segunda-feira, 1 de abril de 2013

Queremos ver sangue

Sim, companheiros, o direito da gente se divertir é sagrado e devia, inclusive, figurar na Constituição. É verdade que, mesmo com garantias constitucionais, a diversão de cada um não estaria assegurada. A Constituição prevê, mas nem sempre garante.

Veja-se por exemplo, o Título V, capítulo primeiro, artigo 145, parágrafo único da chamada Carta Magna. Foi Tia Zulmira que nos chamou a atenção para ele. E lá está: "O trabalho é obrigação social e a todos é assegurado o direito de um trabalho que possibilite existência digna." Leram bem?

Pois Tia Zulmira também leu e chegou à conclusão de que existem centenas de pessoas anticonstitucionais pela aí. Segundo a veneranda senhora, basta abrir a porta de uma boite às 4 da matina que a gente vê um montão de grã--fino badalando lá dentro; assim como basta olhar a praia num dia de sol que a gente percebe centenas de pessoas que, deitadas na areia de barriga pra cima, não pensam em levantar e ir até o palácio, reclamar do Executivo o direito de trabalhar que o tal artigo 145 da Constituição lhes garante.

A veneranda senhora estava um pouco revoltada com essa gente, mas explicamos a ela que são todos amigos do Governo e que ficam sem trabalhar para não prejudicar o Executivo e obrigá-lo a ser constitucional em tudo. Mas voltemos ao divertimento, que é coisa mais amena.

Dizíamos que, mais do que um direito, o divertimento é uma necessidade e é essa premência em esquecer os indefectíveis aborrecimentos de todos os dias que cria os mais estranhos processos de distração. Stanislaw é homem de muito saber, mas confessa que não sabe se o divertimento varia em relação à mentalidade do indivíduo.

Se assim é, dois velhinhos que conhecemos destroem todas as teses a esse respeito. Cidadãos pacatíssimos, desses que não se revoltam nem assistindo o programa de televisão do Jaci Campos, eles se divertem com... crimes.

Diariamente compram nas bancas quantos jornais sensacionalistas estejam à venda e vão para casa ler e comentar. É de vê-los, companheiros, sentadinhos nas poltronas da sala, a falar sobre crimes. Cada manchete é um prato novo: "Atirou-se para a morte a jovem infelicitada" — e o que leu exclama: "Bacana!" — Olha este aqui — mostra o outro, sem conter a excitação — e lê alto: — "Lavou com sangue a honra da amásia"... Ôba! E lá vão, de desgraça em desgraça, saboreando o noticiário: "Achado macabro na Barra da Tijuca"; "Ingeriu lisol em forte dose"; "Esfaqueou o vizinho por causa da cachorra"; "O tarado de Parada de Lucas outra vez em evidência"; "A meretriz anavalhou o marítimo"; "Furtou o cego e espancou o paralítico"; "A vedeta cortou outra vez os pulsos".

Tudo isso para eles é muito divertido. Sabem de todos os crimes e desgraças, torcem pela captura ou evasão deste ou daquele criminoso e têm idéias próprias sobre as ocorrências policiais, criticando entre si a ação das delegacias. E estão de tal forma acostumados à leitura da "Luta Democrática" que, noutro dia, quando a netinha de um deles perguntou o que vinha a ser formicida, o avô respondeu:

— Formicida é um preparado ótimo para matar domésticas.

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Fonte: Tia Zulmira e Eu  - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.
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sábado, 30 de março de 2013

AVC em jovens


Pesquisa aponta que pessoas mais jovens tem sido vítimas de AVC. Diabetes, colesterol alto e obesidade podem ser a causa.

Em uma pesquisa realizada pela Stroke Association, nos Estados Unidos, confirmou que pessoas cada vez mais jovens estão sendo vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nos anos 1993, 1999 e 2005 a pesquisa analisou 1,3 milhões de pessoas acima de 20 anos, sendo registrado um aumento de 19% em 2005, contra 13% em 1993. As razões do crescimento dos casos podem estar relacionadas com o aumento dos fatores de risco como diabetes, colesterol alto e obesidade.

O Reino Unido apresentou um resultado semelhante. Pesquisas realizadas com pessoas da mesma faixa de idade, nos mesmos períodos, revelaram que no ano de 1993, dos 100 mil participantes estudados, 109 tiveram AVC, registrando um aumento de 176 vítimas da doença em 2005. O estudo apontou também que a idade média dessas pessoas caiu de 71 anos em 1993 para 69 anos em 2005.

Pequenas mudanças no estilo de vida, com a adoção de uma dieta equilibrada e de atividade física regular, podem prevenir o AVC e evitar que a pessoa sofra suas consequências para o resto da vida.

Fonte: Bem Star
Texto: Yasmin Barcellos
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sexta-feira, 29 de março de 2013

Anne Baxter

Anne Baxter, atriz, nasceu na cidade de Michigan, Indiana, EUA, em 07/05/1923, e faleceu em Nova York, em 12/12/1985. Seus pais eram Kenneth Stuart Baxter e Catherine Wright; seu avô o famoso arquiteto Frank Lloyd Wright. Seu pai foi um proeminente executivo da Seagrams Distillery e ela se criou no meio da sofisticação e luxo de Nova York.

Quando tinha dez anos assistiu a uma peça na Broadway protagonizada por Helen Hayes e ficou tão impressionada que disse a sua família que queria se tornar uma atriz.

