quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Barbara Bates

Barbara Bates, atriz de cinema, teatro e TV, nasceu em Denver, Colorado, Estados Unidos, em 6/8/1925, e faleceu na mesma cidade em 18/3/1969. Era a mais velha das três filhas de uma funcionária do correio. Enquanto crescia em cidade natal, estudava balé e trabalhava como modelo adolescente em vários desfiles.

A tímida jovem foi persuadida a entrar em um concurso de beleza, no qual foi vitoriosa, recebendo passagens de ida e volta de trem para Hollywood. Dois dias antes de regressar para Denver, foi convidada por Cecil Coan, um agente publicitário da United Artists, para atuar na Sétima Arte, iniciando, assim, a carreira de atriz aos 19 anos de idade.

Em setembro de 1944, Bates firmou contrato com a Universal Pictures depois que Cecil Coan a apresentou ao produtor Walter Wanger. Pouco depois, foi eleita como uma das "Sete meninas Salomé" no drama de 1945 "Salome Where She Danced", protagonizada por Yvonne De Carlo.

Em princípios de 1945, começou a namorar Cecil Coan, seu agente, que se encontrava nesse momento casado e com quatro filhos. Em março desse ano, Coan se divorciou e se casou secretamente com Bates, alguns dias depois.

Nos anos seguintes passou a atuar em pequenos papéis e posando para fotos de revistas como "Yank", "the Army Weekly" e "Life". Foi em uma dessas sessões fotográficas, que chamaram a atenção dos executivos da Warner Bros que a contrataram en 1947. Apareceu com algumas das mais grandes estrelas naquela época como Bette Davis em "June Bride" e Danny Kaye em "The Inspector General".

Em 1949, seu contrato com a Warner Bros terminou quando ela se negou a ir para Nova York para promover o filme "The Inspector General" . Apesar de haver sido despedida pela Warner, foi contratada pela 20th Century-Fox nesse mesmo ano.

Depois de sua atuação em "All About Eve", co-protagonizou em "Cheaper by the Dozen" e "Belles em estado de alerta", com Jeanne Crain e Myrna Loy. Em 1951, obteve um papel junto a MacDonald Carey e Claudette Colbert na comédia "Let's Make It Legal".

Apesar de uma carreira aparentemente de sucesso, sua vida, tanto dentro como fora da tela, começou a declinar com o passar do tempo. Tinha crises de mudança de humor extremos, insegurança, saúde debilitada e uma depressão crônica.

Em 1954, obteve o papel de "Cathy" na NBC, em "It's a Great Life", co-protagonizada por Frances Bavier como sua mãe, Amy Morgan e James Dunn como seu tio "Earl Morgan". Depois de sete episódios, a série foi cancelada devido ao seu comportamento instável e sua depressão.

Bates, então tratou de salvar sua carreira e viajou para a Inglaterra para buscar trabalho. Continuou emocionalmente instável para trabalhar e em 1957, seu contrato com a Organizacão Rank foi cancelado. Sua última aparição na tela foi na série "The Saint" que saiu do ar em novembro de 1962.

Em 1960, junto com seu marido se mudaram de novo para os Estados Unidos, conseguindo um apartamento em Beverly Hills. Mais tarde, nesse mesmo ano, foi lhe diagnosticado câncer. Bates permaneceu dedicada ao seu marido e raras vezes saia de sua cama, mas o esforço era demais para ela. Tentou se suicidar cortanto os pulsos e foi encaminhada com urgência ao Cedars-Sinai Hospital, onde se recuperou.

Em janeiro de 1967, o marido de Bates, Coan Cecil, morreu de câncer. Devastada por seu falecimento, caiu ainda mais na depressão. Nesse ano ainda, mais tarde, voltou para sua cidade natal, Denver, retirando-se definitivamente do cinema.

Durante um tempo, trabalhou como secretária e ajudante em um hospital. Em dezembro de 1968 se casou pela segunda vez com um amigo de infância, o esportista William Reed. Apesar de seu novo matrimônio, Barbara estava cada vez mais abatida e deprimida.

Em 18 de março de 1969, poucos meses depois deste casamento, Barbara Bates se suicidou na garagem de sua mãe, se envenenando com monóxido de carbono. Tinha 43 anos de idade.


