sábado, 25 de março de 2006

Tempos difíceis

Já gozei de boa vida
tinha até meu bangalô
cobertor, comida,
roupa lavada,
vida veio e me levou.
(O Velho Francisco - Chico Buarque)

Ontem tivemos no bar uma cena constrangedora.

Cheguei atrasado, e esqueci de fechar a caixa do violão e encostá-la à parede, como costumo fazer. Numa mesa próxima ao pequeno tablado - o qual chamamos, meio com ternura, meio com ironia, de palco - estavam sentados alguns homens de meia-idade, todos engravatados. O bar fica numa área de muitos escritórios, e é comum aparecerem estes grupos por lá. Chegam para o happy hour e sentem-se meio deslocados. Fazem muito barulho e são os que ignoram os músicos mais ostensivamente.

Pois então, estavam lá os homens de negócio com sua bablbúrdia habitual e eu tocando Samurai, do Djavan. Ao terminar a música, o mais bêbado deles veio cambaleando e jogou uma nota de cinco reais na caixa do violão. Fiquei sem reação nenhuma: Não sabia se era alguma brincadeira besta ou se ele acreditava mesmo que era para isso que a caixa estava ali. O silêncio que se seguiu - denso e incômodo - foi quebrado pela voz do Preto Velho:

- Toca Rosa, filho.

O Preto Velho aparece todas as sextas-feiras. Vem sempre de terno branco e chapéu, pede uma cerveja que leva uma eternidade para terminar e pede sempre alguma música da velha guarda. Eu atendo na medida do possível, já que canções assim não são muito freqüentes em meu repertório, embora as aprecie. E quando eu toco a música pedida, ele acompanha apenas movendo os lábios, de olhos fechados. Uma ou duas vezes eu acho que o vi chorando.

Não sei nada sobre ele, e nem sei se quero saber. O olhar dele quando termino uma de suas músicas é melhor que qualquer aplauso. E agora devo mais essa a ele, me fez até esquecer do acinte que foi o dinheiro jogado a mim, como se eu fosse uma foca amestrada ou coisa assim.

Mas confesso que depois de tocar, parte de mim ficou esperando que o homem viesse me trazer outra nota. Não me censurem, são tempos difíceis.

Fonte: Chicote Verbal

O veleiro na Barra Sul


Veleiro na Barra Sul, Balneário Camboriú, SC, originally uploaded by Blog do Papa-Siri.

Robô-escravo powered by Microsoft

Uma mulher está na cama com seu amante. Em plena ação, um barulho na fechadura da porta os assusta. Como todos sabem, os apartamentos modernos não tem espaço embaixo da cama, o beiral é ridículo e a varanda inexistente. Para piorar, ela mora no 12º andar. Sem se abalar, ela diz:

- Fique aí, de pé, imóvel e não fale nada.

O marido chega:

- Surpresa de me ver, querida? Meu vôo foi antecipado e eu acabei a reunião mais cedo.

Quando ele vê o tipo pelado, em pé no quarto, pergunta:

- O que é isso?

A mulher:

- Eu acabei de recebê-lo, é meu robô-escravo sexual "powered by Microsoft". Ainda tem cara de Bill Gates, você não acha? Como você está sempre viajando, em reuniões... eu não sei o que você faz quando está sozinho no seu quarto de hotel... Ele é como um vibrador, em tamanho grande. Você não preferiria que eu transasse com o bombeiro ou o vizinho, não é?!

O marido:

- Deixa isso de lado, estou com um a vontade louca de ter você...

Ela, que já se esbaldou com o amante, retruca:

- Não, querido, estou morrendo de dor de cabeça...

- Merda, é sempre assim... Bom, estou com fome também. Você faria uma omelete para mim? Por favor...

- Claro, querido!!!

Olhando o robô, ele pensa: "O que é bom para ela é bom para mim...". Já com as calças abaixadas, ele decide comer o amante azarado! Neste momento uma voz metálica diz:

- Er-ro de sis-tema, en-tra-da re-ser-va-da USB.

- Robô filho da mãe! - diz o marido louco de raiva e já o colocando sobre os ombros para jogá-lo pela janela...O amante, apavorado, envia nova mensagem:

- Win-dows XP re-inicia-li-za-do - Quei-ra ten-tar nova-mente ...

sábado, 11 de março de 2006

Por que você não morre?

