Diz
a lenda que Abraão, depois de ter sido ensinado por um anjo, foi o
primeiro a preparar uma receita de iogurte para oferecer a sua mulher e
curá-la de um mal.
Segundos relatos da História da Alimentação, a coalhada era vendida
desde o século XII nas ruas de Constantinopla. A palavra iogurte, porém,
teria nascido nos Bálcãs.
A difusão e a popularidade deste laticínio ocorreu com a chegada dos
turcos, cujos hábitos alimentares são característicos de um povo nômade.
Apesar de poder ser tomado ao natural, o leite é um alimento perecível e
o iogurte, a ricota e os queijos foram formas que esse povo encontrou
de prolongar a durabilidade dos alimentos e ter garantido o seu consumo.
Sabe-se da arte e conhecimento milenar desse povo em manter alimentos
perecíveis, conservados em sal, especiarias, óleos e azeites e, ao mesmo
tempo, ter o hábito de receber, festejar e celebrar a alegria com
fartura e variedade de iguarias.
O iogurte é produzido a partir da ação de uma cultura mista e em igual
proporção dos microorganismos Streptococcus thermophilus e Lactobacillus
bulgaricus. Essas bactérias consomem a lactose, o açúcar do leite, para
obterem energia e em contrapartida eliminam o ácido lático que coalha o
leite. O leite coalhado preserva a gordura, os minerais e o conteúdo de
vitaminas do leite puro, mas apresenta bem menos lactose, sendo então
um alimento de mais fácil digestão que o leite.
Para garantir sua qualidade microbiológica, o iogurte deve estar isento
de microorganismos causadores da decomposição do produto e ser
conservado sob refrigeração, à temperatura máxima de 10ºC, não sendo
permitida a adição de substâncias conservantes.
Os microorganismos (bifidobactérias) presentes no iogurte ajudam a
equilibrar a microbiota intestinal e auxiliam na prevenção do
crescimento de microorganismos patogênicos e agentes causadores de
doenças, daí ser reconhecido como um alimento probiótico e
imunomodulador.
Os iogurtes são importantes fontes de proteínas, cálcio, zinco, vitamina A e vitaminas do Complexo B.
As proteínas são necessárias na construção, reparação e renovação dos
tecidos do corpo, incluindo pele, unhas e cabelos. Participam da
produção de anticorpos, hormônios e enzimas.
O cálcio é um mineral fundamental na formação e manutenção dos ossos,
dentes e unhas, além de participar das contrações musculares.
O zinco aumenta a ação de enzimas que combatem os radicais livres,
fortalece o sistema imunológico, retarda o envelhecimento e favorece o
crescimento e fortalecimento dos cabelos.
A vitamina A tem papel fundamental na saúde da visão e da pele. É uma
vitamina que restaura e constrói novos tecidos, auxilia no tratamento de
abcessos, furúnculos, acne e queda de cabelos.
As vitaminas do complexo B participam do metabolismo de proteínas,
lipídeos e carboidratos, têm papel importante na produção de energia,
oxigenação das células, produção de neurotransmissores e funções
neurológicas normais.
Fonte: Copacabana Runners.
Leia mais...