Filmografia

1945: Strange Holiday.............. Peggy Lee Stevenson
1945: Salome Where She Danced .......... Salmone versión niña
1945: Lady On a Train
1945: This Love of Ours ......... Sra. Dailey
1945: The Crimson Canary ............ Chica
1946: A Night in Paradise ........... Palace Maiden
1947: The Fabulous Joe ........... Debbie Terkel
1947: The Hal Roach Comedy Carnival ........... Debbie Terkle
1947: Always Together ........... Ticket Seller
1948: April Showers ........... Secretaria
1948: Romance On the High Seas .......... Azafata
1948: Johnny Belinda ........... Gracie Anderson
1948: June Bride ........... Jeanne Brinker
1948: El burlador de Castilla (Adventures of Don Juan)
1949: One Last Fling ............ June Payton
1949: The House Across the Street ........... Beth Roberts
1949: The Inspector General .......... Leza
1950: Quicksand ............ Helen Calder
1950: Cheaper by the Dozen ............ Ernestine Gilbreth
1950: All About Eve .............. Phoebe
1951: I'd Climb the Highest Mountain ........ Jenny Brock
1951: The Secret of Convict Lake ........ Barbara Purcell
1951: Let's Make It Legal ............ Barbara Denham
1952: Belles on Their Toes ......... Ernestine Gilbreth
1952: The Outcasts of Poker Flat ......... Piney Wilson
1953: All Ashore ........... Jane Stanton
1953: The Caddy ............ Lisa Anthony
1954: Rhapsody ............ Effie Cahill
1956: House of Secrets ............ Judy Anderson
1957: Town on Trial .......... Elizabeth Fenner
1958: Apache Territory ........ Jennifer Fair

Televisão

1953: The Revlon Mirror Theater, no episódio "Summer Dance"
1954 /1955: It's a Great Life ......... Cathy "Katy" Morgan
1955: The Millionaire... Marian no epis. "The Uncle Robby Story"
1955: Studio 57 ........Elaine Hilton no episódio: "Tune Night"
1962: The Saint....Helen Ravenna no epis. "The Tourist Loaded"

Fonte: Traduzido da Wikipedia.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Anne Bancroft

Anne Bancroft (Anna Maria Louisa Italiano) nasceu no Bronx, Nova Iorque, em 17/9/1931, e faleceu na mesma cidade em 6/6/2005. Foi uma premiada atriz, um ícone de beleza e sensualidade, vencedora do Oscar de Melhor Atriz pela sua atuação no filme "The Miracle Worker", sua estrela na calçada da fama está localizada 6368 Hollywood Boulevard.

Logo na sua infância recebeu as primeiras lições de interpretação e dança. Em 1950, estreia na televisão como Anne Marno. Em 1952, assinou contrato com os estúdios de cinema da Fox e foi obrigada a deixar o seu nome demasiado "étnico" e entre os vários propostos pelo estúdio, escolheu "Bancroft", porque "lhe pareceu digno". Iniciou a sua carreira com filmes que falharam em demonstrar as suas qualidades interpretativas. O primeiro foi "Os Meus Lábios Queimam", de Roy Ward Baker.

Em 1958, cansada de westerns de série B e filmes ainda menos memoráveis, regressa a Nova Iorque, começa a estudar no Actors Studio ao mesmo tempo que se vira para o teatro na Broadway, sendo galardoada com um Tony (o prémio máximo da Broadway) na peça "Two for the Seesaw", com Henry Fonda, dirigida por Arthur Penn. Em 1960, recebeu o segundo pelo seu papel da professora Annie Sullivan, em "The Miracle Worker", que ensinou Helen Keller, que nasceu surda e cega, e onde também era dirigida por Penn.

Perdendo o papel na adaptação cinematográfica de "Two for the Seesaw" para Shirley MacLaine, Arthur Penn resistiu às pressões dos estúdios para contratar uma atriz mais glamorosa para a adaptação de "The Miracle Worker". Em consequência, o orçamento foi muito mais pequeno. Com "O Milagre" de Ann Sullivan, Bancroft recebeu o Oscar de Melhor Atriz e Patty Duke, também repetindo a interpretação na peça como Keller, o de Atriz Secundária.