Acordou com a sensação vaga de que tinha sonhado novamente com ele. Merda. Dessa vez um sonho daqueles que não se consegue lembrar nada, fica só um gosto estranho na boca, uma ressaca amanhecida, um anexo indecifrável de memória ao corpo que pesa como reboque. Foi ao banheiro escovar os dentes e a presença dele parecia vesti-la no lugar do roupão, uma tatuagem em alto relevo que lhe ardia a pele.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Tomou café na frente do computador abrindo os mails. Lá nem tão no fundo, a esperança de que entre os remetentes, na caixa de entrada repleta, estivesse o nome dele. Um convite. Um oi. Uma mensagem qualquer encaminhada. Uma corrente de felicidade - ele não era disso. Mas não.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Terminou de se arrumar, maquiagem, cabelo, um casaco caso esfrie, os papéis pro escritório, o livro que Margareth pediu emprestado e o olhar na estante procura o livro que ele lhe deu. Ganas de abrir e olhar a dedicatória, o formato da letra absolutamente lindo, perfeito, a frase que tinha lhe escrito meses antes e que não era uma declaração de amor, mas era muito mais do que ela imaginaria ver escrito por ele. Resistiu.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Antes de sair, uma passada no banheiro para espirrar perfume. O mesmo que ele lhe dera dois anos antes e cujo frasco, já vazio, morava no fundo da prateleira. Pensou em jogar fora.

Me faz um favor? Por que você não morre?

No escritório, as horas voaram, mas o pager ficou aberto. Vez que outra, ela espiava para ver se por acaso o ícone que o representa não mudava de Off para Online. Mas não. Também não chegou nenhum mail dele. Raios de esperança renitente.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Foi almoçar sozinha. Na dúvida sobre a que restaurante iria, seus passos a levaram refém ao Bistrô da praça. Sentou-se e o prato do dia era filé recheado de tomates secos. O mesmo que dividiram na vez que almoçaram ali. Ele tão elegante no terno verde escuro. A briga pelos pães do couvert. Ele encantador falando de boca cheia. A mão sobre a dela num lugar público.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Na volta ao escritório, passou por alguém com o mesmo perfume dele. O cheiro dele. Entre a tontura e o arremesso de volta ao aconchego do seu peito, a boca se enche de saliva. Nunca havia salivado ao sentir o cheiro de ninguém, a não ser o dele. E agora, ali, no meio da rua, alguém com o mesmo perfume.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Saiu mais cedo e passou no supermercado. Frutas, pão, café, queijo, iogurte. Ele costumava abrir a geladeira da casa dela para ver o que tinha. Sempre fazia um inventário em voz alta, comentava o inusitado de algumas coisas, como sua geladeira era bem fornida. Bem fornida, aliás, era expressão dele. Suas ancas eram bem fornidas. Pegou quase sem pensar a cerveja da sua marca preferida.

Me faz um favor? Por que você não morre?

Foi para casa, jantou, ouviu músicas. Resolveu não resistir mais aos pensamentos insistentes e ouviu todas as músicas que faziam referência direta a ele. Todas. Uma por uma. Chorou alto como um criança. Um choro de machucado, de ferimento, um choro que pede um colo negado. Sentou-se no chão, braços ao redor do corpo buscando um abraço de si mesma e embalou-se para se consolar. Lágrimas grossas escorriam pelo rosto cada vez mais inchado, cada vez mais quente. Dormiu sem forças e com a cabeça latejante.

O telefone toca no fundo do fundo do fundo da madrugada de sono quase uma sirene um alarme uma buzina e outra e outra e outra e outra vez alguém voz conhecida talvez uma ex-colega de faculdade talvez talvez lhe diz que ele está morto morto ele morto morto como acidente de carro um acidente horrível horrível diz a voz metálica hoje velório agora ela ouve um choro de criança ao fundo uma criança chorando quer vê-lo precisa vê-lo morto noite muito escura uma madrugada de breu e ruas que se enlaçam se dividem sobem e descem e o portão da capela do cemitério está encostado nem fechado nem aberto ela entra sem pernas e sem pés e não vê o rosto de ninguém não sabe se é vista ou se sabem que ela está ali quem é porque veio o caixão no meio da sala escura é grande e escuro e nele dentro dele terno verde escuro ele morto de terno verde escuro ela aproxima-se devagar lenta cuidadosa como se obedecesse a um ritual as pessoas de dentro da sala conversam entre si em voz baixa mas não têm olhos nem bocas ela chega perto o suficiente e sente seu perfume o mesmo perfume de sempre o perfume do homem que passou na rua e saliva quer beijá-lo não pode ele ali deitado morto não parece morto não pode beijá-lo em público morreu onde estariam a mulher e o filho a mulher e o filho onde estavam eles agora que ele estava morto ela teme que eles a vejam sobre o corpo dele e desconfiem do que ela era do que foram lhe ocorre uma piada de mau gosto vergonha culpa uma dor lhe mói os ossos.

