segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma tarde na SANTUR

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Hoje fomos visitar a SANTUR, um parque realmente maravilhoso onde encontramos um complexo museu oceonográfico e um razoável jardim zoológico! Uma tarde divertida neste domingo...

Fundado em 1981, o Parque da Fauna Flora e Gea Parque Cyro Gevaerd, Zoológico da SANTUR, em Balneário Camboriú é um dos mais completos do Estado. Devido ao seu fácil acesso junto à BR 101, visitá-lo se torna uma oportunidade rara para conhecer várias espécies de animais e plantas e ainda ver de perto o trabalho de preservação e pesquisa desenvolvido no zoológico.

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Ocupando uma área de 39.000 metros quadrados em sua maior parte coberta por Mata Atlântica, o zoológico do parque é uma ótima opção de turismo com educação ambiental e contato com a natureza.

O Parque está distribuído da seguinte forma: Mundo das Aves, Terrário Aquário, Tartarugário, Museu Oceanográfico e Arqueológico, do Pescador, Minicidade e minifazenda.

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Desenvolve o projeto "Escola no Zôo" um programa educativo que tem por finalidade a sensibilização através do conhecimento adquirido durante a visita ao zoológico, atendendo estudantes das redes públicas e particulares, portadores de necessidades especiais e melhor idade do Estado de Santa Catarina.

Horário de atendimento no verão: das 9 às 19:30 horas e na baixa temporada (período de 01/03 a 30/11) é das 9 às 17:30 horas.

O parque está situado em Balneário Camboriú/SC, à BR-101 – km 137.

Fonte: Santur

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Coereba flaveola com laranja

IMG_5315 - Cambacica

São Jorge sem cavalo

Na imagem de São Jorge no altar da igreja de Vígolo, no Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento, Santa Catarina, o santo guerreiro aparece sem o seu cavalo... (???)

Tem coisas que parecem inseparáveis: avião sem asa e fogueira sem brasa viraram música; circo sem palhaço e namoro sem abraço, também; São Jorge e seu cavalo branco, inclusive. Mas a parceria não é tão inseparável assim. Pelo menos na igreja de Vígolo, no Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento.

Lá, São Jorge enfrenta o dragão no chão. Aparece com os pés no lombo do monstro e com a lança de aço na boca do bicho.

Não chega a ser uma demanda. Mas a falta do cavalo gera questionamentos entre os visitantes. Afinal, trata-se de um santo guerreiro que, pelo sincretismo popular, conquistou altares católicos e gongás umbandistas.

– Eu acho este aqui mais valente. No cavalo é mais fácil enfrentar a fera, assim parece mais forte e protetor das pessoas – avalia Aparecida Cruzato, moradora de Curitiba (PR).

– Só se ele (o santo) veio a cavalo, mas desceu quando viu o monstro dominado – brinca Regina dos Santos, de São José.

Irmã Ilze Meis, que mora na área do santuário, diz que não existem dados sobre a origem da imagem. Mas, algumas informações do prédio, que se chamaria Capela de São Jorge, sugerem caminhos.

A obra foi construída pelos moradores do distrito entre 1876 e 1879. Antes da conclusão, os planos mudaram: o padre Marcello Rochi decidiu por uma nova igreja. Enquanto era esculpida uma gruta em homenagem à Nossa Senhora de Lourdes, a capelinha de São Jorge vinha abaixo.

Fonte: Diário Catarinense, de 9 de agosto de 2009.

Igreja de Vígolo

No início foi dedicada a N. Sra. de Lourdes
No período de 1876 a 1879, construiu-se na região de Vígolo , Nova Trento, Santa Catarina, a Capela de São Jorge, onde os moradores da região foram responsáveis pela obra. Que já no ano de 1879, recebe Pe. Servanzi que realiza durante oito dias uma santa missão, neste período ele também benze com grande solenidade a mesma capelinha.

Antes mesmo de concluir a obra de construção da capela os moradores da região planejaram a construção de uma bela Igreja, e com o apoio do Pe. Marcello Rochi iniciaram a construção. Por motivação e devoção do sacerdote a Nova Igreja foi dedicada em honra a Nossa Senhora de Lourdes.

