quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Skiysurf e ventania na Brava


Nesta tarde tiramos algumas fotos na Praia Brava. Dia ensolarado e muita ventania: estava mais para a prática do skysurf, windsurf e para soltar pipas, muita areia nos olhos e uma artista pintando...




Leia mais...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A papisa Joana

Papisa Joana, como João VII, gravura
constante do livro "Crônica de Nurem-
berg", de 1493 de Hartmann Schedel.
A Papisa Joana teria sido a única mulher a governar a Igreja durante dois ou três anos, segundo uma lenda que circulou na Europa por vários séculos. É considerada pela maioria dos historiadores modernos e estudiosos religiosos como fictícia, possivelmente originada numa sátira anti-papal.

A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do Papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma.

Joana ocupou o cargo durante dois ou três anos, entre o Papa Leão IV e o Papa Bento III (anos de 850 e 858).

Versões

A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, nascida com o possível nome de Giliberta, talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar imposta às mulheres. Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia. Ao chegar a Roma, apresentou-se como monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Teria chegado ao papado após a morte do Papa Leão IV, com o nome de João VII. A mesma lenda conta que Joana se tornou amante de um oficial da Guarda Suíça e ficou grávida.

Outra versão - a de Martinho de Opava - afirma que Joana teria nascido na cidade de Mainz, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época. Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma. Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus, e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.

A Papisa Joana é uma das mais controversas figuras da Idade Média, permanecendo até hoje envolta em contornos brumosos e enigmáticos. Ao longo dos séculos muitos negaram a sua existência; contudo é considerável o número de documentos que atestam a sua passagem pelo trono papal.

Histórica ou lendária?


Papisa Joana representada como o Anticristo,
montando a Besta do Apocalipse.
No inverno do ano 814, em Engelheim, Mainz, Alemanha, nasceu Joana. Filha de um cônego inglês em breve deu mostras de uma inteligência privilegiada.

Aprendeu a ler e a escrever muito cedo, ensinada, às escondidas, pelo seu irmão Mateus, rapaz muito inteligente, que morreu ainda criança, e que era ensinado por um tutor. Este, depois da morte do menino, ensinando o outro irmão, João, apercebeu-se de que Joana sabia ler e escrever, tendo esta lhe confessado que fora Mateus que a ensinara.

Com o auxílio do tutor, em breve Joana dominava o latim e o grego. Mas este foi transferido e, com grande desgosto, Joana viu-se de novo a estudar sozinha. À partida o tutor prometeu-lhe não a esquecer, e fazer o possível para ela poder continuar os seus estudos.

De fato, alguns meses depois, o pai recebeu uma carta do bispo, ordenando-lhe que enviasse a menina ao seu palácio. Contrariado, o pai obedeceu ao seu superior.

Chegada ao palácio episcopal Joana é submetida a um exame, já que a escola era freqüentada apenas por rapazes. O reitor mostra toda a sua antipatia e discordância com a idéia dela freqüentar a escola; mas, perante as provas de sabedoria dadas por Joana, e especialmente pela insistência do bispo, o reitor é obrigado a aceitá-la.

Surge o problema do alojamento, já que Joana não poderia ficar instalada junto aos rapazes. Um cavaleiro ruivo, o Conde Geraldo, que se mantivera sempre junto ao bispo, e observara Joana com a maior atenção, ofereceu-se para alojar a criança em sua casa. De dia viria freqüentar a escola.

Joana revelou-se o que todos consideravam um fenômeno. Mas a sua vida não foi fácil. Os rapazes humilhavam-na, chegando a exercer sobre ela violência física, e chamando-lhe “aberração”.

Alguns anos depois de freqüentar a escola, Joana sentiu que nada mais poderia aprender ali. Senhora dum talento extraordinário, e com uma insaciável sede de saber, só nos mosteiros poderia aprofundar os seus estudos.

Conseguindo fugir, de noite, da casa do “cavaleiro ruivo” onde continuava hospedada, assumiu uma identidade masculina e ingressou no Mosteiro de Fulda com o nome de João Anglicus. Ali, com uma biblioteca à sua disposição, aprofundou-se nos estudos religiosos e clássicos, além de interessar-se, também, pelas Ciências. Com o seu intelecto prodigioso, tornou-se extremamente culta. Era uma erudita.