No outro dia não foi trabalhar. Ligou para a empresa e avisou que não passava bem. Tomou um calmante e dormiu, e assim a sexta-feira emendou com um final de semana onde a chave da porta do apartamento não foi girada nenhuma vez. Comeu pouco, tomou muitos analgésicos para dor de cabeça. Chorou litro e litros. Não atendeu telefone. Não tomou banho. Era um animal lambendo feridas. Teve vontade de morrer, de sumir, de dormir para sempre.

Na manhã da segunda-feira, levantou-se e decidiu viver. Os colegas comentaram seu aspecto bem ruim. Não viram nada. Viveria um dia de cada vez a partir de hoje, e assim passaram-se muitas segundas e terças, muitas quartas e quintas, muitas sextas, sábados e domingos até que ela o encontrasse na rua com a mulher e o filho, já bem crescido e parecido com ele. Cumprimentaram-se. Ele perguntou como ela ia. Ela respondeu que muito bem. Parabenizou pelo filho, lindo. A mulher afastou-se por um instante para pegar o menino que ia mexer em qualquer coisa suja. Ele disse que tentara ligar, mas o número tinha mudado. Ela olhou para ele um instante e disse:

- Me faz um favor? Porque você não morre?

terça-feira, 7 de março de 2006

Memórias de um não folião

Eu abomino carnaval. A minha idéia de inferno? Ter que assistir eternamente a desfiles de escolas de samba na avenida. Se alguém quiser me torturar e arrancar meus segredos mais íntimos, é fácil. Basta me amarrar e me fazer ouvir por alguns minutos um CD de samba enredo. Depois de umas três daquelas músicas repetitivas e insuportáveis, eu confesso minha participação no esquema do mensalão, reconheço minha culpa na conspiração para matar Kennedy e admito que ajudei nos atentados de 11 de setembro.

Minha aversão pelo carnaval começa pelos carros alegóricos. Onde os comentaristas da Globo vêem beleza e criatividade, eu enxergo apenas mau gosto e breguice. Nada mais kitsch do que a águia da Portela.

Os temas escolhidos pelos carnavalescos são sempre originais e imprevisíveis. Quantas vezes você já viu alguma escola de samba mostrando o sofrimento dos negros no Brasil? As belezas naturais do país também estão sempre lá, assim como homenagens constrangedoras a personagens históricos. Neste ano, duas escolas falam de Santos Dumont. Mas há também as que preferem ousar. Uma escola de São Paulo, por exemplo, decidiu tratar dos 250 anos de nascimento do Mozart. Pobre Wolfgang. Nem Salieri pensaria numa vingança tão horrível. (…)

Escrivã da delegacia da mulher

O único requisito era teclar rápido e ser mulher. Ninguém disse nada sobre discrição, mas eu era. A vítima podia narrar o que fosse, eu não me abalava. Ia teclando.

A história sempre começava bem:

- Ele tentou me matar.

Daí, caía no choro. Eu digitava: "choro" e cruzava os braços. Quando a vítima voltava a falar, eu voltava. Vinham os detalhes. A história padrão era homem bêbado que chega em casa nervoso e bate sem motivo. "Mais choro".

Até aí era sempre igual. Eu cruzava os braços, abria uma revista e esperava. Então vinha o motivo. Variavam entre: "ele acha que sou vagabunda", "ele acha que escondo dinheiro dele", "ele acha que vou fugir com as crianças".

A delegada pressionava mais um pouco e então sim, eu vibrava a cada toque. "Esperei ele dormir na rede, peguei linha e agulha e costurei ele lá dentro. Daí peguei a faca de cozinha e fui embalando o Zé. Conforme a rede vinha eu mexia a faca um pouquinho pra cá ou pra lá."

Quarenta e nove facadas. Deixava o expediente deprimida. Como escritora, jamais seria capaz de imaginar algo assim.

