quinta-feira, 13 de junho de 2013

Colchão de vaca

Você aí, sabia que vaca tem um sentimento cheio de sutilidades? Agora, sente o drama, vá. Vaca também gosta de boa vida, de ser bem tratada, merecer o seu elogiozinho, como qualquer pessoa vaidosa ou precisada do chamado calor humano.

Claro que, no caso da vaca, melhor seria dizer calor bovino.

Mas não se aplica a expressão. Nada se aplica porque vaca gosta de calor bovino (aliás ela deve gostar mais de calor taurino do que de calor bovino) mas é muito exigente também em relação ao calor humano. Quem disse isso não foi Freud, no seu substancioso manual. Quem disse foram os discípulos atuais do Segismundo...

Como, minha senhora? Se o primeiro nome de Freud era Segismundo?

E era, não somente o seu primeiro nome como também o seu primeiro complexo. — Mas — prosseguindo — psicanalistas modernos descobriram que vaca é um bicho muito sutil e muito vaidoso, sendo que este segundo sentimento qualquer um manja: basta reparar no rebolado pretensioso de todas as vacas, quando caminham. Quanto à sutileza das vacas, foram estudos mais apurados que levaram os psicanalistas à certeza de que vaca bem tratada é mais gentil. A gente tem que puxar saco de vaca, para ela dar mais leite.

Antigamente pensava-se que, para vaca dar leite, bastava puxar suas tetas (lá dela), mas agora já se sabe que também é preciso puxar saco. Diz o criador holandês Van Diesen, num livro sobre pecuária: "Aquele que criar suas vacas em desconforto terá prejuízo. A vaca melhora sempre sua produção de leite, quando cuidada com mais carinho e deferência."

E foi para aumentar a deferência para com as vacas que os pecuaristas europeus passaram a usar colchão de espuma de borracha nos estábulos. As vacas que dormem em colchão de espuma ficam muito mais pródigas do que as outras, às quais se dá um mísero catre de palhas secas para

 repousar. Os vendedores de colchões de espuma de borracha para vacas afirmam que os animais gostam e se acostumam de tal forma à nova Comodidade que, depois de certo tempo, passam a zelar pela limpeza dos seus leitos.

Enfim, o que eles querem dizer é que vaca tratada com boa educação também fica bem educada e, depois de um certo tempo, já não faz mais pipi na cama.

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Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.
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Alimentos mais contaminados por agrotóxicos

Todos sabem que frutas, legumes e vegetais em geral precisam receber produtos que combatem pragas no seu cultivo. O que muitos podem desconhecer são quais alimentos recebem as maiores quantidades de agrotóxicos, substâncias que chegam ao corpo quando ingerimos tais itens.

​O site The Huffington Post publicou a lista dos 12 alimentos mais contaminados nos Estados Unidos, examinados pela entidade sem fins lucrativos Environmental Working Group (EWG). A lista é conhecida como Dirty Dozen, algo como os 12 sujos.

A maçã lidera o ranking há nove anos seguidos. A lista é feita com a análise de 48 alimentos e, segundo a entidade, 67% deles ainda carregam pesticidas mesmo depois de lavados.

Segundo estudos, agrotóxicos estão associados a problemas de saúde, principalmente em crianças. Também podem ser carcinogênicos, bem como alterar a produção hormonal do organismo.

Confira a lista:

Maçãs
99% das amostras testadas demonstraram a presença de pelo menos um tipo de agrotóxico

Morangos
Trata-se do segundo alimento mais contaminado segundo análise de organização sem fins lucrativos

Uvas
As amostras verificadas pela Environmental Working Group (EWG) identificaram 15 tipos de substâncias tóxicas na fruta

Salsão
Foram identificados 13 diferentes tipos de agrotóxicos no alimento

Pêssegos
As frutas ficaram em quinto lugar entre os alimentos mais contaminados com pesticidas

Espinafre
Entre os vegetais, é o segundo mais contaminado segundo análise feita por entidade que verifica nível de agrotóxicos em alimentos

Pimentões
Foram encontrados resíduos de 15 pesticidas no alimento

Nectarinas
Em todas as amostras testadas da fruta foram identificados agrotóxicos

Pepinos
Ocupa o nono lugar na lista dos alimentos mais contaminados

Batatas
Segundo análise da Environmental Working Group (EWG), os alimentos também estão repletos de agrotóxicos

Tomates-cereja
Contém 13 tipos diferentes de pesticidas

Pimentas
Ocupam a 12ª posição entre os alimentos mais contaminados com agrotóxicos

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Fonte: Ponto a Ponto Ideias / Terra
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sábado, 8 de junho de 2013

Distúrbios do sono e suas consequências

Excesso de trabalho, estresse, insônia, acúmulo de tarefas e distúrbios do sono são alguns dos vilões mais comuns de uma boa noite de descanso. Um estudo realizado em janeiro de 2013 pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) afirma que 69% dos brasileiros avaliam seu próprio sono como ruim e insatisfatório, com problemas que vão desde a dificuldade para pegar no sono até acordar diversas vezes durante a noite.

