terça-feira, 31 de julho de 2012

Aimée, o demoninho louro

Henrique Fleiuss, caricaturista da revista Semana Ilustrada, sobre a passagem da vedette e atriz francesa pelo Brasil. Desta vez ela é uma cadela que sai do Alcazar perseguida por inúmeros cães.

A mais famosa das vedettes do Alcazar Lyrique foi Mademoiselle Aimée que, segundo revistas da época, era uma mulher provocante, de olhos cintilantes, nariz fino, boca pequena, pernas perfeitas, boa voz e muito inteligente.

Aimée brilhou no Rio de Janeiro durante quatro anos, entre 1864 e 1868, e foi a primeira grande estrela do Alcazar. Por causa dela, o policiamento do Alcazar foi reforçado e um comerciante português matou, a tiros, um soldado da polícia.

Pelo que se sabe, ela voltou rica para a França, levando jóias e mais de um milhão e meio de francos, que teria recebido como presente de seus fiéis admiradores brasileiros.

No dia em que ela foi embora, centenas de mulheres correram para a Praia de Botafogo comemorando e soltando fogos. Elas festejavam enquanto olhavam o vapor contornar o Pão de Açúcar e sumir no horizonte com aquele diabo loiro que havia seduzido seus maridos e lhes causado tantas tristezas e tanta choradeira.

Uma revista da época chamada Semana Ilustrada dedicou uma página inteira ao acontecimento descrevendo a situação em que se encontravam: "Mulheres ajoelhadas, agradecidas pelos céus; padres que voltavam tranqüilamente a rezar as suas missas; roceiros que regressavam às suas lavouras; empregados públicos que iam, de novo, assinar o ponto nas repartições; casais que se reconciliavam; estudantes que prosseguiam nos estudos; soldados que se lembravam de seus quartéis".

Mesmo depois da partida, Aimée continuou nos jornais, sendo protagonista de outros escândalos e histórias. Seus objetos pessoais foram leiloados e dizem que alguns alcançaram preços altíssimos, como um famoso criado-mudo que foi vendido por cem mil réis.

Até Machado de Assis acabou se rendendo ao seu fascínio e publicou, no dia 3 de julho de 1864, o seguinte texto: "Demoninho louro – uma figura leve, esbelta, graciosa – uma cabeça meio feminina, meio angélica – uns olhos vivos – um nariz como o de Safo – uma boca amorosamente fresca, que parece ter sido formada por duas canções de Ovídio, enfim, a graça parisiense, toute pure..".

O mesmo Machado, ainda escrevendo sobre o significado de seu nome, romantizou poeticamente: "...uma francesa que em nossa língua se traduzia por amada, tanto nos dicionários como nos corações".

Mas os méritos de Aimée se deram, não só pela beleza e pelas diabruras, mas também, por sua brilhante atuação no palco. Cantora lírica e dançarina, ela interpretou os grandes papéis femininos das operetas de Offenbach. Foi Eurydice em Orphée aux Enfers; foi Hélène em La Belle Hélène; fez Boulette em Barbe Bleue e foi Penélope em Le Retour d’Ulysse. A todas essas personagens ela sabia dar o tom brejeiro e malicioso, acompanhado de muito talento, técnica vocal e corporal.

Aimée ficou imortalizada nas cartas de seus admiradores, nas crônicas da época e nas palavras depreciativas dos juízes e guardiões da moral. Instalou-se no imaginário carioca como a bela francesa que associou a graça e a alegria de viver ao trabalho competente e profissional.

Ao lado de Aimée, a primeira grande estrela, outras francesas agitaram as noites cariocas e continuaram no Alcazar até 1886, quando foi fechado após um incêndio. De um jeito ou de outro, essas graciosas atrizes realizaram, alimentaram e estimularam sonhos eróticos masculinos. Mais: foram invejadas e admiradas pelas mulheres, no Rio de Janeiro do século XIX. Pois, como boas francesas, eram também elegantes e lançavam modas a ser copiadas.

O Alcazar apontou, ao teatro nacional, um rumo a seguir, despertando na sociedade carioca o gosto pelo mundo colorido e sensual do teatro ligeiro.

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano
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As primeiras vedetes do Brasil

Primeiro elas eram estrangeiras. Francesas, para ser mais exata. Vieram com um empresário chamado Monsieur Arnaud que trouxe, em 1859, um tipo de espetáculo de variedades para o Rio de Janeiro, com números de canto, dança, ginastas e um corpo de baile de lindas francesinhas que levantavam a saia e mostravam as pernas envolvidas em justíssimas meias no ritmo do cancã.

Chegaram para se apresentar no Alcazar Lyrique, um teatrinho recém-inaugurado na Rua da Vala, perto da Rua do Ouvidor, no centro da então Capital Federal.

A primeira opereta francesa (a que inaugurou o cancã na França) foi o Orfeu no Inferno, de Ofenbach, e chegou na versão integral ao Brasil, alguns anos antes da Revista. Foi em 1865, sete anos depois da estreia em Paris (em 1858). Para aquela época, foi rápido demais!

Imaginemos nosso cenário: cidade do Rio de Janeiro, ainda pacata, no século XIX, ansiosa por progresso e querendo se atualizar com as novidades européias. Desde 1860, algumas ruas do centro carioca já eram iluminadas a gás. Conseqüentemente, a vida noturna se tornou possível, já que as pessoas poderiam andar mais à vontade, à noite.