O monge médico, tendo simpatizado com o jovem monge, começou a transmitir-lhe os seus conhecimentos de medicina que, considerando os poucos meios de que se dispunha naqueles tempos, podiam considerar-se bastante grandes. Joana aprendia rapidamente, ávida que estava de saber. Dentro de alguns anos os seus conhecimentos de medicina excediam os do próprio mestre.

Uma ilustração datada de 1560 (aproximadamente) da
Papisa Joana com a Tiara Papal, absolvendo um monge
em confissão. Acervo da Biblioteca Nacional da França.
Foi devido a estes seus conhecimentos pouco vulgares que foi chamada a Roma, a fim de tratar da saúde do Papa Leão IV, que se encontrava bastante doente. Ali, com a sua sabedoria, ganhou prestígio e respeito entre os ilustres dignitários da Igreja. Foi nomeada Secretário da Cúria e, em seguida, Cardeal.

Em 855, com a morte do Papa Leão IV, foi aclamada Papa, com o nome de João VIII. O seu pontificado distinguiu-se pela justiça e defesa dos mais humildes, sendo um Papa discreto e que quase não aparecia em público.

Certo dia, durante uma procissão solene, com toda a pompa e circunstância, montada num cavalo e à frente do cortejo, como era o costume da época, Joana sentiu-se mal e dores violentas fizeram-na cair do cavalo. Ali, entre dores, sangue e lágrimas, deu à luz uma criança. Alguns cardeais, atordoados, ajoelharam-se, exclamando: - Milagre! Milagre!

A partir daí os relatos divergem. Segundo alguns, a multidão reagiu com indignação, apedrejando Joana e a criança até à morte. Para outros foram encerradas no castelo papal, até ao fim dos seus dias. Outra versão seria que ela e a criança morreram de complicações do parto.

Fontes: Wikipédia; História de Encantar (http://mariazita-historiasdeencantar.blogspot.com.br).
Leia mais...

Siwa, a rainha do sex appeal

Siwa - 1959
Aparecida Maria Castro Augusto nasceu em São Paulo (capital) em 4 de fevereiro de 1924. Siwa formou-se como bailarina clássica e aos 12 anos já fazia parte do corpo de baile do Municipal de São Paulo. Foi solista e também fez carreira no Municipal do Rio. Apresentou-se ao lado de grandes bailarinas.

Ainda nos anos 40, fundou, com outros profissionais da dança, o tradicional Ballet Pigalle. Entre os grandes balés de que participou, estão "O Julgamento de Páris", "Mozartiana" e "Divertissements".

Apesar de ter verdadeira paixão pela dança clássica Siwa fugia um pouco dos padrões estéticos das bailarinas da época, pois fazia o tipo boazuda: quadris largos, coxas bem torneadas e cintura fina. 

No início dos anos 1950, fez incursões no teatro de revista dançando em teatros e boates. Entre seus números dessa época está o famoso French Cancan. Siwa nunca chegou a ser girl. Na revista começou como bailarina e pouco tempo depois já era vedete.
 
A partir de 1952, com o fim do Ballet Pigalle, Siwa adotou o nome artístico de Siwa Tzen e optou, sem medo, pela revista. Uma de suas primeiras aparições como vedete foi em "Eva me Leva", no Follies, em janeiro de 1952. Seu primeiro papel de destaque foi em "Poeira do Chão" (1952), com a Cia. Mary-Juan Daniel. O elenco da peça era encabeçado por Elvira Pagã, Dalva de Oliveira e Zeloni, mas Siwa foi a grande atração.

Em 1953, já empresária e estrela de sua companhia, apresentou sucessos como "Uma Pulga na Camisola", no Teatro Alumínio, em São Paulo. Em 1958 fez um grande sucesso com "Disfarça... e Bota a Mão". Trabalhou com a Cia. Mary e Juan Daniel; Cia. Ney Machado e outras.

