quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Hércules, o Dinamitador

Dono de um canhão no pé esquerdo e de um torpedo no direito. Assim o ponta-esquerda Hércules de Miranda era conhecido e temido pelos adversários. Hércules começou a jogar na várzea paulista, passando em seguida a vestir as camisas do Juventus e do São Paulo da Floresta. Mas a fase mais gloriosa de sua carreira aconteceu no Fluminense, onde se tornou o artilheiro da campanha do tricampeonato de 1936, 1937 e 1938 com 56 tentos. Tudo graças principalmente aos seus gols de falta, cobrados de qualquer lugar do campo. O Dinamitador jogou seis vezes pela Seleção, marcando três gols.

Hércules de Miranda nasceu na cidade mineira de Guaxupé em 02/07/1912, e faleceu no Rio de Janeiro em 03/09/1982. Conhecido  como "O Dinamitador" tinha, segundo o cronista Geraldo Romualdo da Silva, do Jornal dos Sports, "um canhão no pé esquerdo e um míssil no direito".

A torcida carioca o viu pela primeira vez no dia 7 de janeiro de 1934, em São Januário, onde cariocas e paulistas decidiram o título brasileiro e ele fez o gol da vitória paulista na prorrogação, depois do empate por 1 x 1 no tempo regulamentar.

Hércules, que tinha passe livre depois que o São Paulo da Floresta se dissolvera, foi então contratado pelo Fluminense. Sua carreira começara na várzea paulista, e de 1930 a 1933 ele jogara no Juventus, de onde Paulo Machado de Carvalho o levou para o São Paulo. Houve a dissolução do clube e Hércules passou a atuar no Independente, time de exibição em São Paulo, ao lado de Friedenreich, Araken e Orozimbo.

Para jogar no Flu, recebeu 10 contos de réis, uma fortuna na época, e passou a formar um grande elenco com Batatais, Ernesto Santos e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Russo, Gabardo e Vicentini.

Propaganda de 1938
O apelido Dinamitador pegou em 1936, quando o chute forte o consagrou definitivamente no Rio de Janeiro, graças a seus gols de falta. Em 1938, Hércules foi à Copa do Mundo, na França, mas o auge de sua carreira aconteceu no tricampeonato de 1936, 37 e 38, quando se tornou o artilheiro absoluto da campanha com 56 gols (23, em 1936; 23, em 1937; e 10, em 1938). Em 1940, foi de novo o artilheiro do time com 12 gols. Pelo clube fez 164 gols em 176 jogos.

Em 1941, teve seu último ano de glória no Fluminense: surgiu Carneiro, que passou a dividir com ele a ponta-esquerda, e em 1943 Hércules, que encerrou a carreira cinco anos depois, pediu para ser vendido ao Corinthians - onde jogou ao lado de seu amigo Domingos da Guia, um dos zagueiros que mais trabalho tiveram para marcá-lo.

Fontes: Revista Placar; Flumania; Wikipédia.