quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como começou a Internet

Dwight D. Eisenhower
Se você mencionar a história da Internet a um grupo de pessoas, é bem provável que alguém faça um comentário jocoso sobre a suposta contribuição de Al Gore à sua invenção.

De fato, Gore afirmou que "tomou a iniciativa de criar a Internet" (fonte: CNN). Ele promoveu o desenvolvimento da rede mundial como senador e como vice-presidente dos Estados Unidos. Mas como a Internet realmente começou?

Acredite ou não, tudo começou com um satélite.

Em 1957, a União Soviética lançou o Sputnik, o primeiro satélite fabricado pelo homem. Os americanos ficaram chocados com a notícia. A Guerra Fria estava no auge, e os dois países se consideravam inimigos. Se os russos era capazes de lançar um satélite no espaço, também poderiam lançar um míssil sobre os Estados Unidos.

O presidente Dwight D. Eisenhower criou a Agência de Projetos de Pesquisa Avançados (ARPA) em 1958, em uma resposta direta ao lançamento do Sputnik. O objetivo da ARPA era proporcionar aos Estados Unidos uma vantagem tecnológica sobre os demais países, e uma parte importante de sua missão era a ciência da computação.

Na década de 1950, os computadores eram equipamentos enormes que enchiam salas inteiras. Tinham uma fração da capacidade de processamento de um PC moderno. Muitos computadores só podiam ler fitas magnéticas ou cartões perfurados, e era impossível fazer os computadores trabalharem em rede.

A ARPA se propôs a fazer isso e se aliou à empresa Bolt, Beranek and Newman (BBN) para criar a primeira rede de computadores. Ela deveria conectar quatro computadores que rodavam quatro sistemas operacionais diferentes, e foi batizada de ARPANET.­

Sem a ARPANET, a Internet não seria como a conhecemos hoje – talvez sequer existisse. Embora outros grupos trabalhassem para criar redes, a ARPANET estabeleceu os protocolos usados na Web hoje. Além disso, sem a ARPANET, talvez levasse muitos anos até alguém tentar conectar redes regionais a um sistema maior.

Domando a Internet

Várias organizações e comitês foram criados para dar forma à Internet atual, entre eles, o Internet Activities Board, o Federal Research Internet Coordinating Committee e o Federal Networking Council, entre outros. Estes grupos trabalharam juntos para estabelecer regras e padrões que possibilitaram a interligação entre redes de computadores.

Fonte: Discovery

Doações corporais

— Em minha opinião, cada pessoa devia ter dois corações! — e com tal declaração, desceu no aeroporto de Londres o Professor Wladimir Demikhov, cirurgião soviético que se prepara para enxertar em uma paciente de 20 anos de idade a perna de uma mulher morta.

O Professor é bárbaro, nesse negócio de enxertar na base do toma lá, dá cá. Foi ele que fez o primeiro cachorrinho com dois corações, foi ele que inventou o primeiro cachorrinho com duas cabeças e é ele quem admite, para um futuro próximo, pessoas com dois corações, para que sejam melhor distribuídos a função e o cansativo trabalho do chamado propulsor.

Está claro que o Professor Wladimir não pensa em fazer monstros e quer colocar órgãos duplos para casos especiais. Sua ciência evolui para um lado verdadeiramente consagrador, qual seja a de uma pessoa mutilada herdar de uma pessoa recém falecida o pedaço que lhe falta, seja perna, braço, olho ou nariz. Isto, no entanto, não impediu que o abominável Primo Altamirando tenha escrito ao distinto sábio soviético, pedindo que lhe arranje uma mulher com quatro coxas.

Mas, voltemos ao Professor. Além de achar que cada pessoa deve ter dois corações, Wladimir Demikhov assegura que tal coisa não é impossível:

 — Sei que isto se afiguraria improvável, mas as viagens à Lua também pareciam improváveis, não faz muito tempo — afirmou ele.

E diz que a humanidade ganhará muito, no dia em que uma pessoa que tenha orelhas muito bem formadinhas puder deixar, para um amigo de orelhas feias, seu par de pavilhões auriculares. E que beleza não será alguém de perna sadia, ao morrer, deixar de herança para um amigo aleijado a perna que lhe falta.

E os olhos dos que vêem para os cegos de nascença, um braço para quem só tem um, cabelo para os carecas, mãos para os manetas, dedos para os dedetas e assim sucessivamente, cada um legando aquilo que já não lhe poderia ter valia para o amigo tão necessitado.

Que o sonho do sábio russo se transforme logo em realidade, porque se for o caso de sermos convocados por Deus antes de Ibrahim Sued, queremos deixar nossa cabeça para ele usar no tempo de vida que lhe sobrar, para uma completa reabilitação.

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Fonte: Tia Zulmira e Eu  - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.