sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Tutu Marambá

Em 1929 Joubert de Carvalho mostrou para Olegário Mariano as melodias para dois poemas seus, o Cai, cai, balão e Tutu Marambá, gravadas por Gastão Formenti, dando início a uma parceria de 24 composições.

Tutu Marambá (canção, 1929), Joubert de Carvalho e Olegário Mariano

Tutu Marambá não venhas mais cá
Que o pai do menino te manda matar...

No seu berço de renda
Com brocardo de oiro
Os olhinhos redondos
De tanta alegria!
Ele olha a vida
Como quem olha um tesoiro
Meu filho
É o mais lindo dessa freguesia!


Gastão Formenti

O filho da coruja
A boquinha em rosa
A mãozinha suja
Com os dedinhos gordos
Já dá adeus!

Fala uma língua que ninguém compreende
Toda a gente que o vê se surpreende
Tão bonitinho
Benza Deus!

É redondo
Como uma bola
O seu polichinelo
Como um grande riso
A única cousa que o consola:
Meu filho é o meu melhor sorriso...

De noite clara
Anda lá fora
O luar entra no quarto mais lindo
Com a expressão angélica de beijar
Ronda o berço
O menino está dormindo
Então a vó de maldizente
Vai cantando no finalmente:

Tutu Marambá não venhas mais cá
Que o pai do menino te manda matar...
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BC em término de temporada


BC em término de temporada, upload feito originalmente por Blog do Papa-Siri.

Mais uma fotinha aqui da "terra da muvuca". Balneário em término de temporada. Aliás, o termo "temporada" aqui é relativo.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Zé Carioca, o Papagaio

Moreira da Silva

Zé Carioca (samba, 1959) - Zé da Zilda (José Gonçalves)
e Zilda do Zé (Zilda Gonçalves)

História de papagaio
Eu conheco bastante
Vou contar nesse instante uma bem interessante
Quando eu cheguei aqui
Fui tomar um café
Na Praça Tiradentes
No botequim do seu Vicente
Vi um pássaro verde
Em cima de um palanque
Que eu não conhecia
Eu perguntei a freguesia
Me disseram que era
O papagaio Zé Carioca
Professor de português
(Fala francês, italiano e até inglês, um bom freguês)
Ele ficou meu amigo,
E me levou consigo a uma gafieira
(Onde eu sambei a noite inteira)
De madrugada uma dama fuleira fez um tempo quente
E o papagaio pulou na frente
Deixa comigo que eu sou carne de pescoço
Quem mexer com meu amigo tem que mastigar um osso
Nao tenha medo isso é café pequeno eu resolvo so
(Pulou pra trás e arrancou o paletó, meu Deus que nó
eu vou fugir, pra Maceió, com minha vó)
E, mas de repente a polícia chegou e o baile acabou
E todo mundo se pirou
E o papagaio saiu debaixo da mesa todo rasgado
Completamente depenado
Os dançarinos ficaram com pena de ver seu estado
(Disseram: coitado)
Ele saiu gingando se rebolando todo cheio de visagem
É dos pelados que elas gostam mais
É dos depenados que elas gostam mais.


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