quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Muito refrigerante pode provocar paralisia

Depois de notarem um aumento no número de pacientes com problemas musculares, médicos emitiram um aviso sobre consumo excessivo de bebidas de cola, de acordo com a edição de julho da revista científica International Journal of Clinical Practice (IJCP).

O médico Dr. Moses Elisaf do Departamento de Medicina Interna da Universidade de Ioannina, Grécia, afirma que estamos consumindo muito mais refrigerantes do que antigamente. Isso acarreta uma série de problemas como desmineralização dos dentes, síndrome do desenvolvimento metabólico, diabetes e problemas dentários.

Há evidências de que o consumo excessivo de cola pode levar a hipocaliémia, uma doença onde o nível de potássio cai, causando um efeito adverso nas funções vitais dos músculos. Os sintomas podem variar de fraqueza a paralisia profunda. Os casos de estudos eram pessoas que consumiam de dois a nove litros de cola por dia. Os ingredientes presentes no refrigerante que causam a doença são: glicose, frutose e cafeína.

O tratamento é simples, todos os pacientes que participaram do estudo do Dr. Elisaf tiveram recuperação total depois de suspenderem o consumo de cola e tomaram suplementos de potássio intravenoso. Mas apesar disso, a doença os deixa mais suscetível a potenciais complicações fatais, como batimento cardíaco irregular.

Em 2007 o consumo anual de refrigerantes ao redor do mundo alcançou o nível de 552 bilhões de litros, o equivalente a mais de 80 litros por pessoa por ano. E isso ainda tem projeção para aumentar para 95 litros por pessoa por ano até 2012. Porém olharmos para os Estados Unidos, o consumo já atingiu a 212 litros por pessoa.

Médicos acreditam que bebidas de cola devem estar na lista de drogas e substâncias que podem causar doenças. Bem como a indústria de refrigerantes deve promover o uso moderado de seus produtos e incentivar a prática de atividades físicas.

Fonte: [Science Daily] via http://hypescience.com

O faraó epiléptico

Tutancâmon morreu de uma doença que o deixou com seios proeminentes? O cirurgião britânico Hutan Ashrafian, do Colégio Imperial de Londres, acredita que o faraó do antigo Egito, famoso pela sepultura encontrada quase intacta em 1922, tinha um desequilíbrio hormonal gerado por uma epilepsia do lobo temporal. O problema também lhe causava alucinações à luz do Sol, o que pode justificar a lenda de que tinha visões religiosas.

A morte do faraó, há 3 mil anos, já foi alvo de diferentes versões. Assassinato, lepra, picada de cobra e até a queda de uma biga. Para Ashrafian, porém, o segredo pode estar nos "seios" da múmia.

O tipo de epilepsia que lhe dava uma forma feminina pode tê-lo matado. Já a possibilidade de uma queda foi reforçada devido a recentes exames raios X que mostram ossos quebrados do corpo.

O cirurgião diz que esculturas e pinturas do faraó, além das de quatro homens próximos, mostram que eles possuíam seios e também quadris largos. Ele argumenta que todos morreram jovens, o que pode sugerir algum tipo de condição hereditária.

Ashrafian também encontrou pistas de associações entre dois dos faraós estudados com relatos de visões religiosas. O crescimento das mamas nos homens é denominado ginecomastia. No período de Tutancamôn, tinha-se poucas informações sobre o problema.

Fonte: Globo - Ciência