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segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
sábado, 28 de janeiro de 2006
Mecanismo geral da dependência
Hoje é dia do Portuário, portanto uma data muito especial para a minha querida cidade de Itajaí. Estou no site do Dr. Drauzio Varela e colo aqui a entrevista que estou lendo porque é um assunto que diz respeito a milhares de pessoas dependentes de drogas legalizadas ou não. Drauzio entrevista o Dr. Ronaldo Laranjeira, médico psiquiatra da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da UNIFESP:
Drauzio – Que mecanismo do corpo humano explica o processo de dependência da droga?
Drauzio – Que mecanismo do corpo humano explica o processo de dependência da droga?
Ronaldo – Acho importante destacar que existe, no cérebro, uma área responsável pelo prazer. O prazer, que sentimos ao comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área cerebral chamada sistema de recompensa. Esse sistema foi relevante para a sobrevivência da espécie. Quando os animais sentiam prazer na atividade sexual, a tendência era repeti-la. Estar abrigado do frio não só dava prazer, mas também protegia a espécie. Desse modo, evolutivamente, criamos essa área de recompensa e é nela que a ação química de diversas drogas interfere. Apesar de cada uma possuir mecanismo de ação e efeitos diferentes, a proposta final é a mesma, não importa se tenha vindo do cigarro, álcool, maconha, cocaína ou heroína. Por isso, só produzem dependência as drogas que de algum modo atuam nessa área. O LSD, por exemplo, embora tenha uma ação perturbadora no sistema nervoso central e altere a forma como a pessoa vê, ouve e sente, não dá prazer e, portanto, não cria dependência.Vários são os motivos que levam à dependência química, mas o final é sempre o mesmo. De alguma maneira, as drogas pervertem o sistema de recompensa. A pessoa passa a dar-lhes preferência quase absoluta, mesmo que isso atrapalhe todo o resto em sua vida. Para quem está de fora fica difícil entender por que o usuário de cocaína ou de crack, com a saúde deteriorada, não abandona a droga. Tal comportamento reflete uma disfunção do cérebro. A atenção do dependente se volta para o prazer imediato propiciado pelo uso da droga, fazendo com que percam significado todas as outras fontes de prazer.
Drauzio – Você diz que a evolução criou, no cérebro, um centro de recompensa ligado diretamente à sobrevivência da espécie. As abelhas, quando pousam numa flor e encontram néctar, liberam um mediador chamado octopamina, neurotransmissor presente nas sensações de prazer. Esses mecanismos são bastante arcaicos?
Ronaldo – O sistema de prazer é muito primitivo. É importante para as abelhas e para os seres humanos também. A droga produz efeito tão intenso porque age nesses mecanismos biológicos bastante primitivos.
Drauzio – Mecanismos tão arcaicos assim representam uma armadilha poderosa. Na verdade, provoca-se um estímulo forte que está mexendo com milhares de anos de evolução.
Ronaldo – Acho que estamos cada vez mais valorizando esse tipo de mecanismo. A droga é um fenômeno psicossocial amplo, mas que acaba interferindo nesse mecanismo biológico primitivo.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
A existência de Jesus é levada à tribunal
Luigi Cascioli, um ateu, diz que a Igreja católica está enganando as pessoas há 2.000 anos com a fábula de que Jesus existiu e acusou o padre Enrico Righi de violar duas leis ao transmitir a notícia. Cascioli entrou com uma ação criminal contra Righi, seu antigo colega de escola, em 2002 depois que o reverendo escreveu num boletim da paróquia que Jesus verdadeiramente existiu, e que nasceu do casal Maria e José em Belém, e que viveu em Nazaré.
O ateu alega que a afirmação de Righi viola duas leis: a chamada "abuso de crença popular" na qual alguém engana fraudulentamente as pessoas; e "personificação", quando alguém obtém ganhos atribuindo um falso nome a alguém. Para Cascioli, a Igreja tem tido ganhos financeiros por "personificar" como Jesus um homem com o nome de João de Gamala, filho de Judas de Gamala.
O ateu alega que a afirmação de Righi viola duas leis: a chamada "abuso de crença popular" na qual alguém engana fraudulentamente as pessoas; e "personificação", quando alguém obtém ganhos atribuindo um falso nome a alguém. Para Cascioli, a Igreja tem tido ganhos financeiros por "personificar" como Jesus um homem com o nome de João de Gamala, filho de Judas de Gamala.
Ele disse que não acredita que obterá sucesso numa Itália de imensa maioria católica, mas que está apenas dando um passo necessário para levar o caso à Corte Européia dos Direitos Humanos, onde pretende acusar a Igreja de "racismo religioso" (deu agora no Estadão - últimas notícias).
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