Embora as poucas horas de sono já façam parte da rotina dos brasileiros, dormir menos do que o recomendado (de seis a oito horas) pode afetar a nossa saúde como um todo - funções que muitas vezes nem imaginamos estar relacionadas ao sono. Quer descobrir como a falta de sono afeta o seu corpo? Confira os que os especialistas dizem sobre o assunto.

Afeta o emagrecimento

Durante o sono nosso organismo produz a leptina, um hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade ao longo do dia. Por isso, pessoas que dormem pouco produzem menores quantidades desse hormônio. Além disso, quem tem o sono restrito produz mais quantidade do hormônio grelina, que provoca fome e reduz o gasto de energia. "A consequência é a ingestão exagerada de calorias durante o dia, pois o corpo não se sente satisfeito", explica a endocrinologista Alessandra Rasovski, da Sociedade Brasileira e Endocrinologia e Metabologia. Segundo um estudo feito na Universidade de Chicago, pessoas que dormem de seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que aquelas que dormem pouco ou tem o sono fragmentado. A pesquisa afirma que a falta de sono reduz em 55% a queima de gordura.

Impede a conservação da memória

"O sono é uma etapa crucial para o cérebro transformar a memória de curto prazo relevante em memória de longo prazo", afirma o neurologista André Felicio, da Academia Brasileira de Neurologia. O especialista explica que, durante a noite, o cérebro faz uma varredura entre as informações acumuladas, guardando aquilo que considera primordial, descartando o supérfluo e fixando lições que aprendemos ao longo do dia. "Por esse motivo, quem dorme mal costuma sofrer para se lembrar de eventos simples, como episódios do dia anterior ou nomes de pessoas próximas", diz.

Enfraquece a imunidade

É durante o sono que acontecem diversos processos em nosso organismo, dentre elas a produção de anticorpos. De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (EUA), dormir pouco reduz a função imune e o número de leucócitos, células responsáveis por combater corpos estranhos em nosso organismo. Segundo a pesquisa, quem dormia quatro horas por noite por uma semana tinham os anticorpos reduzidos pela metade, quando comparados aqueles que dormiram até oito horas. 

Altera o funcionamento do metabolismo

As mudanças no ciclo do sono podem atrapalhar a síntese dos hormônios de crescimento e do cortisol, já que ambos são produzidos enquanto dormimos. "Os maiores efeitos dessa deficiência são despertar cansado, a dificuldade de raciocínio e a ansiedade, que podem interferir na realização de tarefas do cotidiano, levando a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito, indisposição física, irritabilidade e sonolência", diz a endocrinologista Alessandra.

Leva ao envelhecimento precoce

Durante o sono, produzimos hormônios "rejuvenescedores", como a melatonina e o hormônio do crescimento. "Esses hormônios exercem funções reparadoras e calmantes para a pele, e a falta de sono impede que o corpo descanse adequadamente", afirma a endocrinologista Alessandra. Os maiores resultados disso são uma pele sem viço e com olheiras. O estresse provocado pela falta de sono também favorece o aparecimento de rugas.

Interfere na produção de insulina

Pessoas com diabetes que tem um sono insuficiente desenvolvem uma maior resistência insulínica, tornando o controle da doença mais difícil. É o que afirma um estudo feito pela Northwestern University, dos Estados Unidos. Os pesquisadores concluíram que portadores de diabetes que dormem mal tinham 82% mais resistência à insulina que os portadores com sono de qualidade. Além disso, a falta de sono adequado pode favorecer o aparecimento de diabetes tipo 2 em quem não tem a doença. "É durante o sono que o corpo estabiliza os índices glicêmicos, por isso quem não tem um sono de qualidade sofre com o descontrole do nível de glicose, podendo desenvolver diabetes", explica a endocrinologista Alessandra.

Desregula a pressão arterial

A neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz, explica que a dificuldade em descansar durante a noite é equivalente a um estado de estresse, aumentando a atividade da adrenalina no corpo. "Uma noite mal dormida deixa o organismo em estado de alerta, aumentando a pressão sanguínea durante a noite", explica a especialista. Ela afirma que com o tempo essa alteração na pressão sanguínea se torna permanente, gerando a hipertensão.

Afeta o desempenho físico

"Um sono incompleto é uma das principais causas de fadiga ou baixo desempenho motor", afirma o neurologista André. Quando dormimos profundamente e sem interrupções, nosso corpo começa a produzir o hormônio GH, responsável pelo nosso crescimento, e que começa a ser sintetizado só 30 minutos depois de começarmos a dormir. "O hormônio do crescimento tem como funções ajudar a manter o tônus muscular, evitar o acúmulo de gorduras, melhorar o desempenho físico e combater a osteoporose", explica a endocrinologista Alessandra.

Prejudica o humor

"A falta de sono faz com que o cérebro não descanse plenamente, prejudicando a comunicação entre os neurônios", explica o neurologista André. E os neurônios são os responsáveis por produzir os neurônios relacionados ao nosso bem-estar, como a serotonina. "Por isso que um sono deficiente impacta o nosso bom-humor de forma direta, podendo até favorecer quadros de depressão."

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Fonte: Minha Vida
Texto: Carolina Gonçalves
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