Portanto, quando o Alcazar Lyrique foi inaugurado, o centro do Rio já estava iluminado havia cinco anos. A diversão noturna trazia uma cara de modernidade. E tudo que era moderno, naquela época, era importado da França. O Alcazar Lyrique e as novidades da boêmia francesa ofereciam ao público brasileiro o teatro da moda que foi, muito apropriadamente, chamado de Gênero Alegre. Porque ali se apresentavam números musicais alegres, populares, divertidos. Um Teatro de Variedades.

A boemia carioca entusiasmou-se com o glamour das belas francesinhas. E elas abafaram, quando fizeram uma opereta inteira, mostrando o espetáculo divertido com aquele cancã famoso que a gente conhece até hoje.

O que mais poderia ter acontecido no Rio de Janeiro do século XIX? Os homens (de todas as classes sociais) ficaram enlouquecidos com aquelas mulheres, é claro. No início, Machado de Assis fez campanha declarada contra aquelas meias tão justinhas que quase deixavam ver as próprias pernas!

Naquele tempo, as patricinhas e os mauricinhos eram chamados de jeunesse d’ orée (juventude dourada, em francês). Pois os rapazes da tal jeunesse d’ orée começaram a gastar rios de dinheiro no teatro que tinha o formato de um cabaret, ou seja, na platéia, em lugar de cadeiras, havia mesinhas com comes e bebes. Principalmente bebidas. O evento fazia a delícia do público masculino endinheirado (e também de outras classes e posses) que passava a noite fumando e bebendo cerveja.

Esse teatrinho – com formato de café-concerto ou cabaret – foi chamado de café cantante. E, a partir dali, a noite carioca nunca mais foi a mesma. A polícia teve muito trabalho.

Pela imprensa, as meninas do cancã foram chamadas de odaliscas alcazalinas e provocaram críticas severas por causa das piadas de duplo sentido (consideradas grosseiras) e pelos seus corpos que, para a época, eram considerados quase desnudos.

Elas ainda não eram vedettes. Chamavam-se cocottes essas novas deusas da noite. E deram muito que falar.

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano
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A freira são-paulina

Uma freira faz sinal para um táxi parar. Ela entra e o taxista não pára de olhar para ela:

- Por que você me olha assim?

Ele explica:

- Tenho uma coisa para lhe pedir, mas não quero que fique ofendida...

Ela responde:

- Meu filho, sou freira há muito tempo e já vi e ouvi de tudo. Com certeza não há nada que você possa me dizer ou pedir que eu ache ofensivo.

- Sabe, é que eu sempre tive na cabeça uma fantasia de ser beijado na boca por uma freira...

A freira:

- Bem, vamos ver o que é que eu posso fazer por você: primeiro, você tem que ser solteiro, Santista e também católico.

O taxista fica entusiasmado:

- Sim, sou solteiro, Santista desde criancinha e até sou católico também!

A freira olha pela janela do táxi e diz:

- Então, pare o carro ali na próxima travessa.

O carro pára na travessa e a freira satisfaz a velha fantasia do taxista com um belo beijo na boca.

Mas, quando continuam para o destino, o taxista começa a chorar:

- Meu filho - diz a freira - Porque é que está chorando?

- Perdoe-me Irmã, mas confesso que menti: sou casado, Corinthiano e sou evangélico.

A freira conforta-o:

- Deixa pra lá. Estou a caminho de uma festa à fantasia , me chamo Edmilson e torço pro São Paulo!

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No açougue

Num açougue de Belo Horizonte chega de repente uma exuberante Ferrari vermelha e dela sai um torcedor do São Paulo que chega para o açougueiro e pergunta:

– O Sr. tem picanha?

– Tenho sim – respondeu o açougueiro.

– Corte para mim vinte peças – diz o torcedor do São Paulo Ele paga com cartão Platinum e vai embora .

Passados 10 minutos, chega uma BMW e dela sai um Palmeirense, chega para o açougueiro e pergunta:

– O Sr. tem alcatra?

- Tenho sim – respondeu o açougueiro sorridente pela última venda.

– Corte 70 quilos – pede o Palmeirense e sai pagando com notas de 100 dólares.

Nesta hora, muito feliz pelas vendas, o açougueiro recebe um Santista em uma Mercedes que diz:

- O Sr. tem filé mignon?

- Tenho sim – respondeu o contente açougueiro.

- Preciso de 50 quilos, por favor – diz o Santista, que paga a mercadoria com notas de 100 reais, saindo logo após.

De repente, chega um Corcel II, bem velho e todo enferrujado, placa de CONTAGEM, com um adesivo ‘A INVEJA É UMA MERDA’ numa lateral, outro no pára-brisa ‘VEÍCULO RASTREADO POR VIZINHOS FOFOQUEIROS’ e por último, pregado no vidro traseiro inteiro, ‘É DEUS NO CÉU E NÓIS NO CORCEL’ de onde sai 5 malucos com a camiseta e gorrinho do CORINTHIANS, um diz para o açougueiro:

- E aí, Tio, cê tem asa?

- Tenho sim – respondeu o açougueiro.

- Então voa, véio: é um assalto!!!

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Fontes: www.piadas.com.br; www.insanno.com.br
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