Fonte: 73 Subempregos

Pop-up Webstats no Blogger

O Blog do Papa-Siri acaba de ganhar uma janelinha pop-up. Descobri que essa janela irritante é originária do contador de acessos "webstats4u basic" que instalei aqui. Depois de alguma pesquisa encontrei o blog Dentist que esclareceu tudo. Não vou alterar o código javascript do contador de acessos do webstats. Vou apagá-lo completamente. Como diz abaixo a mensagem do Dentist: good bye para Webstats4u basic.

Webstat (Netstat) Basic Tracker, http://ilead.itrack.it. I have just recently discovered an occasional pop-up associated with my blogpages, after googling the pop-up URL, ilead.itrack.it, and reading several forums, it turned out to be my long-used website counter. Since I have used their service for quite a long time and I have been so far satisfied, I will not remove the Javascript code from my template now, but if gets more frequent and annoying I will have to say goodbye to Webstats4u basic.

Sócrates e a fofoca

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro (1) que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?

Arremata Sócrates:

- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão irão nos beneficiar. Caso contrário esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Fonte: Textos legais

(1) : Sócrates não poderia estar lendo um livro. Não existiam livros na Grécia Antiga. Os chineses é que inventaram isso! ... na Internet tem cada bobagem!

A história ou “estória” parece iguais a aquelas mensagens que todo mundo que tem e-mail recebe pela rede. Se esta conversa aconteceu ou não, não importa. Mas o fato é que a “fofoca” realmente pode destruir relacionamentos, acabar com uma vida... É uma m...! Perdão, caros leitores... Mas é isso mesmo.

Um pouquinho do nosso filósofo: Sócrates viveu em Atenas, 400 anos a.C. mais ou menos e num momento da sua vida terá começado a interessar-se sobre o conhecimento de si e do homem em geral. Á sua volta começam a formar-se um grupo de discípulos e amigos, entre os quais se destacam Platão, Alcibíades, Xenofonte, Antístenes, Critias, Aristipo, Euclides de Megara e Fédon. Depois de uma vida inteira dedicada a interrogar os seus concidadãos, em obediência a uma voz interior (daimon) é acusado de corromper os jovens contra a religião e as leis da cidade. Condenado por um tribunal popular a beber cicuta morre numa prisão, rodeado de amigos e discípulos.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Camisinha sob medida

Uma empresa alemã está planejando vender preservativos desenhados para servir perfeitamente a cada cliente. As camisinhas feitas sob encomenda são invenção do empresário Oliver Gothe, 36 anos, dono da companhia Lebenslust (Luxúria para Vida), da cidade de Colônia.


Gothe usa uma máquina que mede cada pênis para produzir uma imagem computadorizada em 3D. A partir daí, o consumidor pode escolher a grossura do material da camisinha e detalhes extras, segundo o site Ananova.

"Estes preservativos servirão tão bem que você dificilmente notará que está vestindo um. Nós podemos fazê-lo mais fino ou muito grosso e enfeitá-lo com sua própria assinatura ao redor da base", anuncia Gothe.

Mas o preço é bem broxante: o consumidor interessado deve gastar cerca de R$ 2,2 mil para um "grande, mas não especificado, número de camisinhas" feitas sob medida.

domingo, 5 de março de 2006

O Veleiro do Capitão Gancho


Barra Sul, originally uploaded by Blog do Papa-Siri. Domingo, dia 5 de março, 3 hs da tarde. O veleiro do Capitão Gancho que faz passeios turísticos pelas imediações do balneário. No momento, ancorado no píer do rio Camboriú, na Barra Sul, Balneário Camboriú, SC.

A linda Barra Sul, Balneário Camboriú

Hoje a tarde está ensolarada com poucas nuvens e resolvi sair da minha toca e caminhar pela orla marítima do balneário mais famoso até a Barra Sul, onde o rio Camboriú, tão límpido e inodoro (límpido e inodoro? Mais sujo que passado de político!) deságua no mar, e onde é o principal ponto de partida dos barcos, helicópteros de passeio e píer das lanchas de turismo. Também se situa aí a Estação Barra Sul, partida do teleférico que une duas praias onde podemos passear de bondinho aéreo. Realmente, um luxo! E o que nenhum anúncio turístico informa: aí se situa também um atracadouro para uma velha lancha que faz serviço de travessia do rio para a gente dos dois municípios (Camboriú e Balneário Camboriú).