Aos treze anos de idade estreou na Broadway e durante essa época aprendeu a arte da atuação como estudante da afamada professora Maria Ouspenskaya.

Aos quinze anos foi submetida a um teste por Alfred Hitchcock e quase foi escolhida para trabalhar como a estrela de "Rebecca, a mulher inesquecível", mas quem levou o papel foi Joan Fontaine.

Seu primeiro papel de verdade no cinema foi em "Punhos de ferro", de 1940, dirigida por Richard Thorpe. Seis anos depois veio a consagração, fazendo uma garota alcóolatra em "O Fio da navalha", baseado no romance de Somerset Maugham, que lhe valeu o Oscar.

Sua segunda indicação ao Oscar foi como uma dissimulada atriz carreirista em "A Malvada", em 1950, mas perdeu o prêmio para Judy Holliday. Em toda a sua carreira de quase 40 filmes, foi justamente "A Malvada" o filme que mais marcou sua passagem por Hollywood.

Como tantas outras atrizes, trabalhava regularmente no teatro e, em 1971, fez a versão de "A Malvada" para os palcos, na Broadway, que levou o título de Applause.

Em "Cimarron" (1960)
A partir dos anos 60 começou a engordar com facilidade e a enfrentar enormes dificuldades para manter o peso adequado para uma atriz, mas era definida pelos diretores que trabalharam com ela com uma excelente atriz, muito discreta e sensível.

Casou-se três vezes: em 1946, com o ator John Hodiak; em 1960, com Randolph Galt, com quem foi morar em uma fazenda na Austrália e, em 1977, com o banqueiro David Klee, que a deixou viúva um ano depois do casamento.

Ela sofreu um desmaio em plena Madison Avenue, em Nova York, quando se dirigia ao cabeleireiro, sendo levada para o hospital mais próximo, mas não resistiu a uma hemorragia cerebral (aneurisma), falecendo em 12 de Dezembro de 1985. Está enterrada junto com seu avô em Spring Green (Wisconsin).

Atualmente, Anne Baxter é provavelmente melhor lembrada por seu papel como a rainha egípcia Nefertari, junto ao personagem de Moisés, interpretado por Charlton Heston, no premiado filme "Os Dez Mandamentos" (The Ten Commandments, 1956), de Cecil B. DeMille.


Filmografia

1984 - The Masks of Death (TV)
1980 - Jane Austen in Manhattan
1979 - Nero Wolfe (TV)
1978 - Little Mo (A pequena campeã) (TV)
1973 - Lisa, Bright and Dark (TV)
1973 - Columbo: Requiem for a Falling Star (TV)
1972 - Lapin 360
1972 - The Catcher (TV)
1971 - If Tomorrow Comes (TV)
1971 - The Late Liz
1971 - Fools' Parade (O olho da justiça)
1970 - Ritual of Evil (TV)
1970 - The Challengers (TV)
1969 - Marcus Welby, M.D. (TV)
1968 - Companions in Nightmare
1967 - Stranger on the Run (TV)
1967 - The Busy Body (O cadáver ambulante)
1966 - Las siete magníficas
1965 - The Family Jewels (família fuleira)
1962 - Walk on the Wild Side
1962 - Mix Me a Person
1960 - Cimarron (Cimarron)
1959 - Summer of the Seventeenth Doll
1958 - Chase a Crooked Shadow (Sombra maligna)
1957 - Three Violent People (Trindade violenta)
1956 - The Ten Commandments
1956 - The Come On
1955 - The Spoilers (Rastros da corrupção)
1955 - One Desire (Seu único desejo)
1955 - Bedevilled (Dela guardei um beijo)
1954 - Rummelplatz der Liebe
1954 - Carnival Story (O grande espetáculo)
1953 - The Blue Gardenia (A gardênia azul)
1953 - I Confess (Tortura do silêncio)
1952 - My Wife's Best Friend
1952 - O. Henry's Full House (Páginas da vida)
1952 - The Outcasts of Poker Flat (Párias do vício)
1951 - Follow the Sun (Amor invencível)
1950 - All About Eve (A malvada)
1950 - A Ticket to Tomahawk (O que pode um beijo)
1949 - You're My Everything (Três estrelas e um coração)
1949 - Yellow Sky (Céu amarelo)
1948 - The Luck of the Irish (O toque mágico)
1948 - The Walls of Jericho (As muralhas de Jericó)
1948 - Homecoming (O amor que me deste)
1947 - Mother Wore Tights (E os anos passaram) (voz)
1947 - Blaze of Noon (Quatro irmãos a queriam)
1946 - The Razor's Edge (O fio da navalha)
1946 - Angel on My Shoulder (Um anjo em minha vida)
1946 - Smoky
1945 - A Royal Scandal (Czarina)
1944 - Guest in the House (A hipócrita)
1944 - Sunday Dinner for a Soldier (Um sonho de domingo)
1944 - The Eve of St. Mark (A véspera de São Marcos)
1944 - The Sullivans (Eram cinco irmãos)
1943 - The North Star (A estrela do norte)
1943 - Five Graves to Cairo (Cinco covas no Egito)
1943 - Crash Dive (Um mergulho no inferno)
1942 - The Magnificent Ambersons (Soberba)
1942 - The Pied Piper (Os abandonados)
1941 - Swamp Water (O segredo do pântano)
1941 - Charley's Aunt (A tia de Carlitos)
1940 - The Great Profile (O eterno Don Juan)
1940 - 20 Mule Team (Punhos de ferro)

Fonte: Wikipédia.
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