Em 1953, montou a sua própria companhia: Siwa e Sua Companhia de Revistas de Bolso. Dentre as revistas que fez, estão "Poeira do Chão" (1952); "Eva me Leva" (1952); "Eu Quero é me Rebolar" (1953); "O Mágico do Catete" (1953); "Uma Pulga na Camisola" (1953); "É Sopa no Mel!" (1954); "Mulheres à Bangu" (1954); "Mão na Toca" (1957); "Coquetel de Boas"; "Disfarça... e Bota a Mão" (1958); "Mulheres, me Afobei!" (1960). Fez, também, shows na boate Ranchinho do Alvarenga (1952), Casablanca, Monte Carlo.
 
Siwa era flexível, tinha grande desenvoltura cênica e se expressava muito bem com o corpo. Sua sensualidade não residia apenas no belo físico, mas também em sua postura insinuante e sugestiva. Tinha um tipo exótico, era morena alta com rosto marcante: lábios grandes, sobrancelhas arqueadas, olhos amendoados, sorriso devastador. Era chamada de "a misteriosa", se apresentava com roupas sempre extravagantes e incomuns no teatro, como vestes orientais, folclóricas, estampas de onça, etc...
 
Siwa foi casada com o comediante Vagareza (Hamilton Augusto). Conheceram-se no teatro de revista, quando atuaram juntos em   "Poeira do Chão" (1952). Montaram companhia própria no fim dos anos 1950, com bastante sucesso. Foi o terceiro empreendimento de Siwa como empresária de revista.

No início dos anos 1960, Siwa e Vagareza fizeram estrondoso sucesso, como dupla, em diversos humorísticos da TV Rio e da Tupi. Permaneceram casados até a morte de Vagareza, em 1997.

Siwa era ousada: em 1954, organizou uma nova companhia constituída apenas de mulheres, tendo apenas um varão em cena: o comediante Spina. Fez temporada em Campos, lançou grandes girls e vedetes, e importou meninas do Follies Bergère.Também lançou vedetes como Wilma Palmer e comediantes como Costinha. Foi considerada a atriz mais elegante e bem-vestida de 1954.
 
Durante a temporada de "Disfarça... e Bota a Mão" (1958), no Teatro São Jorge, ela fez um ensaio fotográfico para J. Trovão. Um retrato se destacou: o que ela trajava uma fantasia de baiana. Trovão levou a imagem a uma agência de publicidade e a foto foi escolhida para a campanha publicitária da câmera fotográfica Minolta, da empresa japonesa Rokkor. A tal imagem de Siwa  vestida de baiana foi parar em Tóquio, reproduzida em banners e outdoors. Fez tanto sucesso que vários apaixonados japoneses  lhe enviaram cartas (em japonês). Por isso, foi apelidada de "A preferida dos japoneses". 

Um de seus quadros de grande sucesso chamava-se "A Neurastênica" da revista "Poeira do Chão" (1952), em que ela entrava cantando assim: "Eu quero achar um remédio eficaz / Para poder meus nervos acalmar, / Meu mal não sei diagnosticar... / Será que é neurastenia? / Se um bonitão me vem falar / Começo logo a me assanhar / Mas se ele vem muito perto, / Eu quero logo é brigar! / É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz / O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!"

Desce e improvisa com a plateia:  "O senhor seria tão gentil... Podia indicar-me um remédio? Eu vejo um rapaz, fico louca para falar com ele, mas quando ele chega perto de mim eu sinto uma coisa esquisita. Eu sinto vontade de apertar, apertar, apertar, até... Asfixiar! Não sei o que é que eu tenho".
 
Para outro senhor: "Ah, é você mesmo! O senhor vai me ajudar. Indique-me um remédio! Como? Não quer que eu chegue perto? Não tenha medo, eu agora estou calma. O que foi que o senhor disse? Não tem o remédio? Ah! O senhor tem o remédio sim! Se eu procurar eu acho.  Garanto!"
 
Sobe ao palco e canta: "É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!".
 
Siwa também fez cinema, na Atlântida, com "Os Apavorados" (1962), uma das últimas chanchadas de Oscarito. Também tomou parte no filme "Eu Sou o Tal" (1959), que o marido protagonizou.

Em 1968 voltou ao ballet clássico e fundou – com o marido – a Siwa Ballet Morumbi, em São Paulo. A escola existe até hoje e é uma das mais tradicionais da cidade. Atualmente é administrada por sua filha, Vânia. 

Faleceu no dia 1° de abril de 2009, em São Paulo, aos 84 anos.  

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano.
Leia mais...