Barra Sul. Travessia do rio Camboriú: a lanchinha acaba de chegar trazendo gente do vizinho município de Camboriú. Isso deve ser mais antigo do que quando Balneário Camboriú era "balneário de Camboriú". Isso mesmo: Balneário Camboriú pertencia ao vizinho município de Camboriú.



Esta placa está pendurada na entrada do atracadouro. Olha, não é preconceito lingüístico, não é nada. Mas é com dois "s". Que gente tansa! É assim ó: fossinheira, que é uma palavra que deriva de fossas nasais, lógico! ká, ká, ká...

E essa placa é bem direcionada. O que tem de marmanjo parrudo que não tem o que fazê da vida senão levantar ferro em academia dia e noite se exibindo com seus pitbuls também parrudos ou outro tipo de cachorro otário aqui em Balneário é brincadeira! Então: "fosinheira" nos dois!....eh eh eh... (vamos para os molhes agora).

Aqui na Barra Sul a prefeitura construiu molhes para tentar evitar que a faixa de areia da praia suma completamente. Num movimento que deveria ser normal, o mar tirava a areia da praia durante uma época do ano e devolvia em outra, mais precisamente perto do verão. Só que isto não estava ocorrendo. O mar estava levando a areia e não a trazia de volta. A construção de molhes foi uma saída para evitar esse roubo de areia.


Molhes da Barra Sul: para tentar evitar que a faixa de areia da praia suma completamente. Há uma exposição de trabalhos artísticos em latão, acrílico e mármore por todo o molhe.

sábado, 4 de março de 2006

Filmes: baixe 10 minutos

No site First 10 Minutes podemos baixar os 10 primeiros minutos de um filme em formato wmv. Bom para dar uma espiadinha antes de comprar ou alugar um DVD.

Rolling Stones Geriátricos

Rolling Stones Geriatric Tour - Copacabana, Rio de Janeiro, ano de 2026.

Carnaváu: Um Ispetaculo do Brasiu Barsilero

Uma cerie di istudos istudados pêlos maióris istudiosos q istudam a vida, a sosiedade, i o cerumano numa buisca insesçante por dez-vendar os misterios da vida i do huniverço, assim cendo, ou seija, ixplicar u qi acontece os prblema da umanidadi i debate cos leitors as ideia ispostas. Nossos testos sao piblicados uma ves por cemana, ou sêija há cada 7 (ceti) días.

ISTUDO Nº 4 - CARNAVÁU: Um Ispetaculo do Brasiu Barsilero

Carnavau, a fezta dopovo. Uma daz maior fezta dessa bola asul chamada `Térra`, que por vemtura, é o noço planeta, comesa todo ano no mesmo meis, no meis torto de fereveiro¹. A manifextassao papolar da carnavau eh unîca, coisa sem pressendemtez, sem iqual, quê nao esiste em nemnhun otro lugar do mumdo a naum ser onde ele tb acomtessa.

Cheganu a ora de se perpara, as iscola diçamba ja exquentão o taubumrim e os recú-recú para akela que, a nivel de fezta, como jah foe escrivinhado assima, eh a MAIZ MAIOR FEZTA DO POVU. Oz batuqs com horigen africana já emcantarão turizta nacional do braziu e de fora de noço páis tenbèm, que são os estramjeiros gringos vimdos de forá do paiz atraidos pelo SUIMG da mulatá nassional. E çeu clima eh comtagiant, como dis a mucica, 'quen nao gozta de semba bom sogeito nao eh ou ruim da cabessa ou duende do pe).

sexta-feira, 3 de março de 2006

Feitiço da Vila

Noel Rosa amou Vila Isabel, o bairro onde nasceu, viveu e morreu. Não é assim de admirar que imortalizasse esse amor em uma de suas melhores composições, o clássico "Feitiço da Vila".

Sobre uma melodia de Vadico muito bem elaborada, ele desenvolveu versos que a enaltecem, ressaltando sua ligação com o samba ("São Paulo dá café / Minas dá leite / e a Vila Isabel dá samba"), samba que enfeitiça e dignifica ("Tendo o nome de princesa / transformou o samba /num feitiço decente /que prende a gente"), uma Vila Isabel, enfim, a que o poeta se orgulha de pertencer ("Paixão não me aniquila / mas tenho que dizer / modéstia à parte / meus senhores, eu sou da Vila").

