terça-feira, 7 de março de 2006

Escrivã da delegacia da mulher

O único requisito era teclar rápido e ser mulher. Ninguém disse nada sobre discrição, mas eu era. A vítima podia narrar o que fosse, eu não me abalava. Ia teclando.

A história sempre começava bem:

- Ele tentou me matar.

Daí, caía no choro. Eu digitava: "choro" e cruzava os braços. Quando a vítima voltava a falar, eu voltava. Vinham os detalhes. A história padrão era homem bêbado que chega em casa nervoso e bate sem motivo. "Mais choro".

Até aí era sempre igual. Eu cruzava os braços, abria uma revista e esperava. Então vinha o motivo. Variavam entre: "ele acha que sou vagabunda", "ele acha que escondo dinheiro dele", "ele acha que vou fugir com as crianças".

A delegada pressionava mais um pouco e então sim, eu vibrava a cada toque. "Esperei ele dormir na rede, peguei linha e agulha e costurei ele lá dentro. Daí peguei a faca de cozinha e fui embalando o Zé. Conforme a rede vinha eu mexia a faca um pouquinho pra cá ou pra lá."

Quarenta e nove facadas. Deixava o expediente deprimida. Como escritora, jamais seria capaz de imaginar algo assim.

Fonte: 73 Subempregos
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Pop-up Webstats no Blogger

O Blog do Papa-Siri acaba de ganhar uma janelinha pop-up. Descobri que essa janela irritante é originária do contador de acessos "webstats4u basic" que instalei aqui. Depois de alguma pesquisa encontrei o blog Dentist que esclareceu tudo. Não vou alterar o código javascript do contador de acessos do webstats. Vou apagá-lo completamente. Como diz abaixo a mensagem do Dentist: good bye para Webstats4u basic.

Webstat (Netstat) Basic Tracker, http://ilead.itrack.it. I have just recently discovered an occasional pop-up associated with my blogpages, after googling the pop-up URL, ilead.itrack.it, and reading several forums, it turned out to be my long-used website counter. Since I have used their service for quite a long time and I have been so far satisfied, I will not remove the Javascript code from my template now, but if gets more frequent and annoying I will have to say goodbye to Webstats4u basic.
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Sócrates e a fofoca

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro (1) que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?

Arremata Sócrates:

- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão irão nos beneficiar. Caso contrário esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Fonte: Textos legais

(1) : Sócrates não poderia estar lendo um livro. Não existiam livros na Grécia Antiga. Os chineses é que inventaram isso! ... na Internet tem cada bobagem!

A história ou “estória” parece iguais a aquelas mensagens que todo mundo que tem e-mail recebe pela rede. Se esta conversa aconteceu ou não, não importa. Mas o fato é que a “fofoca” realmente pode destruir relacionamentos, acabar com uma vida... É uma m...! Perdão, caros leitores... Mas é isso mesmo.

Um pouquinho do nosso filósofo: Sócrates viveu em Atenas, 400 anos a.C. mais ou menos e num momento da sua vida terá começado a interessar-se sobre o conhecimento de si e do homem em geral. Á sua volta começam a formar-se um grupo de discípulos e amigos, entre os quais se destacam Platão, Alcibíades, Xenofonte, Antístenes, Critias, Aristipo, Euclides de Megara e Fédon. Depois de uma vida inteira dedicada a interrogar os seus concidadãos, em obediência a uma voz interior (daimon) é acusado de corromper os jovens contra a religião e as leis da cidade. Condenado por um tribunal popular a beber cicuta morre numa prisão, rodeado de amigos e discípulos.
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