sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O coelho e a tartaruga

Era uma vez um coelho que encontrou uma tartaruga. E disse:

— "Contam que você é o bicho mais mole do mundo e eu o mais veloz. Vamos apostar uma corrida?"

E ela disse com um arzinho de falsa modéstia:

— "Vamos. Eu corro pouco, mas..."

E ele:

— "Dez léguas. Eu fico parado. Durmo meia hora. Saio. Saio. Paro três vezes e ainda chego na sua frente".

E ela, agora crente e com raiva:

— "Veremos. Eu já ganhei uma corrida assim. Está em La Fontaine".

E assim foi feito. O macaco de juiz. O coelho chegou, e como combinado, dormiu. A tartaruga veio. O macaco deu a partida. A tartaruga saiu, andou meia hora. O coelho acordou. Correu. Passou pela tartaruga e quando chegou ela ainda não tinha andado dez metros.

MORAL: Devagar se vai ao longe, mas custa ou a História (de La Fontaine) não se repete.




Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº 7 - Fábula e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 10/8/1963.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Algumas imagens do nosso porto



Algumas fotos, que tiramos ontem, da parte mais chique da região do porto dessa minha surpreendente Itajaí-SC. No passado, mostrei alguns trapiches em ruínas, casarões históricos sendo demolidos, outros caindo aos pedaços, com moitas nascendo no teto, etc. Mas hoje, mostro a parte bonita do local, a parte turística: um transatlântico e uma embarcação da Marinha Brasileira, que pode ser visitada diariamente pelo público.



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A fábula do menino e o jacaré

Era um Menino que morava numa aldeia. A aldeia tinha um lago com um Jacaré muito feroz. Todos os dias o Menino ia passear no lago. E sua mãe dizia: “Menino, cuidado. Não chegue muito perto do lago que o Jacaré te pega”. Mas o Menino ia.

Uma sexta-feira toda a aldeia se assustou com gritos: “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”. Os moradores armaram-se de todas as bombas (atômicas, de hidrogênio e plutônio) que estavam a mão e correram para o lago para que o Jacaré não matasse o Menino.

E quando chegaram ao lago não encontraram o Jacaré. E o Menino apontando para eles e suas bombas ria, ria, a bandeiras despregadas. Depois de dizerem que essas coisas não se faziam os moradores da aldeia voltaram para a aldeia.

Quando, no dia seguinte, foram acordados por gritos: “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”. E eles pegaram todas as bombas que estavam à mão e correram para o lago e não deixar que o Jacaré pegasse o Menino. Lá chegando os moradores da aldeia não encontraram o Jacaré do lago, mas o Menino ria, ria, a bandeiras despregadas.

Por isso, quando no domingo os gritos “Ai, socorro que estão me matando. Ai, socorro que estão me matando”, invadiram a aldeia, os moradores riram, riram, a bandeiras despregadas e disseram: “Desta vez ele não nos pega. E assim o Menino pode comer o Jacaré, sossegadamente, apesar dos horríveis gritos que soltava o pobre animalzinho.

MORAL: Deixa os outros confiarem em ti, antes de comeres o Jacaré.



Fonte: "O Capitão" - Ano I - Nº XXXV - Fábula e desenhos de Jaguar - Jornal "Última Hora", de 29/2/1964.
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