sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Maringá, Maringá

É comum no mundo inteiro cidades emprestarem seus nomes a canções. Difícil é uma canção inspirar o nome de uma cidade, como foi o caso de "Maringá". O fato ocorreu em 1947, quando Elizabeth Thomas, esposa do presidente da Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná, sugeriu que a composição desse nome a uma cidade recém-construída pela empresa, e que em breve se tornaria uma das mais prósperas do estado.

O curioso é que a canção jamais teria existido se seu autor Joubert de Carvalho (foto ao lado) não fosse, quinze anos antes, um freqüentador assíduo do gabinete do então ministro da viação, José Américo de Almeida.

Joubert, formado em medicina, pleiteava uma nomeação para o serviço público. Numa dessas visitas, aconselhado pelo oficial de gabinete Rui Carneiro, o compositor resolveu agradar o ministro, que era paraibano, escrevendo uma canção sobre o flagelo da seca que na ocasião assolava o Nordeste.

Surgia assim a toada "Maringá", uma obra-prima que conta a tragédia de uma bela cabocla, obrigada a deixar sua terra numa leva de retirantes. Em tempo: alguns meses após o lançamento vitorioso de "Maringá", Joubert de Carvalho foi nomeado para o cargo de médico do Instituto dos Marítimos, onde fez carreira chegando a diretor do hospital da classe.

Maringá
Joubert de Carvalho

Foi numa leva que a cabocla Maringá / Ficou sendo a retirante que mais dava o que falar / E junto dela veio alguém que suplicou / Pra que nunca se esquecesse de um caboclo que ficou

Maringá, Maringá / Depois que tu partiste tudo aqui ficou tão triste / Que eu “garrei” a imaginar / Maringá, Maringá / Para haver felicidade é preciso que a saudade / Vá bater noutro lugar / Maringá, Maringá / Volta aqui pro meu sertão pra de novo o coração / De um caboclo a sossegar

Antigamente uma alegria sem igual / Dominava aquela gente na cidade de Pombal / Mas veio a seca, tudo a chuva foi-se embora / Só restando então as águas / Dos meus “óio” quando chora / Maringá, Maringá

Fonte: http://www.cifrantiga.hpg.com.br

Recebi hoje, dia 3 de fevereiro, um e-mail comentando o artigo acima que coloquei faz alguns anos no site de músicas antigas da MPB “cifrantiga” e que reproduzo abaixo:

“O seu artigo sobre a ligação entre a música e a cidade de Maringá-PR., está muito próximo do correto. Realmente, José Américo (Ministro da Viação e Obras), tinha como chefe de gabinete o senhor Ruy Carneiro , que mais tarde viria a governador e senador do seu Estado (a Paraíba).

Joubert de Carvalho gostava da boemia e naquele ambiente veio a conhecer e se tornar amigo do senhor Alcides Carneiro(irmão de Ruy Carneiro e também funcionário do Ministério da Viação e Obras), que solteiro e apaixonado por uma namorada chamada Maria, residente na cidade do Ingá(60 km de João Pessoa - PB), compôs a música “Maringá”, narrando o flagelo da seca no nordeste, principalmente na cidade de Pombal, localizada na alto sertão paraibano.

Gostaria de cumprimentá-lo pela narrativa, eis que mesmo na cidade de Maringá, poucas pessoas conhecem a origem do nome da cidade."

Silvano Almeida - Londrina-PR (um grande abraço pra ti Silvano!)
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Triciclo do Capitão Gancho


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Dia de Yemanjá

Hoje é dia de Yemanjá. A Umbanda gira em torno basicamente de sete orixás - regidos pelo pai de todos os orixás Oxalá - quatro masculinos e três femininos, entre eles Yemanjá. Yemanjá é o orixá que rege o elemento mar e por isso é amplamente celebrada pelos pescadores que pedem a sua proteção. Nas semelhanças com a igreja católica, ou sincretismo religioso, Yemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes. Também chamada de Rainha do Mar, para os praticantes da Umbanda ela acumula, ainda, virtudes como a fertilidade e a fartura. Dos rituais da Umbanda, o de Yemanjá é o único realizado fora de um terreiro, por ser necessário o mar.
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