Costuma se dizer que Anne Bancroft teve duas carreiras, uma nos anos 50, e outra nas décadas seguintes. Os anos 60 são de trabalhos para a imortalidade, de "Discussão no Quarto" (1964, 2.ª nomeação aos Óscares, prémio no Festival de Cannes), de Jack Clayton, "Chamada Para a Vida" (1965), de Sydney Pollack, "Sete Mulheres" (1965), de John Ford. A popularidade de Bancroft atingiu o auge com esse filme geracional chamado "The graduate" (1967, 3.ª nomeação), de Mike Nichols, em que Bancroft interpretou a mãe da namorada de Benjamin Braddock (Dustin Hoffman), simplesmente conhecida como Mrs. Robinson.

Embora a sua carreira tenha ficado definida por esse papel (mais do que aquele que lhe deu o Óscar) e nunca tenha sido tão popular como nesse momento, que a levou ao longo dos anos a proclamar o seu espanto por as pessoas nunca terem ultrapassado o seu impacto (o que não será difícil de explicar se pensarmos que, independentemente do filme, também está ligada à canção de Simon & Garfunkel), o estatuto como uma das atrizes mais respeitadas nos palcos, cinema e televisão manteve-se desde então.

Entre os filmes e trabalhos em televisão que merecem destaque contam-se "O Jovem Leão" (1972), de Richard Attenborough, "A Última Loucura de Mel Brooks" (1976), como ela própria, "Jesus de Nazaré" (1977), de Franco Zeffirelli (televisão), "A Grande Decisão" (1977, 4.ª nomeação), de Herbert Ross. Novamente inesquecível em "O Homem-Elefante" (1980), também ele um trabalho inesquecível de David Lynch, produzido por Mel Brooks, "Ser ou Não Ser" (1983), de Alan Johnson (ao lado do seu marido), "Garbo e Eu" (1984), de Sidney Lumet, "Agnes de Deus" (1985, 5.ª nomeação), num confronto memorável com Jane Fonda, "A Rua do Adeus", de David Hugh Jones.

Nos anos 90, para além de vários papéis em telefilmes, destacam-se presenças secundárias nos filmes "A Assassina" (1993), de John Badham, "Onde Reside o Amor" (1995), de Jocelyn Moorhouse, "Fim-de-Semana em Família" (1995), de Jodie Foster, "Espírito do Sol" (1996), "G.I. Jane" (1997), de Ridley Scott, "Grandes Esperanças" (1998), "Antz - A Formiga Z" (1998), de Eric Darnell e Tim Johnson. Em 2000, foi a mãe de Ben Stiller em "Sedutora Tentação". Ainda em 2000, "Paixão em Florença" antecede o seu último filme, onde teve um pequeno mas delicioso papel, "Matadoras" (2001).

Em 2002 regressou ao teatro após uma ausência de 21 anos, com a peça off-Broadway "Occupant", de Edward Albee. Em 2003, faz o seu último trabalho à frente das câmaras, no telefilme "The Roman Spring of Mrs. Stone", pelo qual foi nomeada para um Emmy.

Foi casada duas vezes; o primeiro casamento foi com Martin May, a união durou de 1 de julho de 1953 até 13 de fevereiro de 1957. Eles não tiveram filhos. Em 1961, Bancroft conheceu Mel Brooks em um ensaio para o show de variedades de Perry Como. Bancroft e Brooks se casaram em 5 de agosto de 1964, e ficaram juntos até sua morte. Eles tiveram um filho, Maximillian, nascido em 1972.


Anne Bancroft morreu, aos 73 anos, de câncer de útero em 6 de junho de 2005, no Mount Sinai Hospital, em Nova York. A sua morte surpreendeu a muitos, até mesmo alguns de seus amigos. Ela foi enterrada no Cemitério Kensico em Valhalla, Nova York, perto dos pais, Mildred e Michael Italiano.