No ano de 1888, chegou da França a imagem da Virgem de Lourdes, que ficou na Igreja de Nova Trento até dia 11 de fevereiro de 1889. “Em 11 de fevereiro de 1890, depois de um tríduo de preparação inaugura-se a Gruta e colocaram nela a Imagem da Virgem Imaculada de Lourdes” (Cf. Madre Doroteia, Ic. P.22)

Neste mesmo período que se inaugura a gruta é feito a demolição total da Capelinha de São Jorge, onde em seu lugar é erguido o Santuário. “Após poucos anos, conseguiram levantar o Santuário dedicado a Nossa Senhora de Lourdes”. (Cf. Madre Doroteia, Ic. P.22)

No dia 11 de fevereiro do ano de 1895 conforme descreve o Diário Della Residenza, foi feito a benção do novo Santuário. “Bem cedo, muita gente foi a festa da Virgem de Lourdes. Estava lá desde a tarde anterior o Pe. Manardi. Foi ainda o Pe. Parisi para ajudá-lo nas confissões. Mais tarde, foram os padres Sabbatini e Rocchi. A missa foi cantada “interzo” com o acompanhamento da (banda) de música de Nova Trento.

Benzeu-se o no Santuário, levou-se em procissão a Estátua da Imaculada. Todas as filhas de Marias de várias valadas. Entramos na Igreja, o Pe. Rocchi disse algumas palavras ao colocar a estátua no nicho da gruta. Todo o povo replicou três vezes “E viva Maria”. Depois, no Evangelho, pregou o Pe. Manardi. Após a missa, seguiu-se a benção do Santíssimo Sacramento.

No dia 19 de outubro do ano de 1991, um dia após a beatificação de Madre Paulina, é colocada a imagem da beata, e o lugar histórico passa a receber muitos romeiros que chegavam a Vígolo para agradecer a Deus pela intercessão de Madre Paulina e para fazer seus pedidos.

Dom Eusébio Oscar Scheid, então Arcebispo de Florianópolis da época, no dia 09 de julho de 1998, data comemorativa a festa litúrgica de Madre Paulina, tornou público a Igreja de Vígolo como Santuário Madre Paulina, até ser construído o novo Santuário em honra a Bem aventurada Madre Paulina.

IMG_5164 - Igreja de Vígolo

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conto de Natal

Era um Papai-Noel mais subdesenvolvido do que - digamos - o Piauí. Uma barba mixuruquíssima, rala, encardida, que ele acabou por puxar para debaixo do queixo, na esperança de diminuir o calor.

Sim, porque fazia calor.

A calçada refletia por debaixo das calças dos transeuntes o seu bafo quente, o que ocorria também por debaixo das saias das passantes, mas esta imagem é mais refrescante e talvez não dê ao leitor a idéia do calor que fazia. A turba ignara ia e vinha, carregada de embrulhos, vítima da desonestidade dos comerciantes, mas, ávida de comprar presentinhos.

E o Papai Noel avacalhado ali na esquina, badalando. Era um sininho de som fino, que ele badalava meio sem jeito, como se estivesse disfarçando alguma coisa sem aquela dignidade de badalar de sino dos verdadeiros Papais-Noeis.

Também a roupa era mixa! A blusa não tinha aquela vermelhidão dos Papais-Noeis de capa de revistas. Nunquinha Madalena. Era cor-de-rosa, daquele cor-de-rosa das camisas que usam componentes de blocos de sujo, no Carnaval carioca. Isto, inclusive, talvez fosse verdade: aquele Papai-Noel era tão vagabundo que era bem possível que tivesse aproveitado o uniforme do Carnaval anterior, para o Natal.

Tia Zulmira, protegida pela sombra de uma marquise, aguardava condução e observava o Papai Noel. Observava, por exemplo, que o Papai-Noel usava tênis (bossa nova natalina), observava que o Papai-Noel não fazia anúncio de coisa nenhuma, ao contrário de seus coleguinhas de outras esquinas, que traziam às costas grandes cartazes coloridos com os nomes das lojas da cidade.

A velha, num lampejo, percebeu tudo. Viu logo que, naquele Papai-Noel, tinha truque. E, apenas para confirmar a sua teoria, abriu a bolsa, retirou um pedaço de papel e escreveu:

— 500 cruzeiros no grupo do gato — 1.675 pelos sete lados... NCr$ 200,00 — centena 463 (invertido) . . . NCr$ 150,00.

Enrolou o papelzinho no dinheiro correspondente e, saindo de debaixo da marquise, passou disfarçadamente pelo Papai-Noel e espalmou na sua mão a fezinha. Papai Noel apanhou tudo e disse baixinho:

— Obrigado, minha senhora. Um bom Natal para a senhora também.


Fonte: Texto extraído do livro "Dez em Humor", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968, pág. 50.