Tudo isso dito assim de forma clara, objetiva, mas sem prejuízo do lirismo, é bem característico da poesia de Noel. Lançado em dezembro de 1934, em meio ao repertório carnavalesco, "Feitiço da Vila" é dedicado a Lela Casatle, uma beldade do bairro, então eleita Rainha da Primavera. Como se vê, a Vila não dava apenas samba...

Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 

Quem nasce na lá Vila / Nem sequer vacila / Em abraçar o samba / Que faz dançar os galhos do arvoredo / faz a lua nascer mais cedo

O sol da Vila é triste / Samba não assiste / Porque a gente implora: / Sol pelo amor de Deus não venha agora / Que as morenas vão logo embora . . .

A Vila tem um feitiço sem farofa / Sem vela e sem vintém / Que nos faz bem / Tendo nome de princesa / Transformou o samba num feitiço decente / Que prende a gente

Lá em Vila Isabel / Quem é bacharel / Não tem medo de bamba / São Paulo dá café, Minas dá leite / E Vila Isabel dá samba, / Eu sei tudo que faço / Sei por onde passo / Paixão não me aniquila / Mas tenho que dizer, modéstia à parte / Meus senhores eu sou da Vila !

Carnaval Carioca e Vila Isabel

Não vem ao caso discutir os motivos que fizeram Martinho da Vila não desfilar em 2006 na escola que lhe empresta sobrenome e que, sem ele, voltou a vencer o carnaval carioca 17 anos após o último título. O cara é pé-frio, e não se fala mais nisso. Acontece!

A rapaziada que passou o Carnaval no Rio deve estar apavorada com a notícia que chegou da Alemanha nessa Quarta-Feira de Cinzas: Gato que pegou gripe aviária pode ter comido uma franga. Fonte: no mínimo

Ninguém arriscava o palpite de que a Vila Isabel seria campeã. Tanto é verdade, que a escola não ganhou nenhum prêmio dos jornais O Globo e O Dia. Não foi lembrada por ninguém. No entanto, ao final da apuração dos votos, com a Vila Isabel campeã, Haroldo Costa, comentarista da Rede Globo, solta a seguinte pérola: "Foi uma vitória justa."

Como foi justa, se ela não era considerada por ninguém favorita ao título?

Ivo Meirelles, também não ficou devendo. Ao ser chamado para dar a sua opinião sobre os primeiros dez minutos do desfile da Mangueirao, o comentarista global saiu-se com essa: "A emoção é muito forte, não tenho palavras para falar sobre a Verde e Rosa".

O cara é pago (e provavelmente, muito bem) para comentar e diz que não dá, que tá emocionado, ai, ui, entende?... Ah, ô Ivo! Tu tava emocionado com a Mangueira entrando? Deve ser por isso que tu não tirava aqueles portentosos óculos escuros da cara durante a transmissão. Aliás, o que era aquilo? Uma alegoria, um adereço, um pedaço de um dos fuscões pretos da Unidos da Tijuca? Fonte: Comentando...

Rolling Stones: Cospe ou engole?

Acreditem: um chiclete (foto ao lado) mascado por Mick Jagger (vocalista dos Rolling Stones) está a venda na internet. Segundo o vendedor, a goma foi recolhida quando Jagger descia do onibus que o levou até o hotel Copacabana Palace.

O chiclete - já identificado (?!?) como um Trident sabor tutti-fruti e protegido por embalagem hermeticamente fechada - está a venda por apenas 1 (hum!) real.

O "investimento" vale a pena. Como a saliva pode identificar o DNA de alguém, esse chicletinho pode render uma fortuna (e até um programa de TV) para uma compradora, digamos, mais oportunista. Fonte: Kibe Loco!

Falando em Rolling Stones apresentamos o perfil daquele milhão e meio de pessoas que foi ao show:

-Metade não conhecia música alguma da banda e só foi porque era de graça e em Copacabana;
-Metade da metade só conhecia Satisfaction e se consideram fãs de carteirinha da banda;
-200 mil conheciam, além de Satisfaction, Start me up;
-100 mil consideravam Yesterday a música mais bonita dos Stones;
-100 mil levaram algum objeto com a bandeira dos EUA para homenagear a banda;
-50 mil foram para roubar, brigar e promover o que o carioca tem de melhor, a violência;
-Dos 4 mil convidados vips, metade foi para aparecer na revista Caras. Mulheres desacompanhadas foram com a idéia fixa de engravidar do Mick Jagger.

Quem gosta mesmo dos Stones já estava velho demais pra se meter numa roubada dessas e viu pela tv. Fonte: Blog do Wela