domingo, 22 de julho de 2012

Obesidade no Brasil

A obesidade é um problema crescente no Brasil. De acordo com o IBGE, 50,1% dos homens e 48% das mulheres brasileiras estão acima do peso no Brasil, sendo que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres do país são obesos.

Essas taxas poderiam ser diminuídas de formas simples, com mudanças de hábitos alimentares e a prática de atividade física. Mas de acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 49% da nossa população não faz exercícios físicos.

O excesso de peso e o sedentarismo podem ser responsáveis por diversas doenças, incluindo a diabetes, hipertensão e colesterol alto. O tabagismo eleva ainda mais a taxa de risco de doenças de uma pessoa. O cardiologista Carlos Alberto Machado afirma que para manter a saúde do corpo, “além de uma dieta equilibrada com frutas, verduras e legumes, é preciso largar o cigarro e praticar exercícios físicos com regularidade. É caminhar 15 quilômetros, subir 20 lances de escada e gastar em média 1.500 kcal ao todo e ao longo de uma semana. Assim é possivel reduzir em 66% o risco de morte por doenças cardiovasculares”. Para que uma pessoa possa ser considerada ativa, ela deve praticar exercícios cinco vezes por semana.

O que surpreende especialista, é que os brasileiros estão cientes dos danos que o sedentarismo causa ao organismo. De acordo com os dados da SBC, 86% da população acredita que a falta de atividades esportivas favorece o surgimento de doenças cardiovasculares.

A prevenção é a melhor forma de lidar com qualquer problema de saúde. Antes de iniciar uma prática de esportes ou dieta, é importante consultar um profissional.

Fonte: Doc Press / Boa Saúde
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sábado, 21 de julho de 2012

O menino que chupou a bala errada

Diz que era um menininho que adorava bala e isto não lhe dava qualquer condição de originalidade, é ou não é? Tudo que é menininho gosta de bala. Mas o garoto desta história era tarado por bala. Ele tinha assim uma espécie de idéia fixa, uma coisa assim... assim, como direi? Ah... creio que arranjei um bom exemplo comparativo: o garoto tinha por bala a mesma loucura que o Sr. Lacerda tem pelo poder.

Vai daí um dia o pai do menininho estava limpando o revólver e, para que a arma não lhe fizesse uma falseta, descarregou-a, colocando as balas em cima da mesa.

O menininho veio lá do quintal, viu aquilo ali e perguntou pro pai o que era:

— É bala — respondeu o pai, distraído.

Imediatamente o menininho pegou diversas, botou na boca e engoliu, para desespero do pai, que não medira as conseqüências de uma informação que seria razoável a um filho comum, mas não a um filho que não podia ouvir falar em bala que ficava tarado para chupá-las.

Chamou a mãe (do menino), explicou o que ocorrera e a pobre senhora saiu desvairada para o telefone, para comunicar a desgraça ao médico. Esse tranqüilizou a senhora e disse que iria até lá, em seguida.

Era um velho clínico, desses gordos e bonachões, acostumados aos pequenos dramas domésticos. Deu um laxante para o menininho e esclareceu que nada de mais iria ocorrer. Mas a mãe estava ainda aflita e insistiu:

— Mas não há perigo de vida, doutor?

— Não — garantiu o médico: — Para o menino não há o menor perigo de vida. Para os outros talvez.

— Para os outros? — estranhou a senhora.

— Bem... — ponderou o doutor: — O que eu quero dizer é que, pelo menos durante o período de recuperação, talvez fosse prudente não apontar o menino para ninguém.

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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975
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O boateiro

Esta historinha — evidentemente fictícia — corre em Recife, onde o número de boateiros, desde o movimento militar de 1.° de abril, cresceu assustadoramente, embora Recife já fosse a cidade onde há mais boateiro em todo o Brasil, segundo o testemunho de vários pernambucanos hoje em badalações cariocas.

Diz que era um sujeito tão boateiro, que chegava a arrepiar. Onde houvesse um grupinho conversando, ele entrava na conversa e, em pouco tempo, estava informando: "Já prenderam o novo Presidente", "Na Bahia os comunistas estão incendiando as igrejas", "Mataram agorinha o Cardeal", enfim, essas bossas.

O boateiro encheu tanto, que um coronel resolveu dar-lhe uma lição. Mandou prender o sujeito e, no quartel, levou-o até um paredão, colocou um pelotão de fuzilamento na frente, vendou-lhe os olhos e berrou: "Fogoooo!!!". Ouviu-se aquele barulho de tiros e o boateiro caiu desmaiado.

Sim, caiu desmaiado porque o coronel queria apenas dar-lhe um susto. Quando o boateiro acordou, na enfermaria do quartel, o coronel falou pra ele:

— Olhe, seu pilantra. Isto foi apenas para lhe dar uma lição. Fica espalhando mais boato idiota por aí, que eu lhe mando prender outra vez e aí não vou fuzilar com bala de festim não.

Vai daí soltou o cara, que saiu meio escaldado pela rua e logo na primeira esquina encontrou uns conhecidos:

— Quais são as novidades? — perguntaram os conhecidos.

O boateiro olhou prós lados, tomou um ar de cumplicidade e disse baixinho: — O nosso Exército está completamente sem munição.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975
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