito importantes da nossa vida. E isso dói. Mas se achamos que, lá na frente vamos encontrar algo bom pra nós, é preciso a cada dia, cada passo, seguir e assumir. Ninguém, ninguém mesmo, pode ser responsável pelas nossas escolhas. E mesmo quando pedimos a opinião de alguém, a escolha final será sempre nossa.

Muitas vezes sofremos porque escolhemos caminhos errados. E sabemos que não há volta, mas sempre teremos a opção de recomeçar, dirigir nossos passos para direções diferentes. E então uma nova escolha se dá. Com todos os riscos possíveis.

Amar alguém não é uma escolha. Pelo menos não voluntária. Não temos esse controle, não podemos negar sentir amor. Mas podemos perceber o quanto isso nos afeta de todas as formas e decidir seguir com esse amor. Ou deixa-lo partir, acreditando que no decorrer da caminhada, outras pessoas virão pra conquistar e fazer a diferença neste trajeto. Isso também é uma escolha. O importante é não parar. Pois é assim que segue nossa vida...

Cabe a cada um a responsabilidade da escolha diária.
E se houver alguma hora que as lágrimas encham seus olhos e você não puder olhar para além das sombras, não se desespere, não se assuste.Não Não perca a esperança. Fique a postos para levantar e andar por cima da dor e do medo, fique a postos para sorrir em meio às lágrimas e a saudade.
Não perca a fé.

E tudo o que posso dizer com certeza de que não é possível errar na escolha, quando optamos por confiar nas mãos do Criador. Que a sabedoria esteja no nosso coração para que as nossas escolhas estejam o mais perto possível daquilo que chamamos felicidade".

(Desconheço o autor)

A todos um ótimo final de semana!
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terça-feira, 1 de maio de 2007

Educando as Crianças para a Autonomia: Dez Regras

1. Não tenha um filho para o qual você não possa garantir Acolhida e Proteção durante dezoito anos. Uma vez que você tenha a criança, empenhe-se em reduzir o número de anos em que ela necessita de você, permitindo que ela adquira autonomia logo que puder.

2. A principal finalidade de se educar uma criança para a autonomia e proporcionar a ela liberdade de exercer totalmente as faculdades de intimidade, consciência e espontaneidade. Não existe nenhuma outra meta acima da autonomia (nem disciplina, nem boas maneiras, nem autocontrole, etc.), embora possam ser almejadas pelos pais, mas nunca em contradição com o objetivo principal: autonomia.

3. A Intimidade é vencida pela Economia de Afagos. Não impeça as crianças de manifestarem de forma total e honesta o seu amor, ou a falta dele. Incentive-as a pedir, dar, aceitar e rejeitar afagos, bem como se gabar.

4. A Consciência é vencida pelas Desconsiderações. Não Desconsidere a racionalidade, os sentimentos e a intuição de seus filhos. Ensina-os a Considerar, e responda às exigências deles quando se dirigirem a você.

5. Jamais minta aos seus filhos, seja deliberadamente ou por Omissão. Se você decidir ocultar deles a verdade, diga a eles que está fazendo isso, e conte por que, sem mentir.

6. A espontaneidade é vencida por regras arbitrárias aplicadas ao uso do corpo. Não controle o mover-se, olhar, escutar, tocar, cheirar e sentir gosto das crianças, exceto quando isto interferir de maneira clara com seu próprio bem-estar; ou quando algo as colocar em real perigo. E faça-o apenas cooperativamente. Lembre-se que a sabedoria que o corpo do seu filho tem sobre si mesmo quase sempre ultrapassa a sua. Não leve demais a sério os conselhos de “experts” (educadores, médicos); eles se enganaram antes e se enganarão de novo. Nunca invada, ataque ou viole a santidade do corpo da criança. Se você o fizer, peça desculpas imediatamente; mas não cometa o erro de Salvar por causa de sentimentos de culpa. Assuma responsabilidade por suas ações e não repita aquelas que você desaprova.

7. Não Salve e nem Persiga seu filho. Não faça aquilo que você não gostaria de fazer pelas crianças. Se Você fizer, não cometa o erro de Persegui-las mais tarde. Dê à criança uma oportunidade de tentar sozinha antes de ir “ajudá-la”.

8. Não ensine as crianças a competir. Elas aprenderão o suficiente assistindo televisão e lendo jornais. Ensine-as, por exemplo, a cooperar.

9. Não permita que seus filhos o oprimam. Você tem direito a tempo, espaço e uma vida amorosa separada deles. Exija que suas necessidades sejam levadas em consideração; eles o farão por que o amam.

10. Confie na natureza humana e creia em seus filhos. Eles recompensarão esta confiança, crescendo e amando você.

Fonte: Os Papéis que Vivemos na Vida - Claude Steiner - Editora Artenova -RJ - 1974
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