Filmes

1952 Don't Bother to Knock
1953 Tonight We Sing  
1953 Treasure of the Golden Condor
1953 The Kid from Left Field  
1954 Gorilla at Large  
1954 Demetrius and the Gladiators
1955 Predefinição:The Raid
1955 New York Confidential  
1955 A Life in the Balance
1955 The Naked Street  
1955 The Last Frontier  
1956 Walk the Proud Land
1957 Nightfall  
1957 The Restless Breed
1957 The Girl in Black Stockings
1962 The Miracle Worker
1964 The Pumpkin Eater
1965 The Slender Thread  
1966 7 Women  
1967 The Graduate
1972 Young Winston
1974 Blazing Saddles
1975 The Prisoner of Second Avenue
1975 The Hindenburg
1976 Lipstick
1976 Silent Movie  
1977 The Turning Point
1977 Jesus of Nazareth
1980 Fatso
1980 The Elephant Man  
1983 To Be or Not to Be
1984 Garbo Talks
1985 Agnes of God
1986 Night, Mother
1986 84 Charing Cross Road
1988 Torch Song Trilogy  
1989 Bert Rigby, You're a Fool  
1992 Honeymoon in Vegas  
1992 Love Potion No. 9  
1993 Point of No Return
1993 Malice
1993 Mr. Jones
1995 How to Make an American Quilt
1995 Home for the Holidays  
1995 Dracula: Dead and Loving It  
1996 TheSunchaser  
1997 G.I. Jane  
1997 Critical Care  
1998 Great Expectations  
1998 Mark Twain's America in 3D
1998 Antz
2000 Keeping the Faith  
2000 Up at the Villa
2001 Heartbreakers
2001 In Search of Peace z

Fonte: Wikipedia.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

De como caçar o ratinho

Os jornais da oposição continuam implicando com o que chamam de "ciclo zoológico" do Palácio Guanabara, depois que lá se instalou o governo de Carlos Frederico Werneck De. Aqui estamos a ler um matutino que reprova a existência de alguns passarinhos nas gaiolas penduradas nas varandas do palácio, porque os ditos passarinhos fazem "fi-fiu" para as funcionárias que transitam pelo local. Não achamos que isto seja feio. O papai aqui não é passarinho nem nada, mas já fez muito "fi-fiu" para funcionárias. Em alguns casos — inclusive — houve adesão.

Mas as folhas da oposição não perdoam. O "Diário Carioca" informa que o "ciclo zoológico" aumentou com o aparecimento de um ratinho cujo — cada vez que corre pelo assoalho do Guanabara — obriga a um monte de funcionárias a subir nas cadeiras e levantarem a saia. — "Ratinho legal" — diria Primo Altamirando, nosso abominável parente.

Já Tia Zulmira, senhora de uma retidão de caráter impressionante, quando soube que há funcionária se dando ao feio vício do strip-tease amador, só por causa do ratinho, ficou indignada e telefonou para o Palácio Guanabara, chamando o administrador. Assim que este atendeu, ela perguntou se já descobriram o buraco do ratinho. O administrador entendeu mal. Tia Zulmira explicou que era o buraco onde o ratinho mora.

Diante da resposta afirmativa, a sábia senhora ensinou um meio infalível de apanhar o ratinho, para que termine de uma vez por todas esse negócio de funcionárias em cima dos móveis fazendo strip-tease de graça.

— Vocês comprem uma lata grande de caviar — explicou a sábia ermitã da Boca do Mato. — Mas comprem caviar do bom: Romanoff, de preferência. Todo dia de manhã um funcionário do palácio pega uma torradinha, bota um pouco de caviar em cima, e enfia no buraquinho onde o ratinho mora.

— Durante quanto tempo? — perguntou o administrador do Guanabara.

— Durante 29 dias — informou Tia Zuzu. — Todos os dias, à mesma hora, coloquem uma torradinha com caviar em cima, no buraco onde mora o ratinho. Quando chegar o trigésimo dia, o encarregado desse serviço deve apanhar um martelo e ficar ao lado do buraquinho. Depois enfia no buraquinho a torradinha sem o caviar. Quando o ratinho puser a cabeça pra fora e perguntar: "Mas que negócio é esse? Só a torradinha? Cadê o caviar?" o funcionário dá-lhe uma traulitada na cabeça e está consumada a "Operação Ratinho".

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Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.
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