sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Igreja de Vígolo

No início foi dedicada a N. Sra. de Lourdes
No período de 1876 a 1879, construiu-se na região de Vígolo , Nova Trento, Santa Catarina, a Capela de São Jorge, onde os moradores da região foram responsáveis pela obra. Que já no ano de 1879, recebe Pe. Servanzi que realiza durante oito dias uma santa missão, neste período ele também benze com grande solenidade a mesma capelinha.

Antes mesmo de concluir a obra de construção da capela os moradores da região planejaram a construção de uma bela Igreja, e com o apoio do Pe. Marcello Rochi iniciaram a construção. Por motivação e devoção do sacerdote a Nova Igreja foi dedicada em honra a Nossa Senhora de Lourdes.

No ano de 1888, chegou da França a imagem da Virgem de Lourdes, que ficou na Igreja de Nova Trento até dia 11 de fevereiro de 1889. “Em 11 de fevereiro de 1890, depois de um tríduo de preparação inaugura-se a Gruta e colocaram nela a Imagem da Virgem Imaculada de Lourdes” (Cf. Madre Doroteia, Ic. P.22)

Neste mesmo período que se inaugura a gruta é feito a demolição total da Capelinha de São Jorge, onde em seu lugar é erguido o Santuário. “Após poucos anos, conseguiram levantar o Santuário dedicado a Nossa Senhora de Lourdes”. (Cf. Madre Doroteia, Ic. P.22)

No dia 11 de fevereiro do ano de 1895 conforme descreve o Diário Della Residenza, foi feito a benção do novo Santuário. “Bem cedo, muita gente foi a festa da Virgem de Lourdes. Estava lá desde a tarde anterior o Pe. Manardi. Foi ainda o Pe. Parisi para ajudá-lo nas confissões. Mais tarde, foram os padres Sabbatini e Rocchi. A missa foi cantada “interzo” com o acompanhamento da (banda) de música de Nova Trento.

Benzeu-se o no Santuário, levou-se em procissão a Estátua da Imaculada. Todas as filhas de Marias de várias valadas. Entramos na Igreja, o Pe. Rocchi disse algumas palavras ao colocar a estátua no nicho da gruta. Todo o povo replicou três vezes “E viva Maria”. Depois, no Evangelho, pregou o Pe. Manardi. Após a missa, seguiu-se a benção do Santíssimo Sacramento.

No dia 19 de outubro do ano de 1991, um dia após a beatificação de Madre Paulina, é colocada a imagem da beata, e o lugar histórico passa a receber muitos romeiros que chegavam a Vígolo para agradecer a Deus pela intercessão de Madre Paulina e para fazer seus pedidos.

Dom Eusébio Oscar Scheid, então Arcebispo de Florianópolis da época, no dia 09 de julho de 1998, data comemorativa a festa litúrgica de Madre Paulina, tornou público a Igreja de Vígolo como Santuário Madre Paulina, até ser construído o novo Santuário em honra a Bem aventurada Madre Paulina.

IMG_5164 - Igreja de Vígolo

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

No Pontal Norte em Julho

Praia do Buraco
Praia do Buraco / Pontal Norte - Balneário Camboriú - SC - Julho/2010
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conto de Natal

Era um Papai-Noel mais subdesenvolvido do que - digamos - o Piauí. Uma barba mixuruquíssima, rala, encardida, que ele acabou por puxar para debaixo do queixo, na esperança de diminuir o calor.

Sim, porque fazia calor.

A calçada refletia por debaixo das calças dos transeuntes o seu bafo quente, o que ocorria também por debaixo das saias das passantes, mas esta imagem é mais refrescante e talvez não dê ao leitor a idéia do calor que fazia. A turba ignara ia e vinha, carregada de embrulhos, vítima da desonestidade dos comerciantes, mas, ávida de comprar presentinhos.

E o Papai Noel avacalhado ali na esquina, badalando. Era um sininho de som fino, que ele badalava meio sem jeito, como se estivesse disfarçando alguma coisa sem aquela dignidade de badalar de sino dos verdadeiros Papais-Noeis.

Também a roupa era mixa! A blusa não tinha aquela vermelhidão dos Papais-Noeis de capa de revistas. Nunquinha Madalena. Era cor-de-rosa, daquele cor-de-rosa das camisas que usam componentes de blocos de sujo, no Carnaval carioca. Isto, inclusive, talvez fosse verdade: aquele Papai-Noel era tão vagabundo que era bem possível que tivesse aproveitado o uniforme do Carnaval anterior, para o Natal.

Tia Zulmira, protegida pela sombra de uma marquise, aguardava condução e observava o Papai Noel. Observava, por exemplo, que o Papai-Noel usava tênis (bossa nova natalina), observava que o Papai-Noel não fazia anúncio de coisa nenhuma, ao contrário de seus coleguinhas de outras esquinas, que traziam às costas grandes cartazes coloridos com os nomes das lojas da cidade.

A velha, num lampejo, percebeu tudo. Viu logo que, naquele Papai-Noel, tinha truque. E, apenas para confirmar a sua teoria, abriu a bolsa, retirou um pedaço de papel e escreveu:

— 500 cruzeiros no grupo do gato — 1.675 pelos sete lados... NCr$ 200,00 — centena 463 (invertido) . . . NCr$ 150,00.

Enrolou o papelzinho no dinheiro correspondente e, saindo de debaixo da marquise, passou disfarçadamente pelo Papai-Noel e espalmou na sua mão a fezinha. Papai Noel apanhou tudo e disse baixinho:

— Obrigado, minha senhora. Um bom Natal para a senhora também.


Fonte: Texto extraído do livro "Dez em Humor", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968